Leopoldo Costa
Um carneiro grande, de lã muito longa e grossa já era criado no condado de Lincoln, na Inglaterra, desde os tempos da conquista romana. O Lincoln primitivo era o maior carneiro de Inglaterra, muito ossudo, de desenvolvimento tardio, com cabeça e pescoço grandes, costelas apertadas, enfim, um animal bastante grosseiro.
Em meados do século XVIII, Robert Bakewell (1725-1795), proporcionou nessa região uma verdadeira revolução agrária com o início da rotação das culturas, além de experimentos zootécnicos com bovinos e ovinos.
Na mesma época, um amigo dele chamado Chaplin, efetuou cruzamentos das fêmeas autóctones com reprodutores Leicester e obteve bons resultados, pela maior precocidade, qualidade da carne e da lã.
Com essas melhorias foi reconhecida como raça em 1860 e apenas dez anos depois já obtinha as melhores classificações nos concursos.
Hoje, o Lincoln é uma raça bem estável. Contribuiu para a formação da raça Corriedale na Nova Zelândia, da Polwarth na Austrália e da Columbia nos Estados Unidos.
Produz o tipo mais comprido de lã e boa carne, é exigente quanto à alimentação, não se desenvolvendo bem em criações extensivas. O carneiro adulto pesa em média 150 kg e a fêmea 120 kg; os cordeiros alcançam até 35 kg aos 4 meses, quando bem alimentados. O velo pesa entre 5 a 6 kg. Os cordeiros criados em boas condições chegam a pesar 35 quilos aos 4 anos de idade.
É também uma das raças mais populares e difundidas na Inglaterra, nos Estados Unidos, Canadá, vários países da América do Sul, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul.
No Brasil existem rebanhos no Rio Grande do Sul.

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