Introdução à Geografia Cultural
A primeira noção de Geografia Cultural pode ser introduzida a partir do entendimento e conceituação em torno do termo. A Geografia Cultural é uma ramificação da Geografia e pode ser caracterizada pelo estudo e pela compreensão da distribuição espacial das manifestações culturais. Podemos citar alguns exemplos, como as manifestações das religiões, as crenças, os rituais, as artes, as formas de trabalho. Em conjunto a essa primeira definição, podemos agregar que a Geografia Cultural também é aquela que considera os sentimentos e as ideias de um grupo social ou povo sobre o espaço geográfico a partir da experiência e momentos já vivenciados.
A Geografia Cultural, como todas as subdivisões da Geografia, deve estar “ligada à Terra”. Os aspectos da Terra, em particular aqueles produzidos ou modificados pela ação humana, são de grande significado. O estudo desses aspectos geográficos resultantes da ação do homem considera as diferenças entre as comunidades humanas que as criam ou criaram e se referem aos modos especiais de vida de cada uma como culturas. A Geografia Cultural compara a distribuição variável das áreas culturais com a distribuição de outros aspectos da superfície da Terra, visando identificar aspectos ambientais característicos de uma determinada cultura e, se possível, descobrir que papel a ação humana desempenha ou desempenhou na criação e manutenção de determinados aspectos geográficos. (WAGNER ; MIKESELL, 2003, p. 27-28)
A partir do século XX, essa área do conhecimento e abordagem de estudo espacial na ciência geográfica, vem trabalhando determinados temas, tais como: gêneros de vida,paisagem cultural, áreas culturais, história da cultura no espaço e ecologia cultural. A realização de trabalhos nessa área do conhecimento, por profissionais da Geografia foi extensa eimportante, colocando marcos fundamentais em diferentes metodologias e tornando os estudos excelentes referenciais teóricos, sendo ressaltados e utilizados no desenvolvimento desse campo de estudo da Geografia. Como exemplo, temos a produção da Escola de Berkeley, na qual o pesquisador Carl Sauer tornou-se nome fundamental nos estudos culturais.
As razões da incorporação tardia da Geografia Cultural entre os geógrafos brasileiros são várias. Entre elas estão a força da tradição empiricista, profundamente presa a uma pretensa leitura objetiva da realidade, e, a partir dofinal da década de 1970, da perspectiva crítica, calcada em um materialismo histórico mal assimilado. A cultura foi, ou negligenciada, ou entendida segundo o senso comum, passando a ser vista como sendo dotada de poder explicativo. (CORRÊA; ROSENDAHL, 2003, p. 9)
Algumas mudanças na Geografia Cultural ocorreram a partir da segunda metade dos anos 1970, entre essas, as mais significativas estiveram preocupadas em ampliar e inserir novos referenciais teórico-metodológicos, como a vida cotidiana, a linguagem e religião, as formas de expressão, dos significados comuns de grupos sociais, enfim uma abordagem própria dos estudos da Geografia Cultural, permitindo assim ampliar as possibilidades de análise e investigação em torno do objeto de estudo. As releituras da Geografia Cultural incorporaram e agregaram novos valores e discussões aos temas mais tradicionais da Geografia, abrindo assim uma área cada vez mais presente nas análises e estudos geográficos.
Para Paul Claval, o principal objetivo dos estudos da Geografia Cultural, ou da abordagem cultural nas ciências geográficas é entender a experiência dos homens (sociedade) no meio (social/ambiental), além de incorporar os significados e compreender tais estudos no meio e relacionar o nosso conhecimento e as nossas vidas. Claval lista as principais mudanças de ordem epistemológica e teórica da Geografia Cultural, sendo mudanças significativas na base da epistemologia científica. A base epistemológica pode ser entendida como o alicerce do conhecimento filosófico, que engloba uma reflexão geral da natureza e os limites do conhecimento. A epistemologia enfoca sua análise entre o sujeito e o objeto, apresentando os postulados e as conclusões dos métodos científicos, traçando seu caminho científico, sua história e evolução. O mesmo autor descreve ainda os novos rumos das relações homens/meio ambiente, enfocam as relações sociais e os problemas morais do mundo contemporâneo.
