"A MELHOR CERVEJA DO MUNDO"

PRODUZIDA POR MONGES TRAPISTAS NA BÉLGICA, A WESTVLETEREN, DIFICÍLIMA DE SER COMPRADA, É ESTRELA DE DEGUSTAÇÃO.

Para levar para casa uma modesta cota de duas caixas de Westvleteren 12, a cerveja feita pelos monges trapistas do monastério Saint Sixtus, na cidade belga que deu nome à bebida, é preciso telefonar para a abadia, dar a sorte de ter a ligação atendida, cadastrar número de telefone e placa do carro — que serão usados para que o candidato não tente repetir a compra pelos dois meses seguintes — e ir buscar pessoalmente as preciosas garrafas.

Os admiradores não têm dúvidas de que tamanho esforço e dedicação valem a pena: a Westvleteren 12 foi eleita, pelo site RateBeer Web “a melhor cerveja do mundo”, por milhares de fãs de mais de 60 países.

— Ano passado, os monges, que só fazem a quantidade necessária para sustentar o monastério, tiveram que produzir mais para consertar o muro da abadia, que estava ruindo. As 93 mil caixas extras colocadas à venda no Carrefour acabaram no mesmo dia — conta Marcio Beck, jornalista e autor do blog <700cervejas .blogspot.com.br=".blogspot.com.br">.

No próximo sábado, a Adega do Pimenta (Rio de Janeiro) (8697-1370) vai promover, na filial da Praça Tiradentes, uma degustação com “a melhor cerveja do mundo”, conduzida pelo especialista Gustavo Renha. Além de uma taça de Westvleteren 12, estão incluídas no preço (R$ 190) as belgas Carolus Tripel e St. Feuillien Blond, a espanhola Estrella Damm Inedit e uma mesa de frios.

— Eu tentei comprar mais, mas me reconheceram e não permitiram — diz Fabio Santos, um dos organizadores do evento. Quem não conseguir vaga pode recorrer aos importadores da cidade, que, quando têm, vendem a Westvleteren 12 a cerca de R$ 180 a garrafa.

Texto de Cláudia Amorim publicado na revista "O Globo" de 4 de novembro de 2012, inserida em "O Globo" da mesma data. Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.