6.30.2022

POR QUE ESQUECEMOS RÁPIDO DOS NOSSOS SONHOS?

 


Os sonhos são sequências de imagens, ideias, emoções e sensações geradas de maneira involuntária quando estamos no estágio do sono denominado REM (Rapid Eye Movement; traduzindo: movimento rápido dos olhos, que acontece mesmo com as pálpebras fechadas). Nessa fase do sono, nossa atividade cerebral está mais elevada, quase no mesmo ritmo de quando estamos acordados. Ela se alterna em ciclos com um estágio denominado não REM, no qual o cérebro fica mais lento.

A duração dos sonhos varia entre alguns segundos e incríveis 30 minutos. Mas a maior parte deles é deletada rapidamente da nossa memória: estima-se que 95% dos sonhos sejam completamente esquecidos! Isso acontece porque em geral os processos que fazem com que guardemos as lembranças de longa duração ficam inativos durante o sono REM.

TODO MUNDO SONHA O MESMO TANTO?

Normalmente, as pessoas sonham em média 100 minutos por noite, divididos em quatro ou cinco períodos. Mas há casos especiais: esquizofrênicos, apesar dos episódios de delírio enquanto estão acordados, sonham menos que os indivíduos que não sofrem de distúrbios psiquiátricos. Além disso, o uso excessivo de álcool ou a adoção prolongada de calmantes também podem interferir nesses padrões. Curioso é saber que fetos a partir do oitavo mês de gestação e bebês também sonham. Os sonhos podem ocupar até 50% do tempo dos bebês recém-nascidos, e essa atividade cerebral intensa é importante para eles reterem os aprendizados do dia.

HÁ ALGUMA MANEIRA DE TREINAR O CÉREBRO PARA SE LEMBRAR DOS SONHOS COM MAIS FREQUÊNCIA?

Peça a alguém que o acorde quando você estiver dormindo profundamente. Mas não vale ficar irritado! Quando uma pessoa é acordada durante um sonho, é mais fácil que ela se lembre dele. É como se o botão “ligar” do cérebro – que estava em stand-by – fosse pressionado e voltasse a funcionar integralmente, produzindo assim lembranças de longa duração. Além disso, os sonhos que ocorrem mais perto da hora que acordamos são mais vívidos e mais fáceis de ser recordados.

Texto de Iberê Thenório em "Dúvida Cruel",Sextante, Rio de Janeiro, 2018. Digitalizado, adaptado e ilustrado para ser postado por Leopoldo Costa. 

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