12.16.2009

A PAPISA JOANA



























A história da papisa Joana, que teria governado a Igreja de 855 a 857, foi mencionada pela primeira vez no século XIII por Martinho de Opava, capelão do papa Clemente IV, no seu livro 'Chronicon Pontificum et Imperatum'. Estevão de Bourbon deu publicidade da história. Imediatamente gerou reações de teólogos e intelectuais que a rotularam a história como uma ficção.


Joana teria nascido na Alemanha, filha de um casal inglês que estava morando em Mainz. Quando adulta apaixonou-se loucamente por um monge alemão, passando a ter vários encontros íntimos e juntos mudaram para a Grécia, onde ficaram durante três anos. Depois mudaram para Roma e para evitar escândalo, Joana decidiu usar roupas masculinas e foi admitida como monge no mosteiro de São Martinho com o nome de João Angélico.

Destacou-se no mosteiro e nos meios eclesiais e conseguiu ser nomeada cardeal (João, o Inglês) e com o falecimento de Leão IV (mais tarde considerado santo) em 17 de julho de 855 ela foi escolhida como papa, eleita por aclamação pela maioria dos cardeais. Seu pontificado durou dois anos e sete meses, sendo sucedida pelo papa Bento III.


Dizem os defensores da existência da papisa, que todos os registros foram apagados nos arquivos do Vaticano e o papa Bento III aparece como sucessor de Leão IV.
Joana ficou grávida e conseguia ocultar a gravidez nos trajes de papa, porém, durante uma procissão ela terminou por sentir as dores de parto e deu a luz no meio da multidão. A multidão reagiu com indignação e ela foi apedrejada até a morte por ter profanado o trono de São Pedro.


Noutro relato, ela teria morrido no parto e os acompanhantes da procissão e os cardeais ajoelharam e clamaram como tivesse havido um grande milagre.


Segundo algumas autoridades católicas o episódio foi usado durante o cisma do Oriente pelos ortodoxos para denegrir a imagem da igreja de Roma e durante a Reforma pelos seguidores de Huss, Wycliff, Lutero e Calvino com o mesmo objetivo.


Outros estudiosos detectam razões bem fundadas para se supor que o povo de Roma tenha dado esse apelido de papisa Joana ao papa João VIII (872-882) por ser muito delicado e bondoso e por deixar-se influenciar por uma dama da corte romana chamada Joana.

 (Texto de Leopoldo Costa)



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