4.01.2011

HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DE GADO NA GRÃ BRETANHA

Leopoldo Costa

ANTES DA FUNDAÇÃO DO REINO DA INGLATERRA

No sul e no sudeste da Grã Bretanha, viveu o homem pré-histórico. O norte, o sudoeste e o nordeste, tiveram a ocupação humana retardada pela existência das geleiras que demoraram muito a derreter.


Cerca de 3.000 anos antes de Cristo os Fenícios visitavam as ilhas britânicas  de Scilly (Sorlinga) na costa sudoeste da Cornualha de onde levavam o minério de estanho (cassiterita), indispensável para fundir com o cobre e zinco e produzir bronze. Consta que faziam o escambo do minério trocando por cabeças de bovinos que deram origem a raça Devon, desenvolvida originalmente nesta região da Inglaterra. 


Por volta de 2.000 antes de Cristo, chegaram á ilha a tribo Celta dos Gaélicos ou Goidels, procedentes da Europa continental. Deixaram uma importante herança: O idioma Gaélico ainda é falado no País de Gales e na Irlanda. Em 1.500 a.C,  os Gaélicos foram  subjugados pelos Bretões, também um povo Celta que veio da região da Bretanha, hoje na França. Dominaram a região durante mais de um século, quando foi invadida pelos Romanos.

Foi com as invasões dos Romanos, a primeira no ano 43 a.C., e depois a efetiva em 55 a.C. que a Grã Bretanha entrou em contato com a Europa Continental. Os Romanos construíram um poderoso sistema defensivo, do qual ainda restam vestígios em York, Cambridge e Gloucester. Durante o domínio Romano em 203, foi introduzido o Cristianismo, que teve santo Albano[1] como  primeiro mártir.

Depois da retirada das legiões Romanas em 410, a defesa foi relaxada e o território foi invadido primeiramente pelos Pictos e Escotos que haviam detido os Romanos na fronteira do norte, e em seguida pelos Saxões, Anglos e os Jutos, tribos teutônicas que expulsaram os Bretões para o País de Gales.

Os Saxões e Jutos levaram para a região conquistada, algumas cabeças de bovinos e ensinaram aos habitantes da terra a sua técnica de cuidar do gado. Eles tinham a carne como base alimentar e costumavam cortá-la em pedaços e assá-la em espetos em fogueiras ao ar livre. A palavra ‘steak’ (bife) no inglês moderno deriva do saxônico ‘steik’, que significa ‘espeto’.
No principio o gado tinha três finalidades: fornecer carne, leite e força motriz. Nessa última, foi mais tarde substituído pelo cavalo.

As tribos Anglo-Saxônicas estabeleceram sete reinos e os Celtas da ilha foram repelidos e obrigados a migrar para o País de Gales e para as terras altas da Escócia. As tribos  Anglo-Saxônicas lutavam entre elas para ter maior domínio de território. A tribo de Wessex conseguiu predominância e estabeleceu um reino em 519 com Cerdic, cujos descendentes governaram o reino durante três séculos.

DA FUNDAÇÃO DO REINO DA INGLATERRA ATÉ 1013

Em 815, o rei Egberto de Wessex (?770-839) fortalecido pelas suas vitórias, invadiu a Cornualha e em 825 derrotou Beornwulf, rei da Mércia, na batalha de Ellandun. Esta batalha determinou o fim da dominação da Mércia sobre o sudoeste da Inglaterra e Egberto tornou-se então o primeiro rei de todas as tribos Anglo-Saxônicas e portanto o primeiro rei da Inglaterra. Ele enviou seu filho Ethelwulf com um grande exército que submeteu Kent, Essex, Surrey e Sussex. Em 827, para consolidar estas conquistas, foi fundado o reino da Inglaterra. Em 829, Egberto com um poderoso exército submeteu Mércia e Eanred, rei da Northumbria, rendeu-se, aceitando ser seu vassalo, evitando-se de enfrentá-lo em Dore.
Com Egberto foi inaugurada a Dinastia de Wessex que teve 15 reis e durou até 1013. Os mais importantes reinados do período foram:
  • Alfredo I, o Grande (849-899). Reinou de 871 a 899. Ele e o comandante dinamarquês Guthrum assinaram o Tratado de Wedmore, pelo qual a Inglaterra foi dividida, a metade ao sudoeste para os Saxões e a outra metade, que incluía Londres para os Dinamarqueses que ficaria conhecida como Danelaw.
  • Eduardo I, o Velho (877-924).  Reinou de 899 a 924. Eduardo conseguiu retornar Danelaw ao domínio Saxão e assumiu o reino de Mércia em 918. Neste ano todos os Dinamarqueses do sul já haviam se submetido a ele.
  • Edmundo I (921-946). Reinou de 27 de outubro de 939 a 26 de maio de 946. Estabeleceu um acordo com o rei Malcolm I da Escócia e foram estabelecidas as fronteiras entre os dois países.
  • Eduardo, o Mártir (962-978). Reinou de 8 de Julho de 975 a 18 de março de 978. Eduardo foi assassinado enquanto jantava por partidários de Ethelred II. Foi canonizado santo da Igreja Católica em 1001.
  • Ethelred II (968-1016). Reinou de 18 de março de 978 a 1013. Em 994 uma força conjunta do norueguês Olaf Tryggvason (?964-1000),  com o rei dinamarquês Svein Forkbeard (970-1014) conquistaram Londres. Em 1002, o rei Ethelred II pagou suborno aos chefes do exército para deixarem o país e logo em seguida ordenou que todos os Dinamarqueses fossem mortos.
Svein Forkbeard retornou a Inglaterra em 1013, depôs o rei Ethelred II e estabeleceu um reino escandinavo. Morreu logo depois. Após a morte de Svein, Ethelred II reconquistou o trono, embora parte da Inglaterra continuasse sob o domínio dinamarquês. Reinou de 3 de fevereiro de 1014 a 23 de abril de 1016. Os Dinamarqueses então reunificaram o país, inaugurando a dinastia dos Canutos, ou Harthacnut.

DA DINASTIA DO CANUTOS ATÉ A INVASÃO DOS NORMANDOS

A Dinastia dos Canutos ou Harthacnut teve 3 soberanos e governou a Inglaterra de 1016 a 1042.
  • Canuto I (995-1035). Reinou de 30 de Novembro de 1016 a 12 de novembro de 1035. Era filho de Svein. Apôs a morte de Edmundo II assumiu o trono da Inglaterra e já era rei da Dinamarca.
  • Haroldo I (1016-1040). Reinou de 12 de novembro de 1035 a 17 de março de 1040. Era filho ilegítimo de Canuto I, assumiu o trono somente da Inglaterra, enquanto seu irmão Canuto II, filho legítimo, reinava na Dinamarca.
  • Canuto II (1018-1042). Reinou de 17 de março de 1040 a 8 de junho de 1042. Era filho legítimo de Canuto I. Planejou também usurpar o trono da Inglaterra que estava com Haroldo, porem Haroldo morreu antes e ele conseguiu a Coroa sem nenhum esforço.
Durante este período a ilha de Guernsey, no Canal da Mancha nas primeiras décadas do século XI, foi conquistada por Roberto I (1010-1035), duque da Normandia, quando era apenas refúgio de piratas e de ladrões de navios. Ele ordenou que fosse enviado para a ilha um grupo de monges com o objetivo de ensinar aos nativos, a religião e o cultivo da terra. Os monges levaram alguns bovinos da raça francesa de Norman Brindles da província de Isigny e de Froment du Leon da Bretanha. Pela seleção cuidadosa de cruzamentos conduzida pelos monges e sem outras miscigenações, estes animais foram se aprimorando e surgiu a raça definitiva de bovinos, que ganhou o nome da ilha.

