Leopoldo Costa
A denominação ‘Goiás’ originou-se da tribo indígena ‘guaiás’, que em tupi-guarani significa ‘individuo igual, da mesma raça’.
O território hoje pertencente ao estado de Goiás e o Distrito Federal foi desbravado, a partir da segunda metade do século XVI, pelo leste, quando foi alcançado pelas bandeiras de Sebastião Marinho (1592) e Domingos Rodrigues (1596). E pelo norte com a migração de criadores de gado baianos e maranhenses, à procura de melhores pastagens para seus crescentes rebanhos.
Nos primeiros anos do século XVII, outras bandeiras exploraram o território goiano em busca de ouro e capturando indígenas e os criadores de gado expandiram a sua atividade para o sul do atual estado.
Em 1682, Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro Anhanguera, comandou uma bandeira que preou grande quantidade de índios. Seu filho, também chamado Bartolomeu Bueno da Silva (1672-1740), o segundo Anhanguera, partiu de São Paulo com mais de 100 exploradores, 40 cavalos e dois missionários, Cosme e Jorge. Na sua invasão foi mais cruel e selvagem que seu pai. Além de prear mais índios buscava freneticamente o ouro e para isto não tinha nenhum escrúpulo em torturar os pobres coitados até a morte para obter informações sobre a localização de minas. Mediante as informações conseguidas desta maneira, terminou encontrando ouro na confluência dos rios Vermelho e Bugre, onde fundou o primeiro povoado goiano, o arraial da Barra, (hoje Buenolândia) que foi a primeira sede da administração da região. Mais tarde, usando dos mesmos métodos de obter informações, encontrou outras minas como a de Santana, São João Batista, Ouro Fino, da Anta, de Santa Rita e Tesouras.
Sabendo das noticias das descobertas, o governador de São Paulo, Rodrigo César de Meneses (1675-1738), que tinha a jurisdição do território, enviou carta ao rei de Portugal comunicando a abundância de ouro encontrado.[1]
Para dar apoio logístico a iniciante mineração, evitando os problemas ocorridos nas Minas Gerais, a Coroa decidiu conceder sesmarias as pessoas que se interessaram a vir para Goiás e fixar residência na região, criando gado ou plantando cereais para abastecer a região de garimpo.
Com a publicidade das notícias de ouro farto e abundante, o interesse superou as expectativas e faltaram sesmarias para todos os interessados. Não desejavam plantar roça e criar gado e sim prospectar ouro.
Antônio Ferraz de Araújo[2], no mês de julho de 1726, acompanhando o cunhado Bartolomeu Bueno da Silva em sua segunda incursão às terras goianas chegou a Vila Boa conduzindo porcos, bois e vacas de leite, vendidos literalmente a peso de ouro. Antônio Ferraz de Araújo foi nomeado em 1728, por Bartolomeu Bueno da Silva para administrar o arraial de Santana, futura cidade de Goiás. Em 1733 pediu o seu afastamento da administração do arraial e resolveu estabelecer em 1734 as minas de Natividade, cidade hoje localizada no estado de Tocantins. Em 1744, contratado pela administração das minas de Goiás, organizou ataques aos índios Caiapós, que foram se refugiar na capitania de Mato Grosso.
Na década de 1730, outros exploradores de ouro atingiram as margens do rio Tocantins no extremo norte de Goiás, onde encontraram as minas mais ricas em solo goiano, tais como, Maranhão, Meia Ponte, Água Quente e Traíras.
Em pouco mais de uma década a região transformou-se. Em 1736 já tinha cerca de 14 mil escravos, trabalhando na lavra do ouro.
O desenvolvimento foi rápido, os povoados multiplicavam-se, a população crescia e os criadores de gado aumentavam os seus rebanhos, para terem condições de abastecer a região mineradora.
A primeira vaca leiteira leiloada na zona de mineração goiana alcançou o preço de duas libras. Valor correspondente na época a 919 gramas de ouro. Ainda como referencial, o primeiro porco foi arrematado por 286 gramas de ouro.
Importantes arraiais foram estabelecidos na capitania no século XVIII e começo do século XIX, dentre os quais destacam-se os seguintes:
· Santa Cruz, (1729), fundada por Manuel Dias da Silva.
· Antas, (1729), fundada por Francisco Calhamaro.
