5.23.2012

DEZ INTERESSANTES CURIOSIDADES GASTRONÔMICAS


Monte Testaccio

1. O Monte Testaccio, ou Monte dos Testos, fica em Roma. Tem cerca de 50 metros de altura, e é resultante do acúmulo de cerca de 20 a 25 milhões de ânforas vindas das províncias para a capital do Império Romano,  carregadas de azeite do Oriente, ao longo dos séculos I, II e III.

2. O maior restaurante do mundo é Damascus Gate, em Damasco, Síria. São 6 mil lugares em 54 mil m2. Mil e oitocentos funcionários trabalham no lugar, onde há duas cozinhas de 2.500 m2. Tem áreas externas e internas, tematizadas de acordo com o cardápio, que inclui comida chinesa, italiana, indiana e, claro, árabe.

Já o menor é o Solo per Due, em Vecono, na Itália, a 65 km de Roma. Ele fica num charmoso casarão do século XIX, construído com parte das ruínas da vila romana que pertenceu a Horácio. Na casa, tudo, das cadeiras do bar à louça e aos copos, é feito especialmente para duas pessoas – incluindo todas as salas minimalistas, “solo per due”. Só atende por reservas feitas com muita antecedência. Uma refeição sai, em média, 250 euros por pessoa.

Restaurante Damascus Gate
3. O nome "pesto" deriva do verbo pestare, “amassar”. Sua história remonta à Grécia Antiga, onde já se fazia uma pasta de manjericão para dar sabor ao vinho. Em 1992 foi fundada, na Ligúria, a Confraternita del Pesto, fraternidade de “cavalheiros do pesto” que defendem a correta proporção dos ingredientes. A confraria só admite queijo Parmigiano-Reggiano (4 colheres), acrescido de duas colheres de pecorino. Manjericão, apenas do tipo Pra (Ocimum basilicum) e folhas de não mais que 3 cm (2 xícaras). Mais azeite extravirgem (6 colheres). Pinoli (2 colheres), um dente de alho e sal.

4. Heliogábalo foi um dos imperadores que resume as causas do declínio e queda do império romano. Na sua posse, em 219 d.C., surgiu coberto de seda vermelha, lábios pintados de carmim profundo e sobrancelhas de azul fosforescente. Ostentava um colar de pérolas e braceletes de esmeraldas nos pulsos e tornozelos. Tudo isso aos 14 anos de idade. Suas festas e banquetes ficaram famosos na antiguidade por conta de seu passatempo favorito: esconder pequenas surpresas para os comensais. Assim, joias, brilhantes, esmeraldas ou pepitas de ouro eram colocados em vários pratos, como presentes dos deuses aos convidados. Porém, alguns poucos pratos também continham venenos, de tal maneira que, vez ou outra, um convidado simplesmente (des)falecia sobre a mesa, vitimado pela brincadeira. A insanidade do monarca chegou a tal ponto que sua avó, Julia Mesa, impotente ante suas barbáries, mandou assassiná-lo.

Heliogabalus or Bassianus
5. Perdem-se na história as origens do hoummus. Sabe-se que o grão-de-bico já era cultivado no Período Neolítico. Encontram-se registros de seu uso por babilônios, egípcios, gregos e romanos. A primeira receita conhecida é egípcia, da época do Médio Império, com o nome de pasta de her-bik, ou “pasta de bico de falcão”. Em 400 a.C., Platão e Sócrates fazem referências ao prato. Em 1200, os países mediterrâneos declaram o hoummus patrimônio local. No Ocidente, especula-se que tenha chegado no início do século XX, com as emigrações do Oriente.

6. Quando a questão é a maior quantidade de comida, ninguém bate o bufê do "Carnival World Buffet", do Hotel Rio, em Las Vegas. São mais de 400 diferentes pratos, com culinária do mundo inteiro, servidos em regime “all you can eat” e a preço fixo (US$ 16,99 para o almoço, e US$ 24,99 o jantar).

Carnival World Buffet
O S’Mac, em Nova York (345, East 12th St), serve apenas um prato, o Mac & Cheese, invenção americana que na casa ganha doze versões, do clássico "all american" (macarrão ao queijo cheddar) ao exótico masala (com temperos indianos).

7. Em 1850, um camponês belga descobriu que as raízes da chicória, quando cultivadas em ambiente abafado, quente e praticamente sem luz, produziam deliciosas folhas comestíveis. Chamou as folhas de endívias.

8. Você sabia que a pimenta era usada pelos povos astecas e maias como arma? Cabaças eram recheadas com chiles habaneros e um pouco de água. Então, fermentavam. Lançadas contra os inimigos, liberavam gases que tornavam praticamente impossível a respiração das pessoas em volta. No seu primeiro confronto com indígenas, Pizarro foi posto para correr pela fumaça de gigantescas fogueiras de chile “rocoto”, assim conhecido porque seu cheiro teria capacidade de “levantar os mortos”.


9. A escritora italiana Anna Bini considera o nhoque o “Prozac dos italianos”: “Quando italianos comem gnoccho (gnocchi é plural), sentem-se crianças de novo”. Já no Decameron, de Boccaccio, a imagem de nhoques rolando sobre montanhas de queijo parmesão ralado é onírica. As origens do prato são imprecisas. Há quem o considere descendente do ravióli, de uma época em que este ainda não era recheado. Outros ressaltam a origem similar ao gefi lte fi sh dos judeus, minibolinhos de massa como alternativa de alimento barato das classes pobres que virou mania nacional. De certo apenas que seu nome deriva de gnec, nodo ou nocca (conforme a região ou dialeto), sinônimos de “tolo” ou “bobo”.

10. Era uma época onde obter leite e ovos era muito caro e difícil, então alguém teve a ideia de fazer um doce a partir do leite condensado. Ficou nacionalmente conhecido por esse nome em 1945, quando as senhoras do comitê eleitoral do Brigadeiro Eduardo Gomes (campanha para a Presidência da República) faziam o doce e o distribuíam nos comícios e reuniões junto com o bordão de campanha: vote no Brigadeiro, ele é bonito e é solteiro... Na época, não se passavam as bolinhas em confeito, eram apenas enroladas e servidas. O brigadeiro não ganhou a eleição contra Eurico Gaspar Dutra, mas o nome do docinho ficou para a eternidade.

Compilado, ilustrado e adaptado para ser postado por Leopoldo Costa. Extraido do endereço:
http://www.gula.com.br/almanaque-da-gula/








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