Uma possível definição dessa “nova” Geografia Cultural seria: contemporânea e histórica (mas sempre contextualizada e apoiada na teoria); social e espacial (mas não reduzida a aspectos da paisagem definidos de forma restrita); urbana e rural; atenta à natureza contingente da cultura, às ideologias dominantes e às formas de resistência. Para essa “nova” geografia a cultura não é uma categoria residual, mas o meio pelo qual a mudança social é experienciada, contestada e constituída. Para desenvolver essa questão de forma mais detalhada, será necessário retornar às raízes americanas da Geografia Cultural contemporânea. (CASGROVE ; JACKSON, 2003, p. 136)
Temas da Geografia Cultural
Os geógrafos Wagner e Mikesell abordam vários temas da Geografia Cultural, entre os quais se destacam: cultura, área cultural, paisagem cultural, história da cultura, ecologia cultural e o geógrafo cultural. Tais temas marcam de forma sintética a conexão e a compreensão dos estudos da Geografia Cultural e constituem a aplicação e apresentação do núcleo desse conhecimento.
A Cultura, segundo os autores citados, representa as atividades de entendimento de um grupo, considerada também um conjunto de símbolos usados nessas atividades de comunicação e entendimentos. O entendimento entre as pessoas do grupo acontece pela similaridade dos pensamentos, pelas simbologias usadas e ações atribuídas a valores e qualidades. Podemos afirmar que a cultura é internamente produzida em uma base geográfica, sendo que a base geográfica também é algo do reconhecimento cultural e, por sua vez, um resultado da própria produção cultural.
Em outras palavras, o conceito de cultura oferece um meio para classificar os seres humanos em grupos bem definidos, de acordo com características comuns verificáveis, e também um meio para classificar áreas de acordo com as características dos grupos humanos que as ocupam. (WAGNER ; MIKESELL, 2003, p. 28)
Para Wagner e Mikesell, a área cultural pode ser entendida como o limite da cultura, ou seja, é a área que mantém as atividades e os atributos de uma determinada cultura1. Podemos verificar alguns conjuntos espaciais da cultura, como os pontos centrais da cultura, as linhas em que ocorre a transmissão ou a transferência da abrangência cultural, as áreas que representam a abrangência geográfica de determinados tipos ou elementos de cultura. Uma área cultural pode definir uma determinada região ou um determinado território associando a relação do homem com o meio, suas condições com os recursos humanos e naturais, a qualidade das relações entre sociedade e natureza.
Dada a dependência da homogeneidade cultural face à comunicação imediata e à dependência da comunicação, face à contiguidade geográfica ou substitutos técnicos para isso, a “área cultural” implica uma uniformidade relativa em vez de absoluta. A similaridade cultural relativa aparece em diferentes graus, desde identidade virtual de atitudes e aptidões num pequeno território, até semelhanças gerais ou ampla disseminação de características individuais ou elementos da cultura em grandes áreas. (WAGNER ; MIKESELL, 2003, p. 32)
A paisagem cultural é o resultado concreto e visível de um grupo cultural que, por sua vez, produz marcas no espaço geográfico através do tempo. A paisagem cultural segundo os autores Wagner e Mikesell, refere-se ao conteúdo geográfico de uma determinada área ou a um complexo geográfico de certo tipo, no qual são manifestadas as escolhas feitas e as mudanças realizadas pelo homem enquanto membro de uma comunidade cultural. Outro tema da Geografia Cultural é a composição da história da cultura, na qual se apresentam a evolução dos “modos de vida” no transcorrer do tempo, com o desenvolvimento tecnológico e dos diferentes grupos sociais estruturados em diferentes períodos. Para exemplificar esse tema da Geografia Cultural, podemos citar o conhecimento e a evolução na produção de artefatos, que são registrados nos estudos arqueológicos.
