3.17.2011

HISTÓRIA DOS VIKINGS E DE SUA ALIMENTAÇÃO

Leopoldo Costa

O termo Viking (derivado do antigo norueguês 'víkingr', que significa ‘pirata’, ‘bandoleiro’) é usado genericamente para se referir aos exploradores, guerreiros, comerciantes e piratas nórdicos (da Escandinávia) que invadiram, saquearam e se estabeleceram em grandes áreas adjacentes do Atlântico Norte e do mar Mediterrâneo.

O primeiro registro de uma façanha dos Vikings aconteceu em 793, quando invadiram a Northumbria, na costa nordeste da Inglaterra, e saquearam o mosteiro da ilha de Lindisfarne[1].  No ano seguinte fizeram o mesmo com o  mosteiro de Jarrow, também na Northumbria. Estas invasões parece que foram para testar a vulnerabilidade do sistema de segurança da Inglaterra e por extensão, também da Europa continental. 

Em 799, penetraram na costa oeste do reino dos Francos.

Em 802 e novamente em 806, atacaram o mosteiro de Dorestad na Frisia.

Em 836, uma expedição de 25 navios atacou o reino inglês de Wessex e venceu o rei Egberto na batalha de Carhampton. Em 840 os Vikings abandonam a Inglaterra  e decidiram invadir o reino dos Francos.

Em 841, estabeleram uma base permanente em Dublin, na Irlanda e partindo da base irlandesa, invadiram diversos locais na França e na península Ibérica: em 1842, alcançaram a foz do rio Loire (França); em 844, atacaram as cidades de Lisboa, Cadiz e Sevilha; em 845, cem navios Vikings penetraram na foz do rio Sena com o objetivo de conquistar Paris.

Em meados dos anos 800, uma expedição de guerreiros Suecos, conhecidos como Rus conquistaram e saquearam as cidades de Kiev e Novgorod e em 860 atacaram Constantinopla. (em 907 repetiram o ataque).

Transformaram a Rússia numa nação subalterna fazendo de Kiev a sua base na região que mais tarde foi substituída por Novgorod. Criaram um principado que logo veio a fazer parte da cena política europeia.

Entre 859 e 862, Bjorn Ironside e Hastein comandaram uma expedição de guerreiros pelo mar Mediterrâneo.

Em 861 descobriram e em 874 iniciaram o povoamento da Islândia, inicialmente com um pequeno número de pessoas, fazendo da ilha uma base para pesca e pirataria.

Em 866, uma expedição militar Viking, com maioria de Dinamarqueses, invadiu a Inglaterra e no ano seguinte conquistaram a cidade de York, a capital na Northumbria. O líder da expedição Halfdan, fundou o reino de York em 876 e iniciou a distribuição das terras conquistadas pelos componentes da expedição. Em 954, o ultimo rei de York Erik Bloodaxe foi morto numa batalha, colocando um final ao domínio da região.

Em 878, o rei Alfredo o Grande (849-899) assinou um acordo com o comandante dinamarquês Guthrum, o Velho (morreu em 890), depois da derrota deste na batalha de Ethandun, aceitando a hegemonia das leis dinamarquesas sobre as leis anglo saxônicas numa parte do território da Northumbria, que ficou conhecido como Daneslaw. Em 902, o rei Eduardo, o Velho (?874-924), filho de Alfredo, o Grande, iniciou a reconquista de Danelaw, fazendo os Dinamarqueses fugirem para a Irlanda. A reconquista foi totalmente cumprida em 917.

Em 885, uma frota de setecentos navios com 30 mil homens, comandada por Rollo (846-932) chegou até a foz do rio Sena e começou a subir o rio para conquistar a cidade de Paris. O bispo de Rouen, que tinha conversado com Rollo aconselhou a guarda a abrir as portas da muralha da cidade, confiando na palavra do chefe Viking. Isso foi feito, Rollo e suas tropas entraram em Rouen e tomaram posse dela. Logo após saquearam a cidade  e continuaram subindo o rio rumo a Paris.

Sabendo do ocorrido com Rouen, os parisienses fortificaram a cidade antes da chegada de Rollo e seus companheiros, construindo muralhas em torno da cidade com apenas dois fortes portões, bem vigiados.  Os Vikings não conseguiram invadir a cidade, apesar do grande esforço despendido e durante treze meses permaneceram acampados em torno da cidade para não deixar entrar alimentos.  O conde Eudes, defensor de Paris, numa noite escura e tempestuosa, saiu sorrateiramente por um dos portões e procurou socorro do rei Carlos, o Gordo (839-888) para salvar o povo de Paris. O rei reuniu o exército e marchou para a cidade. Nenhuma batalha foi travada. Os Vikings desistiram do cerco e Rollo e seus homens foram para o ducado da Borgonha e depois voltaram para casa.

Em 911 eles partiram novamente com destino ao reino dos Francos, subiram o rio Sena e começaram a saquear propriedades e cidades. Carlos III (879-929), rei dos Francos, enviou um mensageiro ao encontro de Rollo propondo um tratado de paz. Rollo replicou que queria que o seu povo vivesse na terra dos Francos para ser vassalo dele, em contrapartida solicitou as terras próximas a Rouen para eles. O rei concordou e desde esta data a terra doada passou a chamar-se Normandia e os lotes chamados de feudos.