Na Europa continental já começava o estabelecimento de rotas comerciais e em alguns reinos europeus já funcionavam as grandes feiras. A Coroa inglesa começou a incentivar o comércio e a criação dos primeiros bancos. A população tinha começado o êxodo rural e a inchar as pequenas aldeias que logo se transformavam em cidades. Com a falta de emprego esta população imigrante vivia na penúria.


No nordeste inglês as enchentes destruíram as lavouras, no leste os ventos fortes derrubaram muitas casas. Foi um período que as classes dominantes como a nobreza e o clero ficaram apavorados. A explicação dada pelos fanáticos era que a Inglaterra estava sendo punida pelos pecados de seus habitantes. Isto levou multidões às igrejas para rezar e fazer penitências.

A Dinastia de Wessex foi restaurada por Eduardo III, que era filho de Ethelred II e recebeu o trono após fazer um acordo com Canuto II e com isso retornou a dinastia de Wessex que governou a Inglaterra de 1042 a 1066.
  • Eduardo III, o Confessor (1004-1066). Reinou de 8 de junho de 1042 a 4 de janeiro de 1066. Foi canonizado em 1161, santo da Igreja Católica. Não deixou herdeiros.
Com a morte de Eduardo III, Haroldo II foi aclamado rei e morto pelos Normandos na batalha de Hastings em 14 de outubro de 1066  (reinou 9 meses). Foi sucedido por Edgar II, que não reinou de fato, abdicando a favor de Guilherme I e tornou-se um Cruzado.

DE 1066 ATÉ  A FUNDAÇÃO DA DINASTIA DOS PLANTAGENETAS.

A Dinastia Normanda governou a Inglaterra de 1066 a 1141 e teve  5 reis, sendo os mais importantes Guilherme I e Estevão I.
  •  Guilherme I o Conquistador (1027-1087), duque da Normandia. Reinou de 25 de dezembro de 1066 a 9 de setembro de 1087. Fez importantes reformas administrativas na área do direito civil e da economia. Mandou fortificar muitas cidades e construir a Torre de Londres. No plano social, Guilherme ordenou a compilação de um livro sobre as capacidades produtivas do país, que incluía uma forma simplificada de censo populacional.
  • Estêvão I (1096-1154). Reinou de dezembro de 1135 a 10 de abril de 1141.  Era sobrinho de Henrique I, usurpou o trono de Matilde, mas foi deposto por ela em abril de 1141. Matilde (1102-1167) reinou de abril de 1141 a novembro de 1141, quando Estevão retomou o trono. Reinou de novembro de 1141 a 25 de novembro de 1153. Em 1153, depois da morte de Eustáquio de Blois (1127-1153), herdeiro de Estevão, Henrique invadiu a Inglaterra e obrigou o rei doente a nomeá-lo como sucessor. Esta solução colocou um fim na guerra civil (Anarquia) e agradou às populações e no ano seguinte Henrique tornou-se rei de Inglaterra com apoio generalizado do país. Foi o fundador da dinastia dos Plantagenetas. Henrique finalizou a conquista e anexação do País de Gales e da Irlanda.
Uma lenda sobre o local da construção da catedral de Durham (inaugurada em 1093) na Inglaterra nos conta que os monges foram guiados para o local por uma camponesa que tendo perdido a sua vaca passou a procurá-la encontrando-a deitada ali.
Foi convivendo com o domínio dos Normandos que a língua inglesa ganhou nomes derivados do francês para denominar as carnes de mesa. Os animais vivos, que eram cuidados pelos habitantes da ilha tinham o nome derivado do Anglo Saxônico, enquanto as carnes desses animais, consumidas pela nobreza, tinham nome derivados da língua francesa:


Animal Vivo
Carne do Animal
Bovino
Ox
Beef[2]
Suíno
Pig
Pork[3]
Ovino
Sheep
Mutton[4]
Caprino
Goat
Chevron[5]
Cervo
Deer
Venison[6]
Vitelo
Calf
Veal[7]

DE 1154 ATÉ 1399  REINADO DA DINASTIA PLANTAGENETA.

A Dinastia dos Plantagenetas teve 8 reis e governou a Inglaterra de 1154 a 1399. Os mais destacados foram:
  • Ricardo I, Coração de Leão (11157-1199). Reinou de 6 de julho de 1189 a 6 de abril de 1199. Foi líder da Terceira Cruzada e pouco cuidou em governar.
  • João I, Sem Terra (1166-1216). Reinou de 6 de abril de 1199 a 19 de outubro de 1216. Uma das medidas que tomou foi instituir um novo imposto sobre os nobres. Depois de fracassar na tentativa de recuperar seus domínios na França, regressou à Inglaterra. Ali enfrentou a rebelião dos barões, os quais obrigaram-no em 15 de Junho de 1215, a assinar, outorgar e jurar a Magna Carta. A Magna Carta, que limitou o poder monárquico, era um tratado de direitos, mas principalmente deveres, do rei para com os seus súditos. Este tratado marcou o início da monarquia constitucional em Inglaterra.
  • Eduardo I (1239-1307). Reinou de 20 de novembro de 1272 a 7 de julho de 1307.  Durante o seu reinado, a Inglaterra conquistou e anexou o País de Gales e adquiriu controle sobre a Escócia.
  • Eduardo III (1312-1377). Reinou de 25 de janeiro de 1327 a 21 de junho de 1377. Dedicou-se no início da década de 1330 para restaurar o domínio sobre a Escócia que foi assegurada na batalha de Halidon Hill, em 1333.
  • Ricardo II (1367-1413). Reinou de 22 de junho de 1377 a 29 de setembro de 1399. Ele tinha apenas dez anos quando foi declarado herdeiro ao trono e com esta idade não poderia assumir. A regência foi confiada a várias figuras proeminentes entre os quais o seu tio João de Gant (1340-1399), duque de Lancaster. Em 1382, Ricardo casou-se com Ana da Boemia, filha de Carlos IV (1316-1378), imperador do Sacro-Império Romano Germanico. O casal não teve filhos. Ricardo II então casou uma segunda vez em 1394, com Isabel de Valois, filha do rei Carlos VI (1368-1422) da França, mas a união não chegou a ser consumada. No fim do seu reinado, Ricardo II entrou em disputa aberta com a família Lancaster, liderada por João de Gant (1340-1399), que tinha sido enviado para o continente para governar a Aquitânia. Em 1398, expulsou também Henrique de Lancaster (futuro rei Henrique IV), seu primo, e quando o tio João de Gant morreu em 1399, confiscou para a Coroa todos os seus bens. Esta decisão provocou a vingança de Henrique, que invadiu a Inglaterra. Ricardo II foi deposto no mesmo ano e assassinado em 1400 no Castelo de Pontefract, onde estava aprisionado. Ricardo II foi o último rei da dinastia Plantageneta.
A Bagot é uma das mais antigas raças de caprinos da Grã-Bretanha. Sua história começa em 1380, isto é, quando foi introduzida em Blithfield Hall, Staffordshire. Supõem-se que a Bagot possa ser descendente da raça Schwarzhal do vale do Ródano. Existem algumas lendas de como estes caprinos chegaram a Blithfield Hall. Uma delas e que foram trazidos para a Inglaterra quando do regresso da Terceira Cruzada. Um destes animais foi doado pelo rei Ricardo Coração de Leão (1157-1199) ao fazendeiro John Bagot que morava em Blithfield Hall. Isso foi em reconhecimento por um dia de caça do rei em companhia dele no Babots Park. Estes animais foram soltos e tornaram-se semisselvagens em Blithfield.
Em 1348 e 1349 ocorreram na Inglaterra epidemias e febre aftosa e outras pestes que dizimaram grande parte do gado.


