Flávio Josefo foi um escritor e historiador judeu que viveu entre 37 e 103 d.C. Seu pai era sacerdote, e sua mãe descendia da casa real hasmoneana. Portanto, Josefo era de sangue real. Ele foi muito bem instruído nas culturas judaica e grega. Falava perfeitamente o latim — o idioma do Império Romano — e também o grego. Logo cedo, demonstrou intenso zelo religioso, filiando-se ao grupo religioso dos fariseus. Durante toda a sua vida, a sua terra e o seu povo estiveram sob o domínio romano.
Em 66 d.C, irrompeu uma revolta dos judeus contra os romanos, e Josefo foi enviado para dirigir as operações contra os dominadores, na turbulenta Galileia. Aí ele logrou algumas vitórias, mas logo foi derrotado, rendendo-se ao exército romano. Finda a guerra, foi conduzido a Roma, onde lhe conferiram a cidadania romana e também uma pensão do Estado, época em que lhe foi dado o nome romano de Flávio. Ele viveu em Roma até o fim de sua vida, escrevendo a obra que atravessaria os séculos e chegaria até nós. É uma das melhores fontes de informações sobre o povo hebreu. A obra de Josefo vem sendo preservada e divulgada, embora, os judeus até hoje considerem Josefo um oportunista anti-patriota, devido ao seu relacionamento com os romanos. Em todo o livro 'História dos Hebreus' apenas um, dentre 18 capítulos e mais de 1600 páginas, faz uma curta referência a Jesus Cristo:
"772. Nesse mesmo tempo, apareceu Jesus, que era um homem sábio, se é que podemos considerá-lo simplesmente um homem, tão admiráveis eram as suas obras. Ele ensinava os que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por muito judeus, mas também por muitos gentios. Ele era o Cristo. Os mais ilustres dentre os de nossa nação acusaram-no perante Pilatos, e este ordenou que o crucificassem. Os que o haviam amado durante a sua vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito, dizendo também que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, os quais vemos ainda hoje, tiraram o seu nome".
Por Flavio Josefo no livro 'História dos Hebreus', Casa Publicadora das Assembléias de Deus, Rio de Janeiro, 8ª edição: 2004, p.836. Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
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