Artigo extraído do suplemento especial de "Paladar", que circulou anexo ao jornal "O Estado de São Paulo" de 13 de dezembro de 2017. Reúne as comidas favoritas de um grupo de 22 jurados divididas em dez categorias: cozinha brasileira, izakaya, peixe, massa, carne, prato vegetariano, sushi, hambúrguer, pizza e sobremesa. Além dos pratos, drinques e comidinhas. Aqui destacamos a categoria 'cozinha brasileira'.
1. Carne de sol assada, (Mocotó)
Essa carne de sol artesanal é feita na casa e assada na brasa. Chega à mesa com manteiga de garrafa, alho assado, pimenta biquinho e chips de mandioca. Precisa ir ao Mocotó pra saber exatamente do que se trata. Quem já foi e não provou, que trate de voltar lá.
2. Fideos de comitiva, (Micaela)
Macarrão frito, com carne de sol e linguicinha de pernil. No restaurante de Fábio Vieira, este clássico da cozinha de comitiva, do Pantanal brasileiro, leva pouca banha e muitos temperos. Os ingredientes são deglaçados com suco de laranja e finalmente cozidos em caldo de legumes. “Os pequenos e crocantes fios de macarrão têm potência e delicadeza”, diz Ailin Aleixo.
3. Mexido à cavalo, (Jiquitaia)
Esse prato do restaurante de Marcelo Correa Bastos é uma explosão de sabores brasileiros. Tecnicamente é um mexido de arroz, com feijão vermelho, banana-da-terra, carne de sol, costelinha defumada, couve e farinha de milho crocante. Na prática, uma combinação de sabores, texturas, cores e tradições, combinadas à perfeição. E coroadas com um belo ovo frito por cima. É servido apenas no almoço de quintas-feiras.
4. Bobó de camarão, (Tordesilhas)
O prato afro-brasileiro emblemático, que leva creme de mandioca, camarões frescos, azeite de dendê e leite de coco, é feito à perfeição na cozinha de Mara Salles. “Quer saber o que é um bobó de verdade?”, desafia José Orenstein. “Vai lá que não falha”. Além de grande chef, Mara Salles é uma das maiores pesquisadoras do patrimônio culinário nacional – e defensora das causas gastronômicas.
5. Paçoca, (Fitó)
Imperdível. A carne de sol da casa misturada com farinha de mandioca e manteiga de garrafa, é servida com baião de dois, banana-da-terra e queijo coalho. “A paçoca é uma deliciosa junção de texturas e sabores que mostra que o Piauí também pode ser aqui”, diz Gustavo Mayrink.
6. Lagostins com creme de banana-da-terra, (Quem Quer Pão 75)
Com uma deliciosa mistura de elementos das cozinhas mineira e baiana, a casa da chef Manuelle Ferraz tem criado composições harmoniosas que merecem ser conhecidas. “A acidez do caldo de maracujá-do-mato é como um ‘tucupi’ baiano, que envolve a maciez dos lagostins e a doçura da banana-da-terra”, observa Ailin Aleixo.
7. Nhoca, (Esquina Mocotó)
Esse prato já é quase um clássico. O nhoque de mandioca com tucupi, cogumelos, quiabo e queijo de cabra é, para José Orenstein, “a grande invenção” do Esquina Mocotó. Combinação de delicadeza incrível que promove o casamento da receita tradicional italiana com a brasileiríssima mandioca. Ponto para o dono da casa, Rodrigo Oliveira.
8. Carne de sol na chapa com queijo coalho e arroz de leite, (Jesuíno Brilhante)
“Simplinho e sem frescura, é um ótimo prato”, define José Orenstein. Esse “favorito entre o cardápio de favoritos”, segundo Nana Caetano, é capaz de “dar calor no coração e alegria de viver”. A mandioca cozida pode ser pedida como substituta do arroz, mas perder esse arroz de leite é uma bobagem.
9. Pato no tucupi, (Dalva e Dito)
A coxa e a sobrecoxa de pato são marinados por dois dias, com jambu e chicória do Pará, alfavaca e tucupi. “Um pato douradinho e desmanchando no caldo do tucupi, tradicional com o feito lá no Pará”, diz Gabriela Soares.
10. Barreado, (Tordesilhas)
É difícil encontrar em São Paulo este prato clássico da cozinha paranaense. Ainda mais bem feito como o do Tordesilhas. Típico da cidade de Morretes, ele é feito em panela de barro vedada sobre uma chapa (nunca diretamente ao fogo) e a carne cozinha por aproximadamente 14 horas. Para Nana Caetano, nem em Morretes é fácil encontrar um barreado tão bom quanto o do Tordesilhas. “Farinha fina, banana grelhada saborosa, temperos maravilhosos”, destaca.
Digitalizado, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa (fotos do suplemento "Paladar").
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