Com a compra,Yara International,uma das líderes no setor,passa a deter 25% do mercado de fertilizantes do país.
A Bunge Brasil anunciou ontem a venda de suas operações de mistura e distribuição de fertilizantes para a Yara International, uma das líderes no setor e que, com a compra,passa a deter 25% do mercado brasileiro.
Por US$ 750 milhões, a Yara adquiriu 22 unidades de mistura e duas de produção da Bunge. O ramo da empresa teve um volume de vendas de 4,8 milhões de toneladas de fertilizantes em 2011, ante 2,7 milhões da Yara Brasil, faturamento de US$ 2,6 bilhões e lucro de US$ 77 milhões.
A operação precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e deve ser concluída na metade de 2013.
Desde 2010, quando a Vale comprou seus ativos de mineração, a Bunge tenta focar seus empreendimentos no agronegócio, setor em que realiza operações de trading. Assim, a empresa quer diminuir custo e risco de suas operações complementares, como o fornecimento de fertilizantes. A venda faria parte dessa estratégia.
PARCERIA
Segundo Egil Hogna, vice-presidente da Yara International, a intenção de vender o braço da empresa partiu da própria Bunge, que realizou concorrência. “Foi muito importante, para que ganhássemos a concorrência, a garantia de que forneceríamos fertilizantes para a Bunge distribuir aos produtores agrícolas”, afirma Hogna.
Uma das contrapartidas da operação foi que a Yara garantisse o fornecimento do produto à Bunge. A empresa realiza permuta com fazendeiros produtores dos grãos, financiando os fertilizantes, que serão pagos com desconto no preço da venda do produto pela Bunge.
A Bunge afirma que também manterá operações de distribuição do produto em outros países do mundo,pontos de venda do fertilizante da Yara em algumas regiões específicas, além da operação do terminal de fertilizantes do porto de Santos.
O Brasil é hoje o maior comprador de fertilizantes da Yara, e o quarto maior no mundo. Além do tamanho, Hogna destaca a rapidez no crescimento do setor no país, que atraiu o interesse da empresa. O país importa cerca de 70% da matéria-prima necessária para sua demanda
Texto da "Folha de S. Paulo" do dia 8 de dezembro de 2012. Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa
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