Os caprinos foram domesticados cerca de 14.000 a.C., nas montanhas Zagros, no atual Irã. O caprino foi um dos primeiros ruminantes que foi criado pelo homem para fornecer carne, leite e lã, especialmente nas regiões áridas e de topografia irregular. Eles são poucos exigentes no tocante a alimentação e podem sobreviver se alimentando de tudo, folhas de arvores, arbustos do deserto, rizomas e tubérculos. Os caprinos consomem por dia a média de 4,5 kg de matéria seca por cada 100 kg de peso vivo.
Em sítios arqueológicos datados entre 6.000 e 7.000 a.C como os de Jericó, Choga Mami, Djeitun e Cayonu, foram encontrados evidências da domesticação de caprinos.
O ancestral do caprino moderno é o ‘bezoar’ ou ‘pasan’ (Capra aegagrus) que sobrevive ainda hoje nas montanhas da Ásia Menor, no Afeganistão, no Paquistão e em algumas ilhas do mar Egeu. Uma particularidade da espécie que mesmo depois de domestica, se for abandonado na natureza, retoma rapidamente o seu estado selvagem.
Existem oito espécies de caprinos:
Espécies
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Nome Vulgar
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Capra aegagrus
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Bezoar ou Pasan
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Capra hircus
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Caprino doméstico
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Capra ibex
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Íbex comum
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Capra walie
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Íbex walia
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Capra caucasica
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Ibex do Cáucaso Ocidental
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Capra cylindricornis
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Íbex do Cáucaso Oriental
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Capra pirenayca
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Íbex espanhol
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Capra falconeri
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‘Markhor’
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O íbex comum (Capra ibex) subdivide-se em duas subespécies o íbex alpino (C. ibex ibex) e o íbex nubiano (C. ibex nubiana). O íbex alpino foi extinto pela caça predatória na Suíça na primeira metade do século XIX e na Alemanha e Áustria em 1720. Só restaram alguns exemplares que foram confinados numa reserva florestal em Aosta no norte da Itália. Em 1911 alguns animais da reserva foram cedidos ao governo suíço para repovoar as suas montanhas.
O íbex nubiano vive em pequenos grupos, ameaçados pelos caçadores, nas montanhas do deserto da Judéia, nas colinas da costa do mar Vermelho e na Arábia Saudita. Algumas gravuras encontradas em escavações arqueológicas podem indicar que foram domesticados no antigo Egito.
O íbex ‘walia’ (Capra walie) pode ser encontrado nas montanhas do norte da Etiópia, porém é também bastante ameaçado pelos caçadores..
O íbex do Cáucaso ocidental (Capra caucasica) e o íbex do Cáucaso oriental (Capra cylindrocornis), também conhecido como ‘kuban’ são encontrados nas montanhas do Cáucaso.
O íbex espanhol (Capra pyrenaica) era encontrado em todas as montanhas da península Ibérica. Foi quase extinto no começo do século XX e isso só não aconteceu devido à ação do governo espanhol, que criou uma reserva na serra de Gredos para preservar algumas dezenas de animais. Alguns estudiosos reconhecem quatro subespécies: C. pyrenaica pirenayca (extinta em 2000), C. pirenayca victorae (os animais mantidos na serra de Gredos), C. pirenayca hispanica (animais do sul da serra Nevada na Espanha) e C. pirenayca lusitana (que viviam em Portugal e foram extintos em 1892).
O ‘markhor’ (Capra falconeri) é encontrado nas montanhas do sul do Usbequistão, Tadiquistão, Afeganistão, Paquistão central e norte da Índia. A palavra ‘markhor’ em farsi significa ‘comedor de serpente’. Podem ser distinguidas quatro subespécies de ‘markhor’: C. falconeri falconeri, C.falconeri cashmirensis, C.falconeri megaceros e C. falconeri jerdoni, que são diferenciadas pelo formato dos chifres.