· Água Quente, (1732), fundada por Manuel Rodrigues Tomaz. (Nesse arraial foi encontrada uma pepita de ouro de 20 quilos, ao que parece a maior encontrada no período da mineração colonial no Brasil).
· Maranhão, (1730), descoberto por Manuel Rodrigues Tomaz
· Crixás, (1734), descoberto por Domingos Rodrigues do Prado e fundado por Manuel Rodrigues Tomaz.
· Traíras, descoberto por Manuel Rodrigues Tomar em 1735.
· Pilar, (1741), (primeira denominação foi Papuã), descoberto por João Godoy Pinto da Silveira.
· São José do Tocantins (atual Niquelândia), (1735), foram fundadores Manuel Rodrigues Tomaz e Antônio de Sousa Bastos.
· Natividade, (1734), (primeira denominação São Luiz– em homenagem ao capitão-general D. Luiz de Assis Mascarenhas), fundada por Antônio Ferraz de Araújo.
· São Félix, (1736), fundado por Carlos Marinho.
· Pontal, (1738), fundado por Antônio Sanches.
· Cavalcante, (1740), fundado por Domingos Pires. O nome foi em homenagem a Juliano Cavalcante, antigo morador do local,
· Arraias, Conceição e Chapada, em 1740, O governador da capitania de Goiás, Luís de Assis Mascarenhas, em viagem a essa região,ordenou as suas fundações.
· Santa Luzia, (atual Luziânia), (1746), descoberto por Antônio Bueno de Azevedo.
· Carmo da Natividade, (1747), descoberto por Manuel de Souza Ferreira.
· Morro do Chapéu (atual Monte Alegre de Goiás), (1769), descoberto por José Barbosa Lobo.
· Bonfim (atual Silvânia), (1744). Existem duas versões sobre a sua descoberta e fundação. A primeira atribui a José Antônio, procedente de Santa Luzia. A segunda atribui aos desbravadores vindos de Santa Cruz, Pedro Monteiro da Silva, Vicente Gomes, Manuel Ribeiro da Silva, João da Silva Guimarães, João Dias de Sousa e Custódio Monteiro Mascarenhas.
· Arraial da Cachoeira, (1736), descoberto por Antônio da Silva Cordovil.
· Muquém, (1736), descoberto por Antônio da Silva Cordovil.
· Santa Rita, (1736), descoberto por Antônio da Silva Cordovil.
· Amaro Leite, (1739), descoberto por Amaro Leite.
· Corumbá, fundada em 1730 por mineradores.
· Cocal, (1749), descoberto por Diogo de Gouveia e Castro.
No período do apogeu da mineração, a criação de gado foi rigidamente controlada pelos representantes da Coroa portuguesa, que interpretavam esse segmento econômico como forma de concorrência à exploração do ouro e certeza na diminuição dos dízimos (impostos). Deveria existir apenas o suficiente para abastecer os mineradores e fornecer animais de tiro. Além disso, os portugueses achavam que a pecuária fomentava o contrabando de ouro, principalmente pelos caminhos que levavam aos currais da Bahia, instalados às margens do rio São Francisco.
Para evitar este contrabando, o vice-rei Vasco Fernandes César de Meneses (1673-1741), conde de Sabugosa, proibiu em 1730, a navegação do rio São Francisco, procurando dificultar com o ato, a evasão do ouro pela Bahia. Obrigando-se então a saída do ouro apenas pelo caminho oficial para o porto do Rio de Janeiro. A comunicação com o Rio de Janeiro era feita por terra através de Paracatu, depois tomando a Estrada Real, sendo as mercadorias transportadas no lombo das mulas. Uma viagem de Vila Boa ao Rio de Janeiro levava cerca de três meses.
Em 1755, foi enviado ordens ao superintendente das minas de Goiás, proibindo e punindo com rigor a entrada em terras goianas de pessoas, gêneros alimentícios e gado por outros caminhos, que não fosse aquele oficial que saía de São Paulo, controlado por vários ‘registros’. O caminho de São Paulo alcançava a Estrada Real em São João Del Rei.
Em 1744, o rei João V (1689-1750), desmembrou Goiás de São Paulo e em 1748 criou a capitania de Goiás. As minas de ouro eram administradas por um superintendente. No dia 8 de novembro de 1749 tomou posse o primeiro governador da capitania de Goiás Marcos de Noronha e Brito (1771-1828), o sexto conde de Arcos, que antes tinha sido governador de Grão Pará e Rio Negro e da Bahia. Após a sua posse foram criadas duas casas de fundição, uma em Vila Boa (hoje Goiás) e outra em São Felix.