A ecologia cultural é o resultado do trabalho de entendimento da produção deuma cultura, da sua área cultural e da sua paisagem cultural, o que ultrapassa a análise simples sobre os atores culturais e suas ações. As ações dos diferentes atores culturais, inseridos em uma cultura e num campo de relações específicas de um “modo de vida”, produzem sucessivos eventos históricos que promovem a qualidade da cultura em distintos tempos. De fato a importância deve-se a análise da relação entre todos os elementos do sistema cultural e seus determinantes históricos, como as práticas culturais que se dão num determinado ambiente.
O geógrafo cultural, conforme Wagner e Mikesell, pode ser entendido da seguinte forma: [...] para os geógrafos culturais, qualquer sinal de ação humana numa paisagem implica uma cultura, demanda uma história e exige uma interpretação ecológica; a história de seu povo evoca sua fixação na paisagem, seus problemas ecológicos e concomitantes culturais, e o reconhecimento da cultura exige a descoberta de traços que a mesma deixou na superfície da terra. (WAGNER, P. L.; MIKESELL, 2003. p. 50) 1 WAGNER, P. L.; MIKESELL. Os temas da Geografia Cultural. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 32.2 WAGNER, P. L.; MIKESELL. Os temas da Geografia Cultural. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. Introdução à Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. p. 36.
A noção de gênero de vida A noção de gênero de vida marca uma corrente do pensamento geográfico chamada de possibilismo, a qual percebe o papel das atividades, das técnicas e da cultura humana na alteração do meio natural. O desenvolvimento da cultura e dos costumes é visto como consequências do meio natural, do tipo de clima, do tipo de relevo, do potencial hídrico.
Para exemplificar a corrente do pensamento geográfico ligado ao possibilismo, podemos citar Paul Vidal de la Blache que estabeleceu um rompimento com o pensamento dominante da segunda metade do século XIX, apresentando um estudo da força da relação da natureza e suas influências sobre o homem. Indicou também que o homem apresentava possibilidades reais e concretas de modificá-las e alterá-las.
Neste processo, de trocas mútuas com a natureza, o homem transforma a matéria natural, cria formas sobre a superfície terrestre: para Vidal, é aí que começa a “obra geográfica do homem”. Assim, na perspectiva vidalina, a natureza passou a ser vista como possibilidades para a ação humana; daí o nome de Possibilismo, [...] Vidal denominou “gênero de vida”, o qual exprimiria uma relação entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída historicamente pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a diversidade dos gêneros de vida. (MORAIS, 1993, p. 68-69)
Esse conceito desenvolve o pensamento de que o homem, em suas inúmeras atividades de sobrevivência, necessita se relacionar em grupo, criando a possibilidade de conhecer o ambiente natural em que vive, sentindo sua dificuldade na transformação da natureza. Estabelece também um conjunto de técnicas que facilitam o trabalho e que possibilitam melhor conforto e adequada produção científica. O processo de desenvolvimento do conhecimento e o aprimoramento das técnicas de manipulação e criação de ferramentas foram capazes de transformar a natureza, permitindo o surgimento de rituais específicos que mantiveram o sentido de explicação e entendimento sobre os processos que eram observados em seu meio. Aos poucos foram surgindo e acumulando-se no tempo e no espaço determinadas crenças, rituais, danças e figuras divinas que asseguravam a explicação sobre os fenômenos naturais e humanos. Surgiram assim os gêneros de vida, que de acordo com Max Sorre “é o conjunto de técnicas e rituais de uma comunidade em envolvimento com as dificuldades de seu meio físico” (SORRE, 2002).
De acordo com Max Sorre, existem elementos formadores dos gêneros de vida: primeiro, os criadores ou organizadores que são as técnicas fundamentais; segundo, os fixadores que definem o tipo de habitat, estrutura agrária; terceiro, os antagônicos (limitadores) que reúnem as prescrições religiosas que atrapalham a evolução econômica; e por fim, os relictuais que são os adornos, os cânticos, os ritos funerários, por exemplo. Os gêneros de vida existem justamente por sua permanência e estabilidade no tempo. Por outro lado, eles não são estáticos e podem evoluir. A evolução dos gêneros de vida apresenta-se pelo acúmulo do saber técnico e pelo máximo dinamismo das atividades econômicas.
Geografia Cultural: reflexos da globalização
Para ampliar a discussão acerca dessa temática devemos lembrar alguns efeitos e algumas consequências diante do contexto da globalização nos dias de hoje. Sem dúvida já é comum o termo de “comunidade global”, “aldeia global”, ou simplesmente “mundo globalizado”. Talvez esses termos provoquem uma interpretação rápida e direta, no que se refere à velocidade da informação ou movimentação e transporte de pessoas e recursos, ou seja, em qualquer parte do planeta é possível ter ligação do global como o local, seja por comunicação ou por relações de ordem econômica, por exemplo.
A globalização derruba fronteiras e aproxima limites; tais premissassão colocadas de forma exagerada na nossa sociedade. Grande parte dos processos relacionados à globalização, como modelos de consumo e adaptação a tecnologias traz certa padronização cultural, ocorrendo efeitos negativos na cultura local e regional de determinadas áreas culturais, pois permite a redução de práticas e rituais presentes na diversidade cultural do planeta.
A fixação de novos espaços econômicos mundiais facilita a integração cultural entre os povos e as comunidades. Por outro lado, carrega um sentido de desenvolvimento, muitas vezes não desejado para certas comunidades locais. O agravamento dessa situação amplia-se significativamente na dependência de um domínio global. Citamos as dependências do sistema financeiro nas relações internacionais de grupos privados. Fica claro que os efeitos e as consequências sobre a cultura de muitos países e regiões ficam comprometidos, salientando as diferenças e exclusões sociais e alterando as relações fundamentais do cotidiano das pessoas.
Outra análise das reflexões da globalização sobre a cultura diz respeito ao conformismo e à adaptação rápida das pessoas em torno da qualidade e quantidade de exigências sociais, que traduzidas, significam uma competitividade e uma irresponsabilidade ambiental, sob a ótica econômica e política. Nesse contexto, também podemos falar das relações do trabalho que aprofundam as dependências globais para atender a um padrão internacional de consumo crescente de muitos países.
As adaptações e os conformismos da nossa sociedade encontram-se ligados à globalização da economia, que por intermédio da forte industrialização de produtos ou pela utilização de determinados serviços em escala mundial, trazem consequências negativas e perversas para a população. Podemos citar o consumo de alimentos industrializados na escala global, que contribui para alterações na dinâmica de consumo em comunidades menores, constituindo uma mudança cultural e no padrão de alimentação das pessoas. A consequência dessa mudança é o consumo de um valor energético diferenciado para aquelas pessoas, até então desconhecido ou não utilizado, sendo resultado de uma intensa divulgação de mídia e incorporação de novos valores na sociedade. Esse exemplo classifica um rompimento em “hábitos” e “modos de vida” estabelecidos por um longo tempo no cotidiano de certas comunidades, interferindo e/ou modificando relações culturais e sociais presentes.