No passado, a pele dos caprinos era usada para fazer odres usados para transportar água e vinho. Também com ela era fabricado o pergaminho, usado na escrita no mundo ocidental, até a descoberta e o conhecimento da fabricação de papel[1].
A melhor pele de caprino é a da raça Black Bengal, nativo de Bangladesh.
No condado de Stafford na Inglaterra existia uma raça de caprinos chamada Bagot. Dizem que estes animais foram trazidos para a Inglaterra quando do regresso dos Cruzados. Alguns destes animais foi um presente do rei Ricardo Coração de Leão (1157-1199) ao fazendeiro John Bagot que morava em Blithfield. Isso foi em reconhecimento por um bom dia de caça do rei que tiveram juntos no Babots Park em Blithfield. Estes animais foram soltos, procriaram e tornaram-se semisselvagens.
Na África sub-sahariana, as associações assistenciais, na maioria dirigida por religiosos de diversas crenças, costumavam doar cabras para as famílias pobres para que eles possam ter leite para as crianças. Como não é um animal exigente é fácil e barato cuidar delas. O leite de cabra é um dos mais parecidos com o leite humano, sendo de mais fácil digestão do que o leite de vaca e por isso recomendado para crianças e pessoas idosas. É um leite naturalmente homogeneizado por não conter aglutinina. Uma cabra leiteira pode produzir entre 650 litros e 1.800 litros de leite por período de lactação, que dura em média 305 dias. Famosos queijos são fabricados com leite de cabra como o Rocamadour e o Feta.
Algumas raças de caprinos produzem a lã ‘cashmere’, Ela cresce sob a primeira camada, de lã mais grossa, sendo uma das mais macias e finas do mercado. Entre nós, o tecido produzido com estes fios é conhecido como casimira inglesa e usado para a confecção de elegantes ternos para homens. A raça Angorá produz lã de fibras longas, aneladas e lustrosas, conhecida como ‘mohair’. Os animais da raça não têm a camada superior de proteção de lã mais grossa. O ‘mohair’ tem o poder de manter a temperatura do corpo com mais eficiência do que qualquer outro tipo de lã de carneiro.
Os caprinos podem se reproduzir em qualquer época do ano. A gestação dura 150 dias e normalmente são paridos gêmeos e até trigêmeos. Depois do parto a cabra come a placenta o que é um beneficio, pois ela contém oxitocinas que fornecem importantes nutrientes que ajudam a diminuir os corrimentos vaginais e melhorar a lactação. Também é uma maneira de despistar os predadores, pois se percebessem a placenta deixada no meio ambiente, poderiam ser alertados sobre o nascimento de uma presa fácil.
Michel Eyquem, senhor de Montaigne (1533-1592), ensaísta francês, escreveu que as cabras depois de paridas se ensinadas a cuidar de crianças recém nascidas, tornavam-se excelentes amas-secas, o que ele argumenta que seria uma solução para as crianças cujas mães morressem no parto.
Na Antiguidade, nos lugares onde não havia abundância de lenha, o estrume dos caprinos era usado como combustível. Os excrementos em forma de bolinhas eram bem mais fácil de ser coletados, do que outros estrumes.
Como curiosidade, destacamos a seguir alguns termos da língua inglesa, concernente aos caprinos:
Português
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Inglês
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Manada de caprinos
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Flock
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Cabra adulta apta para criar
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Doe
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Cabrita com crias
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Nanny
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Bode adulto apto para procriar
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Buck
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Bode adulto reprodutor
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Ram
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Bode adulto reprodutor castrado
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Wether
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Cabrito jovem
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Billy
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Cabrito recém nascido
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Kid
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Carne de caprino
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Chevron
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Na Mitologia.
Capricórnio, um dos signos do zodíaco, embora tenha uma semelhança com a figura do bode, representa Ea uma divindade da Suméria.