DE 1399 A 1471- REINADO DA DINASTIA DE LANCASTER


A Dinastia de Lancaster iniciada por Henrique IV (1367-1413) teve  4 reis e governou a Inglaterra até 1461. Os mais destacados foram:
  • Henrique V (1387-1422). Reinou de 21 de março de 1413 a 31 de agosto de 1422. Em 1417, Henrique conquistou a Normandia, aproveitando a situação de que os franceses se encontravam divididos pelas disputas entre Armagnacs e Borgonheses. Ruão foi conquistado em janeiro de 1419 e em agosto Henrique acampou com o seu exército próximo de Paris. Depois de seis longos meses de negociações, Henrique foi declarado herdeiro e regente da França pelo tratado de Troyes e a 2 de junho de 1420.
  • Henrique VI (1421-1471). Reinou de 31 de agosto de 1422  a 4 de março de 1461, Devido à morte prematura do seu pai, foi declarado rei com poucos meses. A regência foi assumida pelos tios João (1389-1435), duque de Bedford e Humphrey (1390-1447), duque de Gloucester, sendo sua mãe, Catarina de Valois (1401-1437) afastada da corte e da sua educação. Henrique foi o criador do King’s College da Universidade de Westminster. Foi deposto na Guerra das Duas Rosas e a Dinastia de York assumiu o trono com o rei Eduardo IV (1442-1483) que reinou de 1461 a 1471.
DE 1461 A 1603- REINADO DAS DINASTIAS DE YORK E TUDOR


A Dinastia de York governou de 1461 a 1485 e teve 3 soberanos. Teve um período de outubro de 1470 a abril de 1471 que Henrique VI depôs Eduardo IV e assumiu o trono para os Lancaster.  Os principais reis da Dinastia de York foram:
  • Henrique V (1387-1422). Reinou de 21 de março de 1413 a 31 de agosto de 1422. As suas primeiras medidas foram no sentido de pacificar os conflitos internos derivados da violenta subida ao poder do seu pai. Foram anistiados e reinstituídos como herdeiros os filhos dos opositores que foram assassinados. Livre de pressões internas, Henrique dedicou-se à política externa, principalmente à sua pretensão à coroa da França e à solução da Guerra dos Cem Anos que já durava desde 1337. A campanha de 1415 foi marcada pelo sucesso da batalha de Azincourt (25 de outubro), onde as suas reduzidas tropas derrotaram o exército francês e seus aliados. Em 1417, Henrique conquistou a Normandia. Ruão foi conquistado em janeiro de 1419 e em agosto Henrique acampou com o seu exército próximo de Paris. Depois de seis longos meses de negociações, Henrique foi declarado herdeiro e regente da França pelo tratado de Troyes. Henrique retirou-se, no auge do seu poder, para a Inglaterra.  Em 1421, o seu irmão Tomás (1388-1421), duque de Clarence, morreu na batalha de Baugé, o que obrigou Henrique a regressar a França. Ele morreu de disenteria no campo de batalha em agosto de 1422.
  • O último rei da Dinastia de York foi Ricardo III (1452-1485). Rei de 25 de junho de 1483 a 22 de agosto de 1485. Os métodos que Ricardo III usou para subir ao trono, bem como o desaparecimento dos seus sobrinhos, lançaram rumores de usurpação e reacenderam a Guerra das Duas Rosas. Henrique Tudor e Ricardo III defrontaram-se na Batalha de Bosworth Field, que haveria de ser a última da Guerra das Duas Rosas. Ricardo III perdeu o confronto devido à união dos seus inimigos e à deserção de uma parte importante do seu exército, liderada por Henry Percy (1449-1489), conde de Northumberland. A sua morte nesta batalha abriu o caminho para a subida ao trono de Henrique VII e início da dinastia dos Tudor. Segundo William Shakespeare (1504-1616) as suas últimas palavras foram: "A horse! My kingdom for a horse!"
Em 1480 ocorreu na Inglaterra epidemias e febre aftosa e outras doenças que dizimaram grande parte do gado.


A Dinastia de Tudor teve sete reis e governou a Inglaterra de 1485 a 1603. Importantes soberanos do período foram:
  • Henrique VII. Reinou de 22 de agosto de 1485 a 21 de abril de 1509, sendo o primeiro soberano da casa dos Tudor. Uma das suas medidas foi subsidiar a construção de uma frota comercial para desenvolver o comércio com o continente, iniciando a importante marinha inglesa.
  • Henrique VIII (1491-1547). Reinou de 21 de abril de 1509 a 28 de janeiro de 1547. Rompeu com a Igreja Católica, e separou a Igreja Anglicana em 1534, se tornando o chefe da mesma.
  • Maria I (1516-1558), a Sanguinária. Reinou de 19 de Julho de 1553 a 17 de novembro de 1558. Quando tomou posse do trono a rainha ordenou a diminuição das despesas da casa real e reduziu os impostos. Estas medidas agradaram a população. A redução deixou a coroa deficitária e a rainha teve que instituir direitos aduaneiros sobre a importação de tecidos e taxou a importação de vinhos franceses. Entretanto as medidas que pretendiam ajudar aos mais pobres, provocaram a retração comercial. O título de Sanguinária surgiu por ter executado sua irmã Joana.
  • Elisabeth I (1533-1603). Reinou de 17 de novembro de 1558 a 24 de março de 1603. Durante o reinado de Elisabeth I a Inglaterra tornou-se uma potência marítima. Em 1564 o comércio marítimo chegou aos Países Baixos, em 1567 a Alemanha e depois a Rússia, Pérsia, oeste da África, Índias Ocidentais e Caribe. Em 1574 formou-se a ‘Companhia de Espanha’ e em 1580 a ‘Companhia de Veneza’ e a ‘Companhia do Oriente’. As expedições exploraram o Mediterrâneo, a costa norte da África e planejaram estabelecer uma colônia na América do Norte.
No reinado de  Henrique VIII a população de suínos cresceu muito na Inglaterra e a criação era feita até nas cidades. Para regular os procedimentos, estabeleceu-se até um dia para a limpeza das pocilgas (todo sábado). Neste dia era permitido soltar os animais nas ruas no período do meio dia até ás 6 da tarde para que pudesse ser feita a limpeza dos chiqueiros.
Em 1523, eram numerosos os rebanhos do gado preto ‘Humel’ ou ‘Humble’ em Cutler, distrito do condado de Aberdeen, que foram preservados em estado puro. Eles deram origem a raça Aberdeen Angus.


