7.23.2016

ESTRADA UNIÃO E INDÚSTRIA









Leopoldo Costa

Foi considerada a maior obra de engenharia na América Latina da época. Começou a sua história em 7 de agosto de 1852, quando Mariano Procópio Ferreira Laje (1821-1872) obteve a concessão para a sua construção através do decreto n° 1.301 do Governo Imperial. Para tal ele criou uma empresa Companhia União e Indústria.   A concessão tinha a validade de 50 anos e dava o direito de cobrança de pedágio sobre o transporte de mercadorias.  A estrada de 144 km no eixo principal, ou seja, Petrópolis/Juiz de Fora, perfazendo 96 km no estado do Rio de Janeiro e 48 km no estado de Minas Gerais. Era toda macadamizada.

As obras foram iniciadas em 12 de abril de 1856 com a presença de D. Pedro II e de toda a família imperial. Mariano Procópio encarregou o engenheiro alemão Júlio Frederico Koeler (1804-1847) para assumir a responsabilidade do trecho entre a cidade de Entre Rios (Três Rios-RJ) até Paraibuna (Juiz de Fora-MG). O engenheiro brasileiro Antônio Maria de Oliveira Bulhões (n.1828), assumiu a responsabilidade de construção do trecho entre as cidades de Petrópolis e Entre Rios (Três Rios).

Dividida nestes dois trechos a estrada foi concluída em 23 de julho de 1861. D. Pedro II e alguns convidados, percorreu em uma diligência toda a extensão da estrada.

Tinha outros ramais, o primeiro saía de Paraibuna (Juiz de Fora), seguia pela margem direita do rio Preto até Porto das Flores (Manoel Duarte), passando por Três Ilhas e Santa Rosa. 

O segundo tinha início na estação da Posse e ia até Aparecida, passando pela vila de Nosso Senhor dos Passos do Presídio de Rio Preto (São José do Vale do Rio Preto.

Foram construídas várias pontes e uma estação as margens do rio Paraibuna, em Monte Serrat  hoje distrito do município de Comendador Levy Gasparian RJ, (construída em 1856), para a troca das mulas das diligências (procedimento realizado várias vezes na viagem entre Petrópolis e Juiz de Fora). 

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