As pupilas dos olhos dos caprinos são longitudinais como a dos felinos, rãs e cobras, que dão a eles um olhar cheio de mistério e magia. Foi por esta razão que na Idade Média a figura do bode era associada com a do diabo.
Os caprinos eram os animais preferidos para sacrifício ao deus hitita Hirta Wurusemu. Outras divindades que tinha preferência para sacrifícios de caprinos eram o deus tibetano Tara e o deus etíope Atete.
Existe uma pequena figura de bode entalhada em Jokhang, Lhasa no Tibet, homenageando Dungtse Rama Gyelmo. Ela mostra um bode tentando encher um lago com terra para construir nele um altar.
Na Grécia, no século VI a.C. Cleistenes foi incubido de escolher um lugar para a edificação de um templo dedicado a Febo Apolo, o deus do sol. Escolheu um íngreme rochedo em Delfos, no monte Parnasso, que fica a 700 metros de altitude. O local foi escolhido porque uma lenda dizia que as cabras e bodes que ali pastavam tinham o dom da fala. Este foi o templo onde Pítias ficou conhecido como grande oráculo. Diodorus Siculus escreveu que os sacerdotes gregos descobriram a erupção dos gases subterrâneos que saem das fissuras do solo em Delfos, ouvindo o que diziam os caprinos.
Na mitologia grega, os Sátiros eram criaturas que tinham dorso e braços de homem, cabeça e patas de bode e orelhas e rabo de cavalo. Fazia parte da corte do deus Dionísio, sendo seres libidinosos vivendo apenas para copular, beber e dançar. Sua equivalência eram os Faunos dos romanos, protetores dos rebanhos e das lavouras. Pã, o mais famoso Sátiro quando nasceu a parteira viu aquele rosto tão assustador saiu correndo apavorada deixando a parturiente sozinha. A palavra ‘pânico’ tem essa origem. Quando ainda criança, Pã confeccionou e aprendeu a tocar um instrumento que é hoje conhecida como flauta de Pã ou flauta de pastor. Ela servia para alertar os rebanhos de algum perigo.
Buda era contra o sacrifício de animais. No ‘Matakabhatta Jataka’ temos o relato que certa vez Buda foi inquirido sobre o benefício desses sacrifícios e como resposta ele contou a seguinte parábola:
‘Um bode estava sendo preparado pelos discípulos para o sacrifício, quando começou a rir e imediatamente depois passou a chorar alto. Com muito medo os discípulos foram até o Mestre e contaram o que tinham presenciado. O Mestre foi até onde o bode estava, perguntou e ouviu a ele o que estava ocorrendo. O bode disse que ria porque esta seria a sua última encarnação, já que tinha sido sacrificado 499 vezes e esta seria a 500º vez, encerrando o ciclo. Chorava de pena da pessoa que iria cortar a sua cabeça, pois, ela seria condenada a encarnar-se num bode para ser sacrificado durante 500 vezes. O Mestre ordenou que o bode não fosse sacrificado e solto no bosque. O bode argumentou que o seu destino já estava traçado e isto não iria modificar nada. Para evitar qualquer acidente o Mestre pediu aos discípulos que seguisse o bode e não deixasse que nada de mal acontecesse com ele. O bode caminhou até chegar a um rochedo onde começou a pastar os brotos dos arbustos. De repente, com o céu limpo um raio atingiu o rochedo, soltando uma afiada lasca de pedra que voou pelos ares e decepou a cabeça do bode’.
Na Índia, a divindade Prakriti é representada como uma cabra. Suas cores são vermelho, preto e branco, remetendo aos três ‘gunas’ do sistema metafísico hindu. Em honra da deusa Kali, toda manhã eram sacrificados bodes pretos no seu templo em Calcutá. Existem representações da divindade que aparece montada num bode preto.
Na região do Himalaia entre a Índia e o Tibet era costume depois de 11 dias da morte de uma pessoa, a celebração de um ritual para recomendar a alma do falecido. Um sacerdote, depois das preces rituais se servia de arroz, legumes e pedaços cozidos da carne do falecido. Hoje a carne humana foi substituída pela carne de cabrito.
