Teixeira, Romário e Ronaldo |
Parece-me, e o leitor concordará comigo, que orgulho devem ter os naturais de um país com níveis suportáveis de violência e miséria, esgotos tratados, educação primorosa, perfeito atendimento nos hospitais públicos etc. O Piscinão de Ramos tem níveis insuportáveis em todos esses quesitos e noutros mais, que não cabem neste belo suelto. Honra. Que diabo tem a Copa com a honra? Onde foi que o ministro descobriu essa relacão? Honra tem um país que não rouba, ou rouba pouco, e o próprio ministério do Esporte, em passado muito recente, se excedeu na gatunagem.
Que tipo de desenvolvimento pode trazer uma Copa com 22 cavalheiros trocando botinadas sobre um relvado que mede não sei quantos metros quadrados? Transportes, segurança, ensino, rodovias, hospitais públicos não têm a menor relação com os jogos de futebol, porque são obrigatórios num país decente.
Quanto aos estádios em nível de Primeiro Mundo, em estados. que não têm futebol que os justifique, serão utilíssimos para os shows sertanejos, sem prejuízo do rap e do funk que também fazem sucesso por aqui. Conquistas sociais, conquistas sociais, conquistas sociais ... é o tipo do negócio meio vago, bonito de falar, sem que tenha qualquer relação com um torneio futebolístico. Resumindo: acho a Copa uma besteira. É pouco e é só.
Excerto da crônica de Eduardo Almeida Reis, publicado no dia 10 de junho de 2012 nos jornais "Estado de Minas" e "Correio Braziliense" com o sub-título "Copa 14" na coluna "Tiro e Queda". Digitado, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
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