3.17.2011

A HISTÓRIA DOS FRIGORÍFICOS NO BRASIL

Leopoldo Costa

Registra Veiga Cabral na sua ‘Chorographia do Brasil’ (1953) que o primeiro matadouro frigorífico do Brasil foi instalado em 1913 na cidade de Barretos (SP) por Antonio Prado (1840-1929) e chamava-se ‘Companhia Frigorífica e Pastoril’.


Frigorifico Anglo de Barretos na década de 1970
As empresas multinacionais americanas e inglesas foram quem começaram a explorar a atividade de abate e frigorificação de carne no Brasil. Traziam experiências dos seus empreendimentos em outros países e conhecimento da tecnologia do processamento, transporte e  comercialização dos produtos e subprodutos oriundos da operação. 


A Anglo (do Grupo Vestey) de capital britânico e as três maiores empresas de capital norte americano (Wilson, Swift e Armour)  dominaram sozinhas o mercado de carne no Brasil até a década de 1940, quando começou a aparecer as primeiras cooperativas que instalaram abatedouros frigoríficos no Rio Grande do Sul.

As Empresas Estrangeiras

Em 1923 o grupo Vestey adquiriu o mais antigo frigorífico do Brasil a ‘Companhia Frigorifica e Pastoril’ que foi instalado em 1913 na cidade de Barretos (SP) por Antonio Prado (um dos maiores acionistas da ‘Companhia Paulista de Estradas de Ferro’). 

Em 1914 saiu deste frigorífico a primeira remessa de carne congelada do Brasil para a Inglaterra. 

Trocou o nome para ‘Frigorífico Anglo’. O recorde de abate anual desde frigorífico foi no ano de 1941 (para abastecer os exércitos aliados na Segunda Grande Guerra) quando foram processadas 259.000 cabeças de bovinos. Houve dias em que foram abatidas mais 3.000 cabeças de bois. 

Em 1993, com a intenção de abandonar o ramo de produção de carne no Brasil, que já não era mais vantajoso, o Frigorífico Anglo foi vendido para dois dos seus diretores e os Vestey’s encerraram as suas atividades industriais em Barretos. 


O Grupo Vestey iniciou suas atividades no Brasil, quando em 1916 adquiriu as instalações industriais da antiga fábrica de cerveja ‘Teutônia’ (fundada em 1895 e na época pertencente a Brahma) em Mendes (RJ) transformando-a em 1917, em um matadouro frigorífico também com o nome de ‘Frigorífico Anglo’. O frigorífico foi desativado em 1966, depois de um incêndio.


Em 1921 o Grupo Vestey adquiriu  o ‘Companhia Frigorífica Rio Grande’ de Pelotas, que tinha sido constituída em 1917 por um grupo de estancieiros da região, que construiram um frigorifico e passava por dificuldades financeiras. A ‘Companhia Frigorífica Rio Grande' foi comprada pela ‘Lancashire General Investiment Trust Limited’ de propriedade do Grupo em 1921. Foi constituída no Rio Grande do Sul, a sociedade anônima ‘The Rio Grande Meat Company’ com sede em Pelotas, tendo recebido autorização para funcionar no estado pelo decreto nº 2.766 daquele ano. 

Em 1924, a ‘The Rio Grande Meat Company’ passou a denominar-se também ‘Frigorífico Anglo’. As instalações foram reformadas em 1932. Funcionou durante mais de meio século e encerrou os abates em 1979, ficando a partir desta data, apenas com a industrialização de carnes e de frutas. Mais tarde foi vendido e adaptado para ser um campus da Universidade Federal de Pelotas.


A Wilson em 1918 estabeleceu os dois primeiros frigoríficos no Brasil, um em Santana do Livramento (RS) e outro em Osasco (SP). Construiu mais tarde outro frigorifico em Ponta Grossa no Paraná, este dedicado à industrialização de suínos. Em 1971 o ramo brasileiro da Wilson foi vendido para um grupo argentino que manteve a marca, mas trocou o nome da empresa para Comabra. Em 1992 a Comabra foi incorporada pela Sadia.


A Swift chegou ao Brasil em julho de 1917, iniciando a construção de um frigorífico na cidade do Rio Grande (RS). 

Em 1972, a empresa no Brasil foi incorporada pela Armour, criando uma outra empresa a Swift-Armour que foi vendida em 1973 para o grupo financeiro Brascan/Antunes. Em 1989 o Grupo Brascan/Antunes desinteressou-se pelo negócio e vendeu a empresa para o Grupo Bordon.

Em 1973 a Swift nos Estados Unidos foi incorporada pela holding ‘Esmark Inc.’ e entre 1990 e 2000 pertenceu a ‘ConAgra’. 

As filiais dos outros países foram retalhadas e passaram a pertencer a diversos donos e atualmente o que sobrou do grande império nos Estados Unidos, no Brasil, e na Argentina, pertence ao grupo brasileiro JBS.


