O Japão só começou a adquirir as primeiras noções sobre a pecuária leiteira e os benefícios do leite por volta do ano 600 quando Dr. Chisou, um médico vindo de Kudara, atual Coreia, trouxe vários livros sobre o manejo do gado e a produção de leite.
Durante a revolução Taika no Kaishin 645, outro médico chamado Dr. Zenna, filho do Dr. Chisou apresentou então o leite ao imperador Koutoku, que após tomá-lo, fez um pequeno comentário, dizendo que o leite além de ser um excelente remédio traria grandes benefícios ao corpo humano, e fez uma homenagem ao Dr. Zenna, chamando-o de Yamato-Kusushi-No-Omi (o médico que cuida do leite). Lentamente, a fama do leite espalhou-se, e com isso cresceu também o número de produtores, começando por Nara e Kyoto. Isso se deu durante a Era Heian-Kyo a mais longa da história do Japão; famosa por ter sido considerada a 'Era da Paz e da Tranqüilidade'.
Neste período o leite não era considerado apenas um remédio, mas também um produto valioso que, depois de fervido e reduzido ao volume de 10% do volume inicial, obtinha-se um novo produto conhecido como “SO” o qual era usado como moeda para pagar impostos sobre atividade pecuária, imposto esse que fora criado em 927 d.C.
Quando a Era Heian chega ao fim, os Samurais, que até então eram dominados pelo império, passam a ser dominadores e com isso o interesse pelo gado leiteiro aos poucos desapareceu juntamente com o imposto. Os Samurais despertaram um interesse maior pelos cavalos, e com isso descobriram também que o leite daria mais vigor e saúde aos cavalos e trouxeram três vacas da Índia.
1863- Chega ao Japão as primeiras vacas vindas da Holanda.
1869- Fusaso Maeda de Yokohama produz e vende os primeiros sorvetes usando leite no Japão.
1871- É divulgado pela mídia japonesa que o imperador bebe leite duas vezes ao dia, e com isso aumenta o interesse da população japonesa pelo leite.
1875- São feitos os primeiros testes para a produção de queijos.
1890- Começa na Igreja Trapista em Hakodate, província de Hokkaido, uma produção de queijos sem que se houvesse qualquer registro do tipo produzido. Após 1890 não há nenhuma citação sobre leite ou mesmo queijos até a Segunda Guerra Mundial.
Em 1953, a Organização Agrícola de Hokkaido, atual Yuki-Jirushi dá início a uma produção de queijos tipo Gouda. Em Meiji, o tipo Cheddar. Com a entrada de pratos ocidentais, após a Segunda Grande Guerra, as escolas japonesas passam a servir queijos juntamente com a merenda escolar, fazendo com que os japoneses adquirissem o hábito de consumir o referido produto que até então era desconhecido pela maioria. Nessa época, os queijos naturais ainda eram um produto muito raro na maioria dos estabelecimentos comerciais, encontrando-se apenas queijos reprocessados em 6 peças de aproximadamente 25 gramas cada, queijo fatiado ou queijo triturado para pizzas.
Em 1971 a Yuki-Jirushi dá início a produção de queijo Azul, tipo Gorgonzola, a Meiji, iniciou o processamento do tipo Camembert, mas o sabor forte não agradou aos japoneses. Na década de 90, com o movimento Dekasegui, alguns brasileiros tentam produzir o queijo tipo Minas Frescal, sem o devido conhecimento técnico de higiene ou mesmo pasteurização, e passaram a trabalhar na informalidade produzindo nos próprios apartamentos ou garagem, o que é feito ainda hoje por muitos brasileiros e bolivianos, trazendo riscos a saúde dos consumidores.
Disponível em http://www.santolucio.com/queijosnojapao.htm. Adaptado e editado para ser postado por Leopoldo Costa.
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