3.15.2011

A HISTÓRIA DA RAÇA GIR

Leopoldo Costa



Na Índia o Gir (algumas vezes grafado Gyr) é a mais importante raça zebuína para a produção de leite. As estações experimentais do governo indiano usam animais da raça para a melhoria da performance leiteira de outras raças indianas como o Sindi Vermelho e o Sahiwal.


A sua origem foi na península de Kathiawar precisamente nos distritos de Junagadh, Bravnagar, Kundia, Rajkot e Amreli que pertencem a Gujarat.

O local onde melhor se adaptou foi as colinas de Gir, que fica entre Amreli, Kundia e Junagadh, famosa na época  pelas suas florestas onde habitavam leões e outras feras. 
O Gir enfrentava os famintos leões que habitavam o mesmo ambiente. O estilo de chifres da raça, voltados para baixo e para trás ajudavam nesta luta. Com o passar do tempo, por seleção genética a raça foi sendo apurada.


Os livros do Hinduísmo consideram a raça a mais antiga do Mundo. É um descendente dos animais levados para a Índia pelos conquistadores Arianos quando atravessaram o território  e alguns animais se dispersaram ou foram abandonados durante esta travessia  e foram se concentrar na peninsula de Kathiawar, que fica  ao sudoeste do país.


Os Arianos (ou Árias) eram tribos nômades que viviam  no norte da África e na busca de pastagens para o seu gado chegaram à Ásia Central, conduzindo grandes rebanhos de bois  e cavalos, muitas ovelhas, cabras e cachorros,  mais tarde decidiram atravessar a Índia e estabelecerem-se no planalto iraniano.  


No Brasil


Em 1906 chegaram as primeiras cabeças no Brasil importadas pelo criador Teófilo de Godói.  Os descendentes destes animais foram mostrados com sucesso na Exposição de Goiânia em 1912.

Outros animais da raça chegaram em 1911 e em 1938 foi criado o livro genealógico de registros.

Foi na década de 1930 que houve a popularização da raça no Brasil a partir do Triângulo Mineiro e sul de Goiás. Os reprodutores e fêmeas eram vendidos para os cafeicultores que o consideravam um bovino completo: era um animal dócil, resistente, fornecia leite, carne e tração para transportar o café das lavouras.

Na década de 1940 foi desenvolvido o Gir Mocho que teve um livro de registro genealógico próprio inaugurado em 1976.

Na década de 1960,  o presidente João Goulart (1919-1976) autorizou a importação de alguns lotes que ajudou a estabilização da raça no Brasil.

O Gir foi usado para a fundação da raça Girolanda, uma das mais populares raças leiteiras do Brasil Central.

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