Em 914, o exército Viking conquistou a Bretanha, permanecendo na região até serem expulsos em 939.

Em 986, Erik, o Vermelho partindo da Islândia descobriu a Groenlândia. A Groenlândia era desconhecida da Europa embora já antes fosse habitada por povos árticos, ainda que estivesse desabitada quando da chegada dos Vikings. Seus descendentes diretos são os modernos Inuit (anteriormente chamados Esquimós).

Em 991, Olaf Tryggvason (964-1000), comandando uma frota de 93 barcos, saqueou o sudoeste da Inglaterra.  Olaf tornou-se rei da Noruega em 995. Três anos mais tarde, um exército formada por uma aliança com o rei Dinamarquês Svein Forkbeard (970-1014) conquistou Londres. Em 1002, o rei Ethelred II (?968-1016) pagou suborno aos chefes dos Vikings para abandonarem o país e logo em seguida ordenou que todos os Dinamarqueses fossem massacrados.

Svein Forkbeard retornou a Inglaterra em 1013 estabelecendo um reino Escandinavo. Depois de sua morte foi sucedido pelo seu filho Canuto[2] (994-1035) sendo o primeiro rei inaugurando assim a Dinastia dos Canutos durou até 1042.

No ano de 1000, Leif Eriksson (970-1020) comandou a primeira exploração Escandinava a América do Norte. Rumando para o sul, encontrou terras bastante arborizadas, e mais tarde sinais de povoamento, onde desembarcou para fazer contato com os nativos. Leif chamou aquela terra de Vinland (que significa terra das vinhas) os habitantes locais de ‘Skraelings’, que quer dizer ‘feios’, já que os Nórdicos eram louros ou ruivos de pele branca e os índios escuros muito diferentes do que eles estavam acostumados.

Em 1036 Ingvar comandou uma expedição que saiu da Suécia para conquistar a região do leste do mar Cáspio.

Em 1046, Harald Hardradi foi coroado rei da Noruega e começou a conquistar a Dinamarca. Em 1066 tentou conquistar a Inglaterra mas foi derrotado na batalha de Stamford Bridge no dia 25 de setembro. Menos de um mês depois, a 14 de outubro o rei Guilherme da Normandia invadiu a Inglaterra e venceu os Ingleses na batalha de Hastings

Uma das grandes vantagens dos Vikings era os seus barcos (drakkar) construídos com toras de carvalho, com 28 metros de comprimento e capacidade para 32 tripulantes. Conseguia navegar em rios com apenas 1 metro de profundidade, numa velocidade de 22 km/h. Para facilitar a fuga, se necessário, ele podia dar “marcha à ré” nos barcos.

Os Vikings usavam arco e flecha principalmente nas batalhas maritimas. Em terra, no corpo a corpo, usavam machadinhas e espadas. Se protegiam com escudos de madeira com um reforço de ferro no centro e ao longo da borda para maior proteção da mão. A força Viking mais confiável era a dos mercenários. Além de organizar a estratégia do ataque, eles tinham as melhores armas. Protegiam-se com os melhores capacetes e com uma túnica curta feita de argolas de metal, a cota de malha, em vez das jaquetas de couro dos soldados comuns.

Os grupos  de infantaria dos ’Berserkers’  eram os mais temidos. A sua caracteristica era imitar a coragem e  a bravura das feras. De machadinha e espada na mão, sem usar nenhuma proteção corporal, os jovens guerreiros agiam sob o efeito alucinógeno preparado  de cogumelos que mascavam e no efeito da droga, saqueavam e barbarizavam.

