Os exames feitos por meio da técnica de ressonância de elétrons mostraram que os ossos queimados foram submetidos a temperaturas que excederam 500 graus Celsius, o equivalente ao calor produzido por fogo em áreas confinadas. Os restos do antílope que virou churrasco foram achados em 1984 por Bob Brain, então diretor do Museu Transvaal, da África do Sul, junto com outros 250 ossos queimados de animais.
Brain trabalhou com o químico Andy Sillen no laboratório de arquiometria da Universidade da Cidade do Cabo para detectar a temperatura à qual os fósseis foram submetidos. A hipótese do fogo era plausível, mas a idade dos ossos permanecia incerta até o material ser reexaminado. As equipes de Francis Thackeray, do Museu Transvaal, e de Anne Skinner, do Williams College, Estados Unidos, confirmaram as idéias de Brain de 20 anos atrás: os ossos realmente foram submetidos a calor intenso.
“Não estamos dizendo que parentes distantes do homem como oHomo ergaster ou o Homo erectus faziam fogueiras, mas que no mínimo provavelmente usavam o fogo de modo controlado”, comentou Thackeray. “Eles podem ter recolhido galhos em chamas de árvores atingidas por raios após invernos secos.”
Publicado na pag. 44 da revista Pesquisa Fapesp nº 99 de maio de 2004
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