A Armour se estabeleceu em 1917 adquirindo uma charqueada em Santana do Livramento (RS), transformando-a num grande abatedouro-frigorífico, com fábrica de enlatados de carne. Mais tarde comprou em Santo André (SP) no bairro de Utinga, o frigorifico Martinelli, que foi reformado, mantendo o abatedouro frigorifico e construída uma grande fábrica de enlatados de carne.

Em 1972 houve a fusão com a Swift e criado uma nova empresa a Swift-Armour que depois de pertencer ao grupo financeiro Brascan/Antunes, em 1989 passou a fazer parte do Grupo Bordon que em 2000 pediu concordata.

O Serviço de Inspeção Federal


Acompanhando o desenvolvimento da indústria, direcionada para o mercado externo e com o apoio integral dos empresários (na maioria multinacionais), foi criado em 1921, o ‘Serviço de Inspeção dos Produtos de Origem Animal’.

O posto do Serviço de Inspeção Federal anexo ao ‘Frigorífico Anglo’ de Barretos, na época S.I.F nº 2, tornou-se um centro de formação e de referência para jovens veterinários interessados em aprimorar seus conhecimentos na área. Renomados veterinários, como os doutores José Christovam Santos, Miguel Cione Pardi, Elmo Rampini  e  Iacir Francisco dos Santos, transmitiam os seus profundos conhecimentos para estes novatos.

Décadas de 1940 e 1950


Veiga Cabral, na edição de 1953 do seu livro já citado, mostra o retrato da indústria da carne na época. Menciona o ‘Frigorífico Armour de São Paulo’, como o maior do Brasil, informando que a capacidade de abate era de 2.000 suínos, 1.000 ovinos e 800 bovinos por dia, tinha câmaras de estocagem para 3.000 toneladas de carne empilhada e 1.500 toneladas dependuradas. Cita outras empresas importantes: ‘Anglo’ em Barretos, São Paulo; ‘Bianco’ em Cruzeiro, São Paulo; ‘Companhia Frigorífica’ em Santos, São Paulo; ‘Continental’ em Osasco, São Paulo; ‘Anglo’ em Pelotas, Rio Grande do Sul; ‘Anglo’ em Mendes, Rio de Janeiro; ‘Matarazzo’ em Jaguaraiva, Paraná; ‘Swift’ em Rio Grande, Rio Grande do Sul; ‘Armour’ em Livramento, Rio Grande do Sul e ‘Sul Americano’ em Alfredo Chaves, Rio Grande do Sul.

Depois, das multinacionais, o Rio Grande do Sul experimentou uma nova fase que foi iniciada na década de 1930 e durou até o final da década de 1950, que foi a entrada das  cooperativas que congregavam os produtores rurais, principalmente de trigo, no negócio de abate e desossa de bovinos.  A pioneira foi a ‘Cooperativa Rural Brasileira’ que inaugurou em 1936, em São Gabriel, um frigorífico. Outras vieram a acompanhar seu exemplo.

Em 1944 foi inaugurado o frigorífico de Uruguaiana da ‘Cooperativa da Fronteira Oeste’, em 1945 o frigorífico de Dom Pedrito da ‘Cooperativa Tritícola Serrana’, em 1953 o frigorífico de Tupanciretã da ‘Cooperativa Rural Serrana’ e em 1954 o frigorífico de Santana do Livramento da ‘Cooperativa Regional Santanense de Lãs’. E finalmente, foi construído no final da década e inaugurado em 1961, o frigorífico de Rio Pardo da ‘Cooperativa Pastoril do Rio Pardo’.

Estas duas décadas também foram de progresso para a indústria frigorífica de Minas Gerais, o estado que detinha o maior rebanho bovino do Brasil. Em 1948, foi inaugurado em Campo Belo, o ‘Frigorífico São João’, em 1949, em Uberlândia, o ‘Frigorífico Omega’, em 1950 em Araguari, o ‘Frigorífico Mataboi’, em 1954 em Santa Luzia, o ‘Frimisa’ (Frigorífico Minas Gerais), que era de propriedade do governo de Minas Gerais. 


O primeiro grande frigorífico de Goiás, o ‘Continental’, foi construído em Anápolis em 1954.


Década de 1960


Na década de 1960, foram construídos importantes frigoríficos: em Goiás, o ‘Brasil Central’ de Pires do Rio e o ‘Centro Oeste’ de Goiânia.

Em São Paulo, o ‘Frigus’ de Garça, o ‘Mouran’ de Andradina e o ‘Mouran’ de Araçatuba.
No Paraná, o ‘Central’ de Maringá e o ‘Central’ de Paranavaí.

No Mato Grosso, o ‘Frigotel’ de Três Lagoas e o ‘Kaiowa’ de Aquidauana (Anastácio).
Foi a década em que o mercado interno foi dominado pelo Grupo Mouran e pelo Grupo  Central.


Década de 1970

A década de 1970 foi uma das melhores para a indústria frigorífica no Brasil. A rentabilidade do segmento foi garantida pela política protecionista de preços tabelados de carne e pelo programa governamental de formação de estoques reguladores de carne congelada para o período de entressafra. Houve muita fraude e lucros fáceis para os sonegadores e os aproveitadores. Destacaram-se os frigoríficos Bordon e Kaