Subtilezas à mesa
Um intelectual chinês do passado terá afirmado: “governa o Império como cozinharias o mais pequeno peixe”. Uma comparação que nos dá uma imagem do esmero que os antigos chineses colocavam no acto de governar.
Quando pensamos na gastronomia chinesa, invariavelmente, ocorre-nos a imagem de dois pauzinhos tocados por mãos destras, na arte de comer arroz. Contudo, a cozinha chinesa tem, desde há centenas de anos, predicados bem mais requintados do que esta frugal imagem. Obviamente o arroz era, e continua a ser, um elemento base na sociedade e gastronomia chinesas, essencialmente entre as classes mais baixas. Entre ricos e pobres, aquilo que se levava à mesa, variava substancialmente.
Já no século XIII da nossa era, encontram-se bastantes relatos da pródiga culinária do gigante país asiático. Interessante é notar que pouca coisa de alterou, em termos culinários, desde essa data remota, relativamente aos nossos dias. Isto é, aquilo que comemos actualmente num qualquer restaurante chinês, não andará muito longe de alguns dos acepipes que o viajante genovês, Marco Pólo, encontrou nas suas andanças pelo império de Kubilai
Texto de Jorge Andrade, publicado no site "Gastronomia Polvo" gravado por LC em 23 de abril de 2002 e aparentemente não mais disponível. Adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
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