Escreveu Kathryn Hinds[3] sobre a vida dos Vikings: ‘Na Idade Média, a maioria da população (dos Vikings) era composta de  agricultores. Na Noruega cultivavam cevada,  enteio, aveia, ervilhas, favas, repolho, cebolas e outras raízes comestíveis. Quando o solo e o clima era favorável, eles também cultivavam linho (que fornecia fios para vestimentas e também sementes comestíveis), cânhamo (que fornecia fibras para fazer cordas e outros usos), lúpulo (para aromatizar a cerveja) e plantas para  extrair corantes como o anil. Apenas na parte mais temperada do sul da Escandinávia (norte da Dinamarca) podia ser cultivado o trigo. O pão de trigo era muito valorizado. Nas áreas mais frias e acidentadas, a criação de gado era mais praticada, mas ela era importante em todas as fazendas. Os bovinos eram criados para fornecer carne, leite, couro e tracionar carros e arrados; os ovinos eram criados para fornecer lã, leite e pele; os caprinos para fornecer leite e carne; gansos e galinhas forneciam ovos, penas e carne; e os equinos- os mais valorizados na época- eram criados para puxar carros e servirem de montaria. Algumas vezes a carne de cavalo era consumida, mas apenas como parte de celebrações religiosas. Os suinos  só eram consumidos em ocasiões especiais e principalmente pela aristocracia. Porcos não eram comuns na maioria das fazendas. A caça e a pesca desempenhavam parte importante na vida rural, especialmente quando era dificil cultivar cereais, legumes e feno para alimentar o gado no inverno. (...)Os escandinavos também caçavam baleias, morsas, e focas, algumas vezes ausentando de casa por longos períodos para procurar estes animais marinhos.
 No norte, a carne de foca e baleia representava a base da alimentação. Aves marinhas, também, era caçadas e não apenas pela sua carne: as penas e a penugem eram indispensáveis para encher colchões, travesseiros, acolchoados como também casacos. (...)As propriedades dos noruegueses eram na maioria pequenas, e formavam comunidades, que reunia meia dúzia de familias ou menos. Ao longo das pastagens fronteiriças, cada familia tinha o seu próprio terreno cercado em volta da casa. A familia não incluia apenas os pais e os filhos, mas também em muitos casos, avós, tias  e tios solteiros. Nas casas da aristocracia eram também acomodados os serviçais  e  os escravos. A casa típica era comprida, dividida em dois ou três  compartimentos internos. Um compartimento sempre era destinado aos animais, pelo menos no tempo de inverno. Adicionalmente havia algumas construções externas, que abrigavam a oficina, o galpão para guardar o feno e  a despensa. Os agricultores eram autossuficientes e independentes e produziam quase tudo o que precisavam. As mulheres teciam e costuravam, faziam pão, queijo, linguiças, cerveja e outras coisas. Os homens construiam armas, ferramentas e barcos de pesca.  Os agricultores eram bons carpinteiros e ferreiros. Havia artesãos especializados, por exemplo, ferreiros que faziam espadas e escudos, e outros que trabalhavam com ouro, prata, e bronze, criando jóias e outros objetos de adorno. Estes artesãos geralmente viviam nas aldeias e centros de comércio e ficavam sob o patrocinio de reis, nobres e ricos proprietários de terra. Como em outras culturas, a aristocracia era o  menor segmento da sociedade. Na Escandinavia dos séculos VIII e IX, não era exigido que a pessoa nascesse nesta classe para ser aristocrata. Um homem reputado pela sua bravura, liderança e generosidade podia ganhar seguidores e influência. E se ele acumulasse riqueza (que permitia arrebanhar mais seguidores e influência) ele poderia tornar um poderoso 'jarl'- o chefe de uma tribo ou um nobre. Ou até podia tornar-se rei.’

As casas dos Escandinavos eram despojadas de mobiliário com paredes de turfa e madeira, cobertas de colmo e com piso de juncos.

A maioria  da população era formada de agricultores e de criadores de gado. Se um proprietário perdesse o seu gado por doença os vizinhos cotizavam e dividiam parte do seu plantel com ele.

A carne excedente do consumo diário era conservada em sal ou em escabeche e reservada para reforçar a dieta de inverno.

Desenvolviam uma agricultura rudimentar com pequenas hortas e lavouras de cereais. A colheita ocorria no verão.  As espigas de grãos eram separadas das palhas e armazenadas em paióis. Eram depois, transformadas em farinha utilizando-se de moinhos manuais.
Também cultivavam maçãs, avelãs e nozes. As nozes e frutos secos eram guardados para ajudar a enfrentar o inverno. No âmbito domestico criavam os cachorros, principalmente o ‘terrier’ e um cavalo de pequeno porte, semelhante ao pônei Shetland escocês.  Comiam grossas fatias de pão de centeio com manteiga, carne assada ou cozida. Bebiam leite, cerveja e hidromel. Como apreciavam a comida mais adocicada e ainda não era conhecido o açúcar, empregavam o mel. Os Vikings nas suas expedições de saque e conquista traziam mercadorias da Alemanha, França, Inglaterra, Ásia Menor e Pérsia. O comércio que estabeleceram com o Oriente Médio permitia-lhes enriquecer e melhorar o sabor da sua alimentação também com as especiarias.

Como utensílios de mesa usavam tigelas de madeira e vasos de metal. Dos chifres de bois faziam recipientes para beber, que eram decorados, algumas vezes, com detalhes em ouro e prata.

Quando a comida disponível era insuficiente para todos, os idosos e recém-nascidos ficavam sem comer.

Numa escavação em Jarlshof[4] foram encontrados vestígios que pode ter sido de uma refeição Viking. Constava de carne bovina, carne ovina, carne de porco, carnes de caça, peixes e aves.





[1]  Escreveu um sobrevivente desta invasão:’Eles eram como vespas. Espalharam-se como lobos esfaimados, roubando, destruindo e matando.’. Os mosteiros eram alvos cobiçados pelos vikings, pois lá encontravam desprotegidos dinheiro e relíquias valiosas, como cálices de ouro, candelabros e tapeçarias.
[2]  Canuto tornou-se também rei da Dinamarca em 1019.
[3]  Kathryn Hinds, no seu livro 'Vikings', Marsh Cavendish, Nova York, 2010 (tradução livre do autor)
[4]  Jarlshof é um dos mais conhecidos sítios arqueológicos pré-histórico das Ilhas Britânicas. Localiza-se em Shetland, Escócia.


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