Amaltéia, uma ninfa da mitologia grega, transformada em cabra, foi a ama-seca de Zeus, que vivia escondido de seu pai que tinha prometido matá-lo. Acidentalmente um dos seus chifres foi quebrado e Zeus fez dele a cornucópia. Quando Amaltéia morreu foi transformada em uma estrela, a Capella, da constelação de Capricórnio. Sua pele foi retirada e usada para guarnecer o escudo de Atena, que na mitologia grega era a deusa da sabedoria. Por isto, os caprinos não eram aceitos como animais de sacrifício nos templos de Atena.
A Arca da Aliança, venerada pelos Hebreus, onde estaria guardada as tábuas da lei recebidas por Moisés no monte Sinai, era forrada com fino tecido preparado de lã de caprino.
Na mitologia escandinava, a história da cabra Heidrun (ou Hedrun) é muito popular. Ela subia nos telhados e comia as folhas dos galhos da maior arvore do mundo, que chamava Yggdrasil. Heidrun era montaria de Odin e também algumas vezes puxava a carruagem real.
Bode Expiatório
A figura do bode expiatório surgiu de um relato encontrado na Bíblia, no livro Levítico cap. 16, versículos 7 a 10:
A figura do bode expiatório surgiu de um relato encontrado na Bíblia, no livro Levítico cap. 16, versículos 7 a 10:
‘Também tomará os dois bodes, e os porá perante o Senhor, à porta da tenda da revelação. E Arão lançará sortes sobre os dois bodes: um pelo Senhor, e o outro para Azazel. Então apresentará o bode que cair a sorte pelo Senhor e o oferecerá como oferta pelo pecado; mas o bode sobre que cair a sorte para Azazel será posto vivo perante o Senhor para fazer expiação com ele a fim de enviá-lo ao deserto para Azazel’. Continua no versículo 20: ‘Quando Arão houver acabado de fazer expiação no lugar santo, pela tenda da revelação, e pelo altar, apresentará o bode vivo; e pondo as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessará sobre ela todas as iniqüidades do povo de Israel, e todas as suas transgressões, sim, todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á para o deserto, pela mão do homem designado para isso. Assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles para uma região solitária; e esse homem soltará o bode no deserto. ’
Esse ritual fazia parte das cerimônias hebraicas do Yom Kippur (dia da expiação) no templo de Jerusalém. Na teologia do Cristianismo é interpretado como uma visão do sacrifício de Cristo evocando para si todos os pecados da humanidade.
Na Grécia antiga também existia a figura do bode expiatório, no qual um aleijado, mendigo ou criminoso era escolhido para representá-lo. Era um ritual para expiar a comunidade depois de um desastre natural, uma praga, fome ou guerra.
Também podia ser para comemorar o final do ano. A vítima era chamada de ‘pharmacos’. A tradição conta que era assassinado, o que é negado pelos estudiosos que não encontraram evidências para confirmar isso. As evidências é que eram mal tratados, apedrejados, batidos e puxados pela multidão em delírio.
Entre algumas tribos da América do Norte existia um ritual semelhante, porém, ao invés de um bode usavam um cachorro branco.
Nas festividades de ano novo no Tibet usavam uma imagem de demônio preparada com massa colorida que era perfurada por punhais, enquanto eram enumerados por um leitor, os pecados da sociedade. Quando consideravam tudo enumerado, o demônio estava morto e todos livres dos pecados.
[1] O papel chegou a Europa (Inglaterra) em 1310 e era produzido com fibras de linho e mais tarde com trapos de tecidos.
Texto de Leopoldo Costa
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Olá! Seu texto é muito interessante! Ele aborda uma história social dos caprinos como nunca visto. Eu pesquiso para mestrado os sátiros e faunos. Tenho interesse nas suas referências. Você pode compartilhar?
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