Texto complementar (MORAES, 1981)
O principal livro de Ratzel, publicado em 1882, denomina-se Antropogeografia – fundamentos da aplicação da Geografia à História; pode-se dizer que essa obra funda a Geografia Humana. Nela, Ratzel definiu o objeto geográfico como o estudo da influência que as condições naturais exercem sobre a humanidade. Essas influências atuariam, primeiro na fisiologia (somatismo) e na psicologia (caráter) dos indivíduos, e, através destes, na sociedade. Em segundo lugar, a natureza influenciaria a própria constituição social, pela riqueza que propicia, através dos recursos do meio em que está localizada a sociedade. A natureza também atuaria na possibilidade de expansão de um povo, obstaculizando-a ou acelerando-a. E ainda nas possibilidades de contato com outros povos, gerando assim o isolamento e a mestiçagem. Ratzel realizou extensa revisão bibliográfica, sobre o tema das influências da natureza sobre o homem, e concluiu criticando as duas posições mais correntes: a que nega tal influência, e a que visa estabelecê-la de imediato. Diz ele que essas influências vão se exercer mediatizadas, por meio das condições econômicas e sociais. Para ele, a sociedade é um organismo que mantém relações duráveis com o solo, manifestas, por exemplo, nas necessidades de moradia e alimentação. O homem precisaria utilizar os recursos da natureza, para conquistar sua liberdade, que, em suas palavras, “é um dom conquistado a duras penas”. O progresso significaria um maior uso dos recursos do meio, logo, uma relação mais íntima com a natureza. Quanto maior o vínculo com o solo, maior seria para a sociedade a necessidade de manter sua posse. É por essa razão que a sociedade cria o Estado, nas palavras de Ratzel: “Quando a sociedade se organiza para defender o território, transforma- se em Estado”. A análise das relações entre o Estado e o espaço foi um dos pontos privilegiados da Antropogeografia. Para Ratzel, o território representa as condições de trabalho e existência de uma sociedade. A perda de território seria a maior prova de decadência de uma sociedade. Por outro lado, o progresso implicaria a necessidade de aumentar o território, logo, de conquistar novas áreas. Justificando essas colocações, Ratzel elabora o conceito de “espaço vital”; este representaria uma proporção de equilíbrio, entre a população de uma dada sociedade e os recursos disponíveis para suprir suas necessidades, definindo assim suas potencialidades de progredir e suas premências territoriais. E fácil observar a íntima vinculação entre essas formulações de Ratzel, sua época e o projeto imperial alemão. Essa ligação se expressa na justificativado expansionismo como algo natural e inevitável, numa sociedade que progride, gerando uma teoria que legitima o imperialismo bismarckiano. Também sua visão do Estado como um protetor acima da sociedade, vem no sentido de legitimar o Estado prussiano, onipresente e militarizado.
A Geografia proposta por Ratzel privilegiou o elemento humano e abriu várias frentes de estudo, valorizando questões referentes à História e ao espaço, como: a formação dos territórios, a difusão dos homens no globo (migrações, colonizações etc.), a distribuição dos povos e das raças na superfície terrestre, o isolamento e suas consequências, além de estudos monográficos das áreas habitadas. Tudo tendo em vista o objeto central que seria o estudo das influências, que as condições naturais exercem sobre a evolução das sociedades. Em termos de método, a obra de Ratzel não realizou grandes avanços. Manteve a ideia da Geografia como ciência empírica, cujos procedimentos de análise seriam a observação e a descrição. Porém, proponha ir além da descrição, buscar a síntese das influências na escala planetária, ou, em suas palavras, “ver o lugar como objeto em si, e como elemento de uma cadeia”. De resto, Ratzel manteve a visão naturalista: reduziu o homem a um animal, ao não diferenciar as suas qualidades específicas; assim, propunha o método geográfico como análogo ao das demais ciências da natureza; e concebia a causalidade dos fenômenos humanos como idêntica a dos naturais. Daí, o mecanicismo de suas afirmações. Ratzel, ao propor uma Geografia do Homem, entendeu-a como uma ciência natural.
Texto de Rafael Lacerda Martins em "Geografia Humana e Econômica", Iesde Brasil, Curitiba, 2012, excertos pp.24-31. Digitalizado, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa.
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