Nas últimas décadas do século XVIII, pela falta de descobertas de novas minas e esgotamento das existentes, o Ciclo do Ouro em Goiás entrou em decadência.
A economia sofreu uma terrível crise que reduziu a população da capitania.[3] Os que abandonaram a região em busca de novas oportunidades deixaram suas terras e seu gado, que era criado para ser comercializado na região mineradora. Vários arraiais que contavam com uma população superior a cinco mil ou mais habitantes simplesmente deixaram de existir, ao passo que outros regrediram a um estado miserável, como testemunharam os viajantes europeus Johan Emanuel Pohl (1782-1834), Willliam John Burchell (1781-1863) e Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), que visitaram a região na época. A desgraça socioeconômica causada pela debandada dos exploradores de ouro arrasou Goiás e a capitania demorou vários anos para se recuperar.
Foi justamente nesse período da decadência do ouro que a população goiana dedicou-se a outras atividades econômicas: a pecuária e a agricultura. As cabeças de gado abandonadas no final do Ciclo da Mineração serviram como ponto de partida para o desenvolvimento da pecuária. Os empreendedores daquele tempo haviam acabado de descobrir que a pecuária podia dar lucro. Surgiram os primeiros pecuaristas. Joaquim Alves de Oliveira foi um deles, considerado o fazendeiro mais rico da província de Goiás nas primeiras décadas do século XIX. Ele não se conteve em viver apenas na área agropastoril e se interessou pela história cultural goiana. Nascido em Pilar no ano de 1770, foi trabalhar no Rio de Janeiro e depois, de economizar uma boa quantia de dinheiro, retornou a Goiás para no arraial de Meia Ponte (Pirenópolis), dedicar-se ao comércio. Em 1802, iniciaria a construção do engenho São Joaquim, em suas terras, consideradas naqueles tempos, como a maior propriedade rural da província.
A região norte da capitania de Goiás, hoje o estado de Tocantins, antecedeu a exploração pecuária em detrimento ao sul. As minas de ouro do norte, apesar de produtivas, não conseguiam sobrepujar em qualidade as lavras do sul. As alternativas de subsistência eram a pecuária e a agricultura. As terras não eram boas para o plantio e não havia fertilizantes e produtos para corrigir os solos, portanto restava a opção da pecuária. A região sul com a qualidade de suas terras optou-se pela agricultura.
Estudos do professor Luis Antônio Estevam definem bem essa situação: ‘Nos julgados do Sul, em 1796, havia 1.189 sítios de lavoura e nos julgados do Norte apenas 458. Com relação à pecuária, a situação foi oposta: nos julgados do Sul havia em 1796 apenas 121 fazendas de gado, contra 401 fazendas no Norte’.
Em 1862 o rebanho bovino era de 298.000 cabeças. O preço por cabeça era de 4$200 na década de 1820 e foi aumentando para 6$000 na década de 1830, 7$000 na década de 1840, 9$600 na década de 1850 e estabilizou em torno de 12$000 por cabeça nas décadas de 1860 a 1880.
A criação de gado foi se tornando uma atividade típica da região. A sua importância foi tamanha que alguns historiadores falam até num Ciclo de Gado em Goiás, ao longo do século XIX.[4]
Após a Independência do Brasil o governo imperial pela lei 11 estabeleceu como incentivo para a criação de bovinos e equinos na região sul de Goiás, a isenção do pagamento de impostos pelo período de 10 anos. Em 1836, aproveitando a benesse, Francisco Joaquim Vilela (1796-1868) e seu filho José Manoel Vilela (1815-1894), procedentes de Espírito Santo dos Coqueiros, hoje Coqueiral, próximo de Lavras, Minas Gerais, estabeleceram um grande fazenda de criação de gado às margens dos rios Claro e Ariranha. A família Vilela doou uma gleba para a construção de uma capela em honra do Divino Espírito Santo, sendo que em torno dela foi formado um povoado denominado Paraíso. Em 1864 o povoado foi elevado a freguesia como Paraíso do Jataí, hoje a cidade de Jataí.
Em 1837 procedente de Franca, chegou a região José de Carvalho Bastos que formou a sua fazenda na margem esquerda do rio Ariranha, confrontando com as terras dos Vilela. Era também um grande criador de gado, o que os seus descendentes continuam sendo até hoje.
O rebanho teve a seguinte evolução:
1938
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1950
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1957
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1964
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Bovinos
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3.083.000
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4.000.000
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6.305.000
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8.393.000
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Equinos
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360.000
|
500.000
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699.000
|
776.000
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Suinos
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1.277.000
|
2.000.000
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3.656.000
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4.668.000
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Ovinos
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60.000
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-
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78.000
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120.000
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Caprinos
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70.000
|
-
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132.000
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222.000
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Em 1964 foram abatidos em estabelecimentos controlados pelo governo:
Bovinos
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354.000 cabeças
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Suinos
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258.000 cabeças
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Ovinos
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1.000 cabeças
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Caprinos
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4.000 cabeças
|
Em 1965, o estado de Goiás, com Tocantins ainda fazendo parte de seu território, tinha um rebanho de 8.287.000 cabeças de bovinos, 5.051.000 cabeças de suínos e 795.000 cabeças de equinos. Tinha o quarto maior rebanho de bovinos do Brasil. A produção de carne bovina foi de 55.390 toneladas e a de suína de 7.820 toneladas.
No mesmo ano de 1965, ocupava o quinto lugar na produção de leite de vaca do Brasil com 410.000 m³ por ano. Atualmente, apesar de não contar mais com a produção do território desmembrado de Tocantins, a produção é de 2.800.000 m³ por ano, ocupando o terceiro lugar no Brasil. Três municípios goianos estão entre os vinte maiores produtores de leite do Brasil: Morrinhos com 81.000 m³ por ano, Rio Verde com 76.000 m³ por ano e Orizona com 73.000 m³ por ano. Morrinhos produz mais leite do que todo o estado do Acre.
Em 5 de outubro de 1988, por disposição da nova Constituição Federal, foi desmembrado a parte norte do estado de Goiás (aproximadamente no paralelo 13°), para formar o estado de Tocantins.
O IBGE no Censo Agropecuário constatou que no dia 31/12/2008 havia nos 246 municípios do estado de Goiás 20.875.000 cabeças de bovinos. Possuía o 4º maior rebanho do Brasil.
Os cinco maiores rebanhos de Goiás, que representavam 12% do total, estavam nos seguintes municípios:
· Nova Crixás 737.000 cabeças
· São Miguel do Araguaia 551.000 cabeças
· Caiapônia 425.000 cabeças
· Rio Verde 412.000 cabeças
· Jussara 351.000 cabeças
Outros 4 municípios goianos tinham rebanho superior a 300.000 cabeças (Quirinópolis, Jataí, Porangatu e Mineiros), 13 municípios tinham rebanho entre 300.000 e 200.000 cabeças e 44 tinham rebanho entre 200.000 e 100.000 cabeças.
[1] Rodrigo César de Menezes, do Conselho de S.M. Fidelíssima etc. – Certifico que, assim que tomei posse do governo, mandei vir à minha presença Bartolomeu Bueno da Silva, pessoa das principais famílias desta capitania e dos mais inteligentes sertanistas, e, por haver cursado o sertão de Goiás, lhe encarreguei passasse ele a fazer o descobrimento do ouro que asseguravam haver no dito sertão; e, sem embargo de achar-se muito adiantado na idade, não pôs dúvida alguma em executar as minhas ordens, desprezando os riscos de vida e mais contratempos a que se expunha, antepondo a tudo o serviço de S.M.E. com efeito, se aviou a sua custa deixando a sua casa e família, e seguiu viagem no ano de 1722, levando um regimento, que lhe mandei passar, para executar o que nele lhe encarregava, por ser assim conveniente ao serviço de S.M. em cujo descobrimento gastou três anos, experimentando os maiores trabalhos e perigos, morrendo-lhe a maior parte de sua tropa, e, restando-lhe mui poucos soldados, estes o persuadiam a que se retirasse para povoado; este sempre resistiu, mostrando-se contente que se o quisessem desamparar podiam fazer, que ele não vinha à minha presença sem concluir a diligência de que fora encarregado, e que, assim, antes perderia a vida do que deixaria de executar as minhas ordens. À vista da sua resolução, os companheiros se acomodaram, a não desampará-lo até que se fez o dito descobrimento, do que me veio dar parte, trazendo mostras de ouro, cujo serviço lhe agradeci, e da parte de S.M. lhe assegurei seria atendido de sua real grandeza: em 1726, seguindo viagem para o sertão de Cuiabá, lhe ordenei o fizesse também para o dos Goiazes ... e com efeito, chegando àquele sertão, descobriu com a sua muita atividade e inteligência muitos ribeirões com grandezas de ouro, como acredita a que foi para Portugal dos reais quintos, e continuaram mais avultadas remessas pelo tempo adiante ... Passo o referido por ser verdade, o que afirmo aos Santos Evangelhos; e, por ser pedida a presente, a mandei passar, firmada e selada com o sinete das minhas armas. Dada e passada na cidade de S. Paulo, aos 26 de outubro de 1728. – Rodrigo César de Menezes.”
[2] Era o segundo filho do casal Manoel Ferraz de Araújo (natural da cidade do Porto, Portugal) e Verônica Dias Leite. No ano de 1678, casou-se na Vila Sant’Ana do Parnaiba (SP) com Maria Pires Bueno, filha de Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhangüera pai, e de Izabel Cardoso. Fez parte da histórica bandeira do cunhado Bartolomeu Bueno, o Anhangüera filho, que no dia 3 de julho de 1722 saiu de São Paulo e vagou pelos sertões sofrendo todo tipo de infortúnio durante três anos, três meses e dezoito dias.Para referendar esse sofrimento, quando a bandeira saiu de São Paulo, ela foi constituída por cerca de 160 integrantes, entre reinóis (portugueses em maioria absoluta), cinco ou seis paulistas, um baiano, índios e escravos. Deles todos, apenas 40 retornaram vivos a São Paulo, em 21 de outubro de 1725. Ferraz era um deles.
[3] Auguste de Saint-Hilaire, que percorreu a região em 1818, descreveu a situação: “Inicialmente tirou-se da terra todo o ouro que podia ser extraído facilmente, mas os mineradores dissiparam imprevidentemente o fruto de seu trabalho, e quando a extração se tornou mais complexa, exigindo o emprego de maquinas, o capital e o escravo começaram a faltar ao mesmo tempo. Um grande numero de moradores do lugar foi embora, e suas casas, hoje abandonadas, transformaram-se em ruínas.”
[4] O jornal paulistano 'Diário Popular', publicou na sua edição do dia 15 de janeiro de 1902, a seguinte nota “... que contra todas as expectativas a exportação de gado em Goyaz, tem sido muito regular, sendo os preços de 50$ e 60$".
Prezado Leopoldo Costa.
ReplyDeleteMeu nome é Stael de Campos e minha mãe Maria de Fátima Silva Campos está pesquisando sobre a origem da sua família.
Ela conta que sua avó paterna: Conceição Eurides da Silva relatava que o o pai (não sabemos o nome) do esposo (Joviano Alves) avô de minha mãe, foi deixado em uma Praça de Goiania sob os cuidados de um fazendeiro.
Ela conta que seu bisavô tinha menos de 10 anos e que os responsáveis pelo abandono eram cangaceiros.
A criança foi criada pelo fazendeiro e quando cresceu veio para Minas Gerais, onde constituiu família.
Passado muitos anos, o avô de minha mãe, Joviano Alves, e seus irmãos receberam uma carta informando que havia um espólio de terras (não sabemos se eram fazendas) e que eles eram os herdeiros. Na carta havia uma advertência que impediu que os herdeiros fossem até Goiás para se apropiar da herança. A advertência era o fato da região está infestada por Febre Amarela.
Como eram pessoas muito simples, não procuram pesquisar se era verdade e simplesmente desistiram.
Sabemos que estas possíveis terras, hoje deve pertencer ao Governo ou a alguém que se apropiou. Não queremos reaver o patrimônio, pois sabemos que não temos direito, mas gostaríamos de saber se a história que nos foi passada é totalmente verdadeira. Também gostaríamos de saber a origem da nossa família.
Como podemos obter fontes de pesquisa que poderão nos auxiliar nesta busca?
Você pode nos ajudar?
Aguardo sua resposta para prosseguir a nossa incansável busca.
Contamos muito com seu apoio e obrigada pela antenção.
Cordialmente,
Stael de Campos Moura
Contagem - MG
scmoura@gmail.com
Maria de Fátima Silva Campos
Caetanópolis - MG