12.15.2009

O PAPA LEÃO X E A REFORMA PROTESTANTE

Leopoldo Costa


Os atos do papa Leão X  provocaram a Reforma Protestante

O papa Leão X chamava-se Giovanni di Lorenzo Medici. Nasceu em Florença em 1478 e faleceu (supostamente envenenado), em 1521.                      
Era um aristocrata da opulenta e poderosa família Medici, filho de Lorenzo, o Magnífico, e de Clarice Orsini, também de poderosa família romana de onde proveio três papas (Celestino III (1191-1198), Nicolau III (1277-1280) e Bento XIII (1724-1730).
Graças ao prestígio da família foi nomeado cardeal quando tinha apenas 13 anos e seu  irmão Piero foi governador de Florença a partir de 1492.
De natureza tranquila, dava grande apoio aos artistas e se envolvia bastante em política. Conseguiu com o Congresso de Mântua, devolver a cidade de Florença a sua família, ao mesmo tempo retirou a cidade de Modena da família Estensi e conseguiu o ducado de Milão para o seu sobrinho Lorenzo. 
Apoiou Francisco I e depois Carlos V na guerra entre França e Espanha e mais tarde, o mesmo Carlos V contra a França, Veneza e os turcos. 
Quando em 1513 foi eleito papa disse ao seu primo Giulio (que mais tarde veio a ser o papa Clemente VII) : 'Uma vez que Deus nos conferiu o pontificado, vamos aproveitá-lo!'
Na sua posse foi organizado um monumental desfile com centenas de pessoas e até animais exóticos, encerrando com um lauto banquete onde foram servidas 65 iguarias.
Durante o seu pontificado de 8 anos gostava de patrocinar na mansão senhorial de La Magliana, perto de Roma várias caçadas, sendo que uma delas durou 40 dias.
Com a construção da Basílica de São Pedro (iniciada em 1506 por Júlio II) e o esbanjamento de Leão X, o Vaticano ficou sem dinheiro e endividado e o papa para arrecadar fundos, decidiu promover a venda de indulgências na Alemanha, através do frade dominicano Johann Tetzel.
Esta situação provocou uma veemente crítica de Martinho Lutero que em 1517 afixou suas 95 teses contra a venda de indulgências e os abusos do papado na porta da igreja do castelo de Wittenberg, o que deu ínicio o processo da Reforma.
Em 1518, um delegado do papa encontrou-se com Lutero em Augsburgo para forçar uma retratação o que ele negou.
Os assessores insistiam para que Leão X tomasse enérgicas providências para evitar o crescimento do movimento e o papa respondeu: ' Lutero é um bêbado, deixem que o  efeito do vinho passe'.
Quando foi convencido do tamanho do movimento constestador, Leão X reagiu precipitadamente emitindo a bula 'Exsurge Domine' em 15 de junho de 1520, advertindo Martinho Lutero sobre a sua indisciplina e ameaçando-o de excomunhão. Lutero queimou a bula na praça de Vittenberg, sendo aplaudido pelos seus seguidores. 
Em 1521 foi formalmente excomungado.


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