Desde a origem de sua história o symposion caracterizou-se por algumas constantes, às quais se acrescentarão, de acordo com as circunstâncias , elementos materiais ou comportamento diversos. Esta reunião de homens ocorre obrigatoriamente logo depois das refeições, com consumo de vinho, e é introduzida por ritos que compreendem libações aos deuses e o canto do coral peã. Organizado para celebrar um acontecimento público ou privado, ele não pode , portanto, repetir-se diariamente. Os participantes ligam-se por relações que, em geral, não são de parentesco; eles têm o mesmo estilo de vida e comportam-se de acordo com as regras que reconhecem como características de uma etnia.
Outra característica do symposion, a poesia, encontra-se no cerne dessa prática. Graças às descrições e aos comentários que ela contém, é-nos possível reconstituir a evolução do symposion através das regiões e dos séculos, desde a época arcaica até o período helenístico. Contrariamente ao sacrifício solene da festividade pública, o symposion é um momento privado de religiosidade simbólica, em que os participantes estabelecem com os deuses uma relação pessoal. A libação acompanha, às vezes, o juramento que transforma o grupo de bebedores em ‘’associação política’’.
Com o passar do tempo, a leitura em comum terminou por ser impor, e o symposion logo passa a enfrentar a concorrência dos ginásios, das bibliotecas, e das sedes das escolas filosóficas.
Publicado na internet (não anotei a autoria) e depois excluido. Texto acima gravado em janeiro de 2002. Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
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