DE 1603 A 1714- DINASTIA DE STUART E COMMONWEALTH


Elisabeth I não deixou herdeiros. Jaime I, bisneto de Henrique VII foi o sucessor escolhido por ela, mas de fato foi o único possível herdeiro que se apresentou formalmente ao trono inglês. Já era rei da Escócia como Jaime VI,  desde 1567. Com ele foi inaugurada a Dinastia de Stuart.
A Dinastia de Stuart, no seu primeiro período governou a Inglaterra de 1603 a 1649 e teve dois reis Jaime I e  Carlos I.
  • Jaime I (1566-1625). Reinou de 24 de março de 1603 a 27 de março de 1625. Promoveu a pacificação da Europa e a expansão colonial na América. Era um erudito e dedicado à literatura, destacou-se, entre suas obras, o tratado ‘Daemonologie’ (1597) e a publicação da versão inglesa da Bíblia, a ‘King James' Bible’ (1611).
  • Carlos I (1600-1649). Rei de 27 de março de 1625 a 30 de janeiro de 1649. Carlos acreditava que pelo direito divino dos reis ele estava acima da lei e do Parlamento e deveria responder somente a Deus pelos seus atos. Com este procedimento desentendeu-se com o Parlamento e teve que dissolvê-lo três vezes e finalmente o aboliu em 1629. Em 1642, uma guerra civil foi iniciada entre ele e o Parlamento que formou um exército de mercenários para combater as tropas do rei. Um dos seus comandantes era Oliver Cromwell. Em 1648, Carlos foi preso, julgado e condenado pelo Parlamento, sendo decapitado a 30 de janeiro de 1649[8]. Depois da sua execução foi abolida a monarquia e a Câmara dos Lordes, criando a Commonwealth, um regime republicano dirigido pelo Parlamento. Devido a instabilidade política, Cromwell aproveitou e impôs o Protetorado, uma espécie de ditadura centralizada no "Lord Protetor".
A Commmonwealth através de Oliver Cromwell (1599-1658) e de seu filho Richard Cromwell (1626-1712), governou a Inglaterra de 1653 a 1659. Depois da morte de Cromwell, os puritanos conseguiram em 1660 restaurar a Dinastia de Stuart e colocar no trono Carlos II, filho de Carlos I.


Depois da Restauração a Dinastia de Stuart teve 5 reis e governou até 1714. Os mais destacados foram:
  • Carlos II (1630-1685), teve o trono restaurado pelo parlamento em 1660, no entanto, com poderes muito reduzidos em relação aos seus sucessores. Converteu-se ao catolicismo no leito de morte, não deixando herdeiros legítimos. Também Carlos II da Escócia. Carlos teve que lidar com grandes problemas: epidemia de peste negra e o grande incêndio de Londres.
  • Maria II (1662-1694). Reinou de 13 de fevereiro de 1689 a 28 de dezembro de 1694. Foi rainha da Escócia também como Maria II. Em dezembro de 1689, o Parlamento aprovou o mais importante documento constitucional na história da Inglaterra, a Bill of Rights que entre outras medidas estabeleceu restrições na prerrogativa real, declarou que o Soberano não poderia:
    • Suspender leis aprovadas pelo Parlamento.
    • Elevar taxas sem o consentimento parlamentar.
    • Interferir nas eleições parlamentares.
    • Estabeleceu regras para a linha de sucessão ao trono inglês: primeiro seria qualquer filho de Guilherme III e Maria I,Se não tivessem filhos seria Ana, irmã de Maria I, ou qualquer filho desta e finalmente qualquer filho de Guilherme III em um casamento posterior a morte da rainha.
  • Ana I (1665-1714). Reinou de 8 de Março de 1702  a 1707.  Também foi rainha da Escócia. Com a assinatura do Tratado de União de 1707, ela passou a ser rainha do Reino Unido da Grã Bretanha até 1 de agosto de 1714.
A peste negra (1665-1666) matou um quinto da população de Londres. As áreas das docas de Londres foram as primeiras a ser atingidas pelo ataque da peste negra. Com a peste negra tomando conta de Londres, a família real e sua corte abandonou a cidade mudando para Oxford. Várias medidas sanitárias foram tomadas, médicos foram contratados e os sepultamentos das vítimas organizados.
Em setembro de 1666, Londres foi atingida por um grande incêndio. O incêndio atingiu mais de 13.000 casas e 87 igrejas, entre elas a Catedral de São Paulo.


A melhoria da raça de gado Galloway foi estimulada depois das importações de muitas cabeças pelos ingleses logo depois da união da Escócia com a Inglaterra em 1707.  Os animais seguiam a pé numa viagem de vários dias. Os fazendeiros que receberam o gado começaram uma seleção genética empírica para a melhoria da raça e sem nenhum cruzamento exógeno conseguiram o padrão adequado. Por mutação genética surgiu a variedade de animais com uma faixa branca logo após a omoplata.


A raça de cavalos Puro-Sangue Inglês (Puro Sangue de Corrida) foi formada durante a Dinastia de Stuart. Teve como base três garanhões Árabes importados em 1680 e dois importados em 1729 e outros com menor participação  que foram cruzados com éguas nativas das ilhas Britânicas, já mestiçadas de sangue Árabe como resultado da entrada de animais destas raças, desde o século XII. Foram fundamentalmente importantes, 30 éguas do Haras Real. Remonta a 1704 os primeiros produtos registrados e constantes do Stud Book Inglês (General Stud Book), que foi fundado em 1791. O Puro Sangue Inglês (Thoroughbred Horse) foi desenvolvido com o objetivo de disputar corridas de longas distâncias.


DE 1714 A 1901- REINADO DA DINASTIA DE HANOVER


Com a morte de Ana, o Bill of Rights de 1689 colocava como herdeira do trono Sofia de Hanover por ser neta de Jaime I. Ela morreu e o herdeiro passou a ser Jorge I, que inaugurou a Dinastia de Hanover.
A Dinastia de Hanover governou a Grã Bretanha de 1714 a 1901 e teve 7 reis, sendo  3 apenas da Grã Bretanha e 4 do Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda.
Os mais importantes monarcas foram:

  • Jorge III (1738-1820). Reinou de 25 de outubro de 1760 a 1800.  A partir do Ato de União de 1800, Jorge III passou a ser rei do Reino Unido.
  • Jorge IV (1762-1830). Reinou de 29 de janeiro de 1820 a 26 de junho de 1830.  Foi um monarca extravagante em termos de gostos pessoais e nas relações familiares, principalmente com a mulher, a princesa Carolina de Brunswick (1768-1821). A relação dos dois não era amistosa a ponto de Jorge IV a impedir de entrar na cerimônia de coroação.
  • Guilherme IV (1765-1837). Reinou de 26 de junho de 1830 a 20 de junho de 1837. Guilherme era filho do rei Jorge III e de Carlota de Mecklemburg-Strelitz (1744-1818). Antes de subir ao trono serviu na Marinha durante a Guerra de Independência dos Estados Unidos da América e foi duque de Clarence. O reinado de Guilherme foi marcado por reformas importantes como a abolição da escravatura no Império  Britânico e a imposição de restrições ao trabalho infantil.
  • Vitória I (1819-1901). Reinou de 20 de junho de 1837 a 22 de janeiro de 1901.  A chamada ‘Era Vitoriana’, durante o longo reinado de 63 anos da rainha Vitória, foi marcada pelo crescimento do sistema democrático de governo que tinha começado com o ‘Reform Bill’ de 1832.  Durante seu reinado, o Império Britânico expandiu-se em todos os continentes, da África à Oceania. O Reino Unido participou da Guerra da Criméia (1853-1856), na Rússia, da Guerra dos Bôeres (1899-1902), no sul da África, da Revolta dos Sipaios (1857-1858), na Ásia, e da Guerra do Ópio (1840-1842), na China. Fez o país alcançar grande desenvolvimento industrial e comercial.
A falta de familiaridade dos primeiros reis com a língua inglesa e com os costumes do país resultou na formação de um gabinete de ministros liderados pelo Primeiro Ministro, que fortalecido passou a ter poder em gerir os negócios públicos, substituindo o próprio rei.


Em 1709 foi inventado o alto-forno a carvão mineral, em 1722 o tear mecânico, em 1764 a máquina de fiar algodão, em 1784 a fabricação de aço e entre 1776 e 1782, a máquina a vapor. A Revolução Industrial transformou a Grã Bretanha na maior potência mundial.


Durante o reninado da Dinastia houve muitos incentivos da Coroa para a agricultura e a criação de gado.


O gado Galloway é uma raça mocha originária da região de Galloway no sudoeste da Escócia. Até o ano de 1717, todo o gado que existia na região era preto e mocho, muito parecido com o Angus.


Grandes epidemias nos bovinos ocorreram em 1715, 1745 e a maior de todas em 1757. A pior foi a febre aftosa, que segundo os relatos da época, foi introduzido na ilha através de dois bezerros trazidos clandestinamente da Holanda. Outros dizem que foi introduzida através de couros verdes importados da América do Sul. Para evitar a repetição do problema em 1770 foi publicada uma lei proibindo a importação de bovinos e ovinos, como também couros verdes, chifres, ossos e outros subprodutos animais.


Em 1731 foi fundada a mais antiga  sociedade agropastoril da Grã Bretanha, a ‘Royal Dublin Society’ que em 1888 se fundiu com a ‘Royal Agricultural Society of Ireland’.


Em 1734 a raça Jersey já era caracterizada como boa produtora de leite, mantida sem miscigenação com outras raças e zoonoses, pois desde 1763 é proibida a entrada de qualquer outro bovino na ilha de Jersey.


A raça de suínos Wessex Saddleback é originária do condado de Wessex, especialmente em Witshire e na área de New Forest em Hampshire. Algumas fontes afirmam que ela iniciou com os cruzamentos da raça preta de New Forest com a raça Old English Sheeted, efetuados em Hampshire e na ilha de Purbeck no século XVIII. Foi melhorada com o cruzamento de animais de sangue italiano e chinês.


Robert Bakewell (1725-1795) em meados do século XVIII foi um dos pioneiros do aprimoramento da raça Shorthorn. Foi a partir dele que passou a serem efetuados registros confiáveis. Depois de 1780 importantes famílias de criadores adotaram a raça e passaram a desenvolvê-la em suas fazendas. Charles Colling e seus filhos Charles (1750-1836) e Robert (1749-1820) visitaram a fazenda de Bakewell em 1783 para conhecer os métodos de manejo que ele usava. A família foi responsável pela disseminação da raça que chegou a ser mais importante  do que a Longhorn.
No tempo de Bakewell, deu-se no condado de Lincoln uma verdadeira revolução agrária com o início da rotação das culturas. Um contemporâneo de Bakewell, chamado Chaplin, efetuou cruzamentos das fêmeas autóctones com reprodutores Leicester e obteve bons resultados, pela maior precocidade, qualidade da carne e da lã. Com essas melhorias surgiram os ovinos Lincoln, que foram reconhecidos como raça em 1860 e apenas dez anos depois já obtinha as melhores classificações nos concursos.


A raça de ovinos Romney tem como ascendentes os animais de lã de fio longo da Idade Média e foi desenvolvida em Romney, uma região de terras acidentadas, entremeadas de pântanos ("marsh") no  condado de Kent, sul da Inglaterra. Por isso antes era chamada de Romney Marsh. O desenvolvimento aconteceu nas últimas décadas do século XVIII e estabelecida como raça em 1800. Grandes melhoramentos, como o cruzamento com reprodutores Leicester, foram realizados por Robert Bakewell.
A raça de ovinos Leicester ou Dishley pertence ao tronco germânico e existia nos condados de Northumberland e condados do sudeste da Escócia em 1700. Foi desenvolvida também por Robert Bakewell que em 1755 iniciou estes cruzamentos na sua fazenda de Dishley, procurando melhorar os animais para a produção de carne. Com sucesso ele começou a alugar reprodutores para cruzar com as fêmeas das redondezas o isto tornou para ele uma boa fonte de lucro.


Em 1763, foi iniciado na Inglaterra a Revolução Industrial. Com a supremacia marítima, ela dispunha de um mercado ilimitado para escoamento de toda a produção de manufaturados. A esses fatos somaram-se as grandes descobertas tecnológicas, que incrementaram a produção.


O abastecimento de carne era um assunto que preocupava. A população no século XVIII passou a mudar para as cidades e o consumo de carne e de lácteos aumentou bastante.


Benjamin Tomkins (1714-1789) e seu filho também Benjamin (1745-1815) promoveram vários cruzamentos para o melhoramento na raça Hereford na propriedade de Black Hall. Estes cruzamentos foram iniciados em 1766 e a família com a venda dos animais que produzia pôde  acumular lucros e ganhar fama.  Depois da morte do segundo Benjamin o plantel foi vendido. O trabalho deles foi seguido por John Price e John Hewer (1786-1873), logo nos primeiros anos do século XIX.


Na década de 1770 alguns exemplares de porcos chineses chegaram a Inglaterra. Houve o cruzamento desses animais com os nativos. Os criadores do norte da Inglaterra, buscando um porco maior e com carne mais rosada, adotaram esses animais mestiços como padrão e surgiu a raça Yorkshire, que tem esse nome por ter sido nesse condado onde foi desenvolvida a raça. N.Wainman de Carhead, no distrito de Kneighley e R.E Duckering, conde de Radnor, colaboraram muito neste processo.


A economia britânica foi abalada pela independência das colônias norte americanas que vieram a formar os Estados Unidos, depois da Guerra da Independência (1775-1781), com grandes prejuízos para a Inglaterra.


Os melhoramentos da raça de ovinos Southdown começaram em 1775 e tiveram muito progresso a partir de 1800. Deve o seu nome as encostas das montanhas Chalk, chamada pelos habitantes de ‘down’. São considerados os de mais pura linhagem de todas as raças desenvolvidas na Inglaterra. A principal aptidão desta raça é a produção de carne. Em 1780 John Ellmann começou a melhoria da raça em Glynde no condado de East Sussex, permanecendo mais de 50 anos (ele faleceu em 1832) fazendo isto o que foi continuado por seus descendentes. Jonas Webb de Babraham em Cambridgeshire complementou os trabalhos da família Ellmann desenvolvendo um animal maior que foi mais tarde exportado para a Nova Zelândia para a produção do cordeiro de Canterbury.


A raça de suinos Berkshire originalmente eram animais de grande porte autóctones do condado de Berkshire. Eram  ossudos e sem aparência, podendo ser preto e branco com manchas vermelhas ou cor de areia. Os melhoramentos começaram em 1780, com o cruzamentos com porcos chineses, mas os melhores resultados vieram na década de 1820. com o trabalho de Lord Barrington (falecido em 1829).


Clandestinamente em 1789 foram desembarcados pelo navio ‘Alderney’ alguns bovinos na ilha de Jersey, burlando a suspensão de entrada na ilha de qualquer bovino que vigorava desde 1763. Os animais descendentes desta importação ficaram conhecidos pelo nome do navio e criados numa área separada da ilha, sem contato com o rebanho primitivo.


Em 1790 foi instituída uma sociedade para cuidar da pureza da raça de ovinos Leicester ou Dishley.


As contendas com a França estouraram novamente em 1793 e durante as Guerras Napoleônicas, que tiveram o seu final na batalha de Waterloo em 1815, com a vitória britânica. Foram anexadas ao império a ilha de Malta, a ilha de Trinidad, a ilha Mauricio, o Ceilão e a Colônia do Cabo.


A raça Shorthorn surgiu no final do século XVIII, através do cruzamento do antigo gado Holderness com o gado Teeswater. Segundo a Dra. Juliet Clutton-Brock, do departamento de Zoologia do Museu Britânico os primeiros exemplares foram importados da Holanda no final do século XVII sendo denominado Holderness inicialmente e depois Teeswater. Desenvolveu-se na região compreendida pelos condados de Northumberland, Durham, York e Lincoln, no noroeste da Inglaterra.


Francis Quartly em 1794 foi um dos primeiros a se interessar pelo desenvolvimento da raça de bovinos Devon.


Thomas Duckham, que durante muitos anos, foi editor do ‘Hereford Herd Book’, escreveu  sobre o gado Hereford que ‘as regards the early history of the breed, little is known or can be gleaned previous to the establishment (in 1799) of the great ‘Fat Show of the Smithfield Club.’


O mais famoso animal do plantel de gado Shorthorn de Charles Colling e seus filhos Charles (1750-1836) e Robert (1749-1820) foi o touro ‘Favourite’, filho de ‘Durham ou ‘Wonderful Ox’ com uma vaca comum.  Day continuou apresentando o seu premiado animal em feiras e vendendo descendentes até que em 1807 ter que abatê-lo por ter deslocado o quadril. Em 1804, na fazenda dos Collings nascia o touro ‘Comet’ que também ficou famoso, sendo vendido em um leilão público ao preço de 5 mil dólares.
Thomas Booth na sua propriedade em Killerby, no condado de York, começou a se interessar pela raça em 1790, iniciando a criação de animais puros. Seu filho seguiu a sua empreitada. Thomas Bates em 1800, então com apenas 25 anos, ficou conhecendo o trabalho da família Colling e interessado passou a desenvolver a criação de animais da raça.


Os melhoramentos genéticos controlados do gado Aberdeen Angus foram realizados pelo criador Hugh Watson, da região de Angus, em 1808, quando adquiriu 14 das melhores vacas e dois melhores touros do plantel de seu pai. Também visitou outras fazendas e comprou algumas novilhas de várias  tonalidades de cores e um touro preto, com características da raça Angus.


O ovino Suffolk se originou do cruzamento de reprodutores Southdown com fêmeas Norfolk Horned. Seu melhoramento se deu nos condados de Suffolk, Norfolk, Cambridge e Essex. Embora o ovino Suffolk seja uma raça reconhecida desde 1810, o livro de registro genealógico só foi implantado bem mais tarde.


A Large Black e uma raça de suínos desenvolvida a partir dos cruzamentos de animais pretos de Devon e Cornualha, com animais também pretos da East Anglia. Os porcos da East Anglia, são descendentes das raças chinesas que foram importadas pela Inglaterra no final do século XVIII. Os de Devon e Cornualha foram fortemente influenciados por raças europeias, principalmente da França.


Após 1900, a raça de suínos Large Black tornou-se conhecida fora de sua região de origem (Cornualha e Devon) e se espalhou por toda a Grã-Bretanha.


O Tamworth é uma raça de suínos desenvolvida nas proximidades de Tamworth, no centro oeste da Inglaterra. O ancestral da raça foi um animal proveniente da Irlanda, introduzido na Inglaterra em 1815 por Sir Robert Peel. É também conhecida como Red Pig e Red Jersey. Um pouco depois foi efetuado o cruzamento com Irish Grazier Branco. Em 1865 a raça foi reconhecida oficialmente e em 1885 o livro genealógico foi iniciado.


Em 1822 foi criado o primeiro ‘herdbook’ da raça Shorthorn, organizado por Coates, sendo que o ‘herdbook’ francês foi criado em 1855.


O melhoramento da raça de ovinos Hampshire foi iniciado em 1829 por John Twynam, sendo resultado do cruzamento de ovelhas mestiças com as diferentes raças desta região (Old Hampshire, Berkshire Knot, Willshire Horn e Southdown), com reprodutores Cotswold. É uma das raças mais antigas da Inglaterra, sendo oriunda das montanhas Chalk em Hampshire de onde ganhou o nome.


Nas primeiras três décadas do século XIX, devido a excessiva consanguinidade a raça Jersey. Le Conteur e Le Cornu lideraram um trabalho e medidas para seu ressurgimento, o que fez surgir um animal com alto padrão de produção leiteira.


Um grande melhorador da raça Aberdeen Angus foi William McCombie (1805-1880) do condado de Aberdeen, de onde foi emprestado o nome da raça. Ele começou a sua criação em 1830.


William Youatt (1776-1847), em 1834 estimou o montante de carne consumida em Londres. Naquele tempo, cada pessoa comprava uma média de meia libra de carne com osso ao dia e ele fez a seguinte observação: ‘This is a very high calculation compared with that of Paris, where each person is supposed to consume 80 lb in the year; and Brussels where 89 lb forms the allotment of each: but ours is a meat eating population and composed mostly of protestants.’


Em 1833, foi fundada a ‘Sociedade Real Agrícola e Hortícola de Jersey’ para incentivar entre outras atividades, a criação do gado Jersey. Em 1836 foi realizada no mercado de gado da rua Beresford a primeira exposição da raça Jersey.


Em 1840 foi criada a 'Royal Agricultural Society of England', que passou a organizar exposições anuais de grande importância para o desenvolvimento agropecuário.


Em 1846 foi iniciado o livro de registro genealógico da raça Hereford por T.C. Eyton, sendo transferido em 1876 para a responsabilidade da ‘Sociedade Hereford’, uma entidade sem fins lucrativos, criada para esta finalidade.


Na quarta década do século XIX foi organizado um ‘herd book’ da raça Galloway que foi perdido num incêndio em Edimburgo em 1851. No período de 1851 a 1878 os registros da raça foram feitos no ‘Polled Herd Book’ que incluía todos os animais mochos. Somente em 1878 foi reestabelecido um livro apenas para a raça: o ‘Galloway Herd Book’.


Em 1851, Joseph Luley, um dos maiores criadores britânicos, expôs um lote de suínos da raça Yorkshire que atraiu muita atenção dos outros criadores. Em 1883 foi criada uma associação para cuidar do livro de registros dos animais da raça que é a que tem maior número de animais registrados em todo o mundo.


O primeiro livro de registro genealógico da raça de gado West Highlander foi criado em 1885.


Em 1837, em Southampton, James Sharp construiu o primeiro fogão a gás, de grande importância para a cozinha moderna.


Em 1842, os registros de animais da raça Aberdeen Angus eram efetuados juntamente com os animais da raça Galloway, no ‘Polled Herdbook’. Um incêndio destruiu os registros que só foi retomado e publicado o primeiro volume em 1862, por Edward Ravenscroft, que mais tarde teve que abandonar o projeto por motivo de doença. O segundo volume só foi publicado por Alexander Ramsay em 1872.


Michael G. Mulhall (1829-1900), escritor e estatístico irlandês, no seu livro publicado em 1883, estimou que num período de 10 anos, entre 1851 e 1860, quando foi iniciada a importação de carne (animais vivos) pelo Reino Unido, a produção de carne bovina, suína e ovina foi de 910.000 toneladas e foram importadas 44.000 toneladas o que totalizaria 954.000 toneladas e uma média de 75 lb. Por habitante/ano. Na década seguinte (1861 a 1870) a produção doméstica de carnes foi de 1.036.000 toneladas, as importações 131.000 toneladas. No ano de 1882 foram produzidas no país 1.090.000 toneladas e as importações cresceram para 654.000 toneladas, equivalendo a uma disponibilidade de 110 lb. Por habitante. O total de 1.090.000 toneladas de produção doméstica é composto por 690.000 toneladas de carne bovina, 305.000 toneladas de carne ovina e 95.000 toneladas de carne suína.


Em 1879, foi fundada a ‘Polled Cattle Society’, que adquiriu os direitos sobre os ‘herdbooks’ de Ravenscroft e Ramsay, vindo depois a criar livros de registros separados para os animais da raça Galloway e Angus


Nos anos de 1850/1851, Tanner Davy, proprietário de uma fazenda no condado de Devon, foi quem colaborou para a implantação dos parâmetros da raça Devon, criando o primeiro ‘Livro de Registro Genealógico’ que procurou registrar detalhes da linhagem de bovinos desde o ano de 1700.


O livro genealógico britânico da raça Guernsey foi criado em 1866. Em 1913 foi realizada uma rigorosa revisão de todos os registros, sendo muitos animais desclassificados por falta de padronização.


Em 1865, o governo britânico determinou o extermínio de 73.000 cabeças de gado que estava contaminado com febre aftosa. Elas foram todas cremadas e enterradas.


Em 1892, novamente foi proibida a importação de animais e todos os produtos derivados da Europa Central, Malta e Marrocos. Dos Estados Unidos e Canadá era permitida a importação de animais que deveriam ficar em quarentena antes de ser abatidos. Esta regra foi reestabelecida em 1896 e visava proteger o gado do país da febre aftosa.


A ‘Associação dos Criadores de Ovinos South Down’ foi fundada em 1892 e em 1893 foi fundada a ‘Associação dos Criadores de Ovinos Leicester’, o que incentivou muito o aperfeiçoamento das raças.


Em 1895 foi criada a ‘Sociedade de Controle de Vacas Leiteiras’ que iniciou o registro de produção de leite. Em 1899 transformou-se numa Federação que passou a congregar cerca de 550 sociedades existentes no país.


DE 1901 AOS DIAS ATUAIS- REINADO DA DINASTIA DE WINDSOR


A Dinastia de Saxe-Coburgo-Gota que em 1917 trocou o nome para Dinastia de Windsor teve até hoje 5 monarcas, incluindo a atual rainha Elisabeth II.
  • Eduardo VII (1841-1910). Filho primogênito da rainha Vitória, Eduardo VII foi o primeiro monarca britânico da Casa de Saxe-Coburgo-Gota. Reinou de 22 de janeiro de 1901 até à sua morte, em 6 de maio de 1910.
  • Jorge V (1865-1936). Reinou de 6 de maio de 1910 a 20 de janeiro de 1936.  Foi o primeiro membro da Casa de Windsor a subir ao trono. Em 1917, dada o sentimento anti-alemão vivido durante a Primeira Guerra Mundial, Jorge V mudou o nome da casa real de Saxe-Coburgo-Gota para Windsor, que passou a ser o sobrenome oficial da família real. Em 1922 ocorreu a independência da Irlanda.
  • Eduardo VIII (1894-1972). Reinou de 20 de janeiro de 1936 a 11 de dezembro de 1936.  Abdicou voluntariamente para poder se casar com a divorciada Wallis Simpson (1896-1986), que se tornaria duquesa de Windsor.
  • Jorge VI (1895-1952). Reinou de 11 de dezembro de 1936 a 6 de fevereiro de 1952. Um dia após sua ascensão ao trono, aderiu ao Ato Constitucional de 1936 que revogava todos os poderes do monarca britânico no território na Irlanda. O primeiro ministro Neville Chamberlain (1869-1940) empreendeu esforços para evitar que a Alemanha nazista, governada por Adolf Hitler (1869-1945), ameaçasse a Europa. Porém no dia 1º de setembro de 1939, com a invasão da Polônia pelas tropas nazistas, a Grã Bretanha teve que declarar guerra a Alemanha, entrando na Segunda Grande Guerra. Com a derrocada das tropas aliadas na primavera de 1940 o primeiro ministro Chamberlain renunciou, sendo substituído por Winston Churchill (1874-1965) que liderou os britânicos durante todo o período de guerra até a vitória final, sendo uma das figuras mais proeminentes de todos os tempos. Renunciou logo depois da vitória, voltando em 1951 novamente como primeiro ministro e ficando no governo até 1955, acompanhando, portanto o final do reinado de Jorge VI e o começo do reinado de sua filha Elizabeth II (nascida em 1926), subiu ao trono em 1952.
  • Elisabeth II atual rainha do Reino Unido, tendo como herdeiro o príncipe Carlos (Charles).
Em 1910, as importações de carne foram proibidas da Áustria-Hungria, Bélgica, Bolívia, Brasil, Colônia do Cabo, Chile, Colômbia, Dinamarca, Equador, França, Alemanha, Grécia, Guiana Britânica, Guiana Francesa, Itália, Malta e México.


A ‘Sociedade de Criadores da Raça de Suinos Wessex Saddleback’ foi fundada em 1918. A partir da década de 1920 a criação foi ficando mais intensiva e houve a introdução de uma raça híbrida de Essex. Em 1967 ambas as raças foram fundidas, na tentativa de evitar a extinção, a nova raça foi denominada British Saddleback.


A raça de suínos British Lop, uma das que apresentam os maiores animais da Europa foi criada expontaneamente em 1920, possivelmente pelo cruzamento de suínos brancos do País de Gales, Cumberland e Ulster. Inicialmente era conhecida como Cornish Lop ou Devon Lop.


Em 1930 o rebanho recenseado no Reino Unido foi o seguinte:
Bovinos:          7.758.551 cabeças
Ovinos             24.669.494 cabeças
Suínos               2.669.825 cabeças


A Grã Bretanha sofreu uma crise violenta na sua pecuária, quando em meados da década de 1990 apareceram os primeiros casos da chamada ‘sindrome da vaca louca’ –(BSE em inglês)- ou ‘doença de Creutzfeldt-Jakob’.
Entre abril de 1996 e maio de 1997 o governo britânico ordenou o sacrifício de 1.400.000 de bovinos adultos e 600.000 vitelos. A crise consumiu dos cofres públicos nos anos de 1996 e 1997 o montante de 1.513.000 de libras esterlinas.
Nos anos seguintes os gastos foram entre 698 milhões e 939 milhões de libras esterlinas. Para evitar os riscos com a propagação da doença o governo implantou um programa do abate preventivo de todos os animais com 30 meses de idade, conhecido pela sua sigla em inglês OTMS, e para o abate de vitelos (CPAS em inglês).
Essas medidas impuseram alteração artificial no mercado de carne bovina local e reflexos nos preços.  É interessante notar que não teve muita influência no tamanho do rebanho como mostra o quadro a seguir:


Rebanho em mil cabeças:

1994
11.954
1995
11.857
1996
12.046
1997
11.663
1998
11.519
1999
11.423
2000
11.130
2001
10.600
2002
10.343
2003
10.517
2004
10.551
2005
10.378

No programa de abate de animais de até 30 meses de idade (OTMS), além dos animais sacrificados inicialmente, foram abatidos outros 2 milhões, na sua grande maioria de vacas leiteiras.
Os fazendeiros recebiam uma compensação monetária que variava de £0,56 por quilo até £0,63 por quilo. Mais tarde, face a valorização da libra esterlina foi limitado o auxilio entre € 0,90 e € 0,80 por quilo, limitando a compensação máxima a 560 kg por animal. No programa de abate de vitelos (CPAS) além dos abates efetuados inicialmente, foram sacrificados mais de um milhão de cabeças. 
O programa tinha como objetivo o controle da produção. Dos 600 milhões abatidos em 1996/1997, cerca de 400 mil vitelos eram destinados à exportação. A compensação financeira ficava entre € 115 e € 80 por cabeça vitelo abatido pelo programa governamental. A indústria processadora de carne teve que ter a ajuda do governo para minorar os seus prejuízos.
No final de 1997 foi liberada uma verba de 73 milhões de libras esterlinas para o setor e outras vieram a ser liberadas mais tarde. O bloqueio de quase todos os países do mundo para as exportações de carne da Grã Bretanha.
As exportações de cortes de carne bovina que eram de uma média de 95.000 toneladas por ano em 1994/1995, caíram para a média de 4.300 toneladas por ano no período de 1997 a 2005.


A Grã Bretanha é uma região de latifúndios: apenas 900 proprietários possuem um terço das terras e a maioria não as explora devidamente. A agricultura participa com menos de 3% do produto interno bruto do país.


Pelas estatísticas da FAO para o ano de 2009 o rebanho do Reino Unido era o seguinte:
Bovinos            9.901.000 cabeças
Ovinos            30.783.000 cabeças
Suínos              4.601.000 cabeças


A produção de carne foi a seguinte:
Carne Bovina     849.860 toneladas
Carne Ovina       720.253 toneladas
Carne Suína        302.583 toneladas


Comparando a produção de carnes com as estatísticas de Michael G. Mulhall de 1882, temos algumas cifras interessantes para este intervalo de 127 anos:
  • A população humana cresceu 39% de 43 milhões para 60 milhões de habitantes.
  • A produção de carne bovina cresceu 23% de 690.000 para 849.860 toneladas.
  • A produção de carne ovina reduziu 1% de 305.000 para 302.583 toneladas.
  • A produção de carne suína cresceu 658% de 95.000 para 720.253 toneladas.



[1]  Santo Albano  foi  o primeiro mártir da Inglaterra. Acolheu um missionário cristão perseguido pelo imperador romano Diocleciano.Ao fazer amizade com este sacerdote, Albano recebeu a instrução cristã e foi batizado antes que um magistrado do Imperador que perseguía os cristãos os descobrisse. Albano, para poupar o amigo e imbuído pelo desejo do martírio, se fez passar pelo sacerdote e foi decapitado  em Verolamium, aproximadamente no ano 305.
[2] O primeiro registro da ocorrência do vocábulo foi em 1300.
[3] O primeiro registro da ocorrência do vocábulo foi em 1215.
[4] O primeiro registro da ocorrência do vocábulo foi em 1290.
[5] O primeiro registro da ocorrência do vocábulo foi em 1395.
[6] O primeiro registro da ocorrência do vocábulo foi em 1290.
[7] O primeiro registro da ocorrência do vocábulo foi em 1386.
[8]  Carlos I foi canonizado santo pela Igreja Anglicana em 1660.



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MONGÓIS http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/historia-da-criacao-de-gado-entre-os_3753.html
NOVA ZELÂNDIA http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/historia-da-criacao-de-gado-na-nova.html
PARAGUAI http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/historia-da-criacao-de-gado-no-paraguai.html
PERU http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/historia-da-criacao-de-gado-no-peru.html
PORTUGAL http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/historia-da-alimentacao-em-portugal.html
ROMA ANTIGA http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/historia-da-criacao-de-gado-na-roma.html
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VENEZUELA http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/historia-da-criacao-de-gado-na_05.html
VIKINGS http://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2011/03/historia-da-criacao-de-gado-entre-os_17.html



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