9.19.2015

A INDÚSTRIA DOS SHOPPING CENTERS NO BRASIL



Leopoldo Costa

Em 1985 no Brasil existiam apenas 38 shopping centers com uma área bruta alocável de 1.044.100 m². O maior do Brasil era o Eldorado em São Paulo com 64.000 m² de área bruta alocável.

O município do Rio de Janeiro tinha oito centros de compras, o município de São Paulo tinha cinco, em Brasília dois, em Salvador dois e em Curitiba também dois. Outras nove importantes capitais estaduais tinham apenas um shopping center: Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Natal, Fortaleza, Niterói, Maceió, Goiânia e Florianópolis. As outras onze capitais estaduais não tinham nenhum. Cidades do interior de São Paulo tinham seis centros de compras, do interior de Santa Catarina dois e do interior de Minas Gerais e do Paraná, um shopping center cada.

Hoje no Brasil temos 529 shopping centers com uma área bruta alocável de 14.053.000 m². Em 30 anos o número de centros de compras aumentou 14 vezes e da área bruta alocável aumentou 12 vezes. A indústria dos shopping centers hoje emprega quase um milhão de pessoas. Basicamente toda cidade brasileira com mais de 100 mil habitantes conta pelo menos com um shopping center. Muitas pessoas procuram nos centros de compra o lazer, percorrendo corredores e olhando vitrines; as salas de projeções cinematográficas e as praças de alimentação.

Na década de 1990, a agência dos Estados Unidos Food Marketing Institute, publicou um estudo sobre o perfil dos clientes de shopping centers. São seis grupos de clientes.

1. Comprador ávido. É a maior parcela da clientela dos shopping centers. Procuram por ofertas.

2. Comprador apressado. É a clientela muito ocupada que corta caminho ao fazer compras e buscam exatamente onde tem o produto que procuram.

3. Comprador consciente. São consumidores de mais idade, sem filhos em casa, com maior liberdade. Nas praças de alimentação e nos locais que vendem alimentos, escolhem bem o que querem comer ou levar para a casa. Compram com parcimônia mais por motivo de saúde do que por motivo de falta de recursos.

4. Comprador estranho. Apenas frequentam os restaurantes das praças de alimentação, buscando comidas rápidas e baratas.

5. Comprador passarinho. Também são consumidores de mais idade. São espartanos nas compras. Visitam os locais que vendem alimentos na busca de comida leve.

6. Comprador não premiados. Querem comprar, mas são consumidores de renda e recursos limitados. Vão passear nos corredores do shopping center.

(Dados estatísticos da Abasce (Associação Brasileira de Shopping Centers)






No comments:

Post a Comment

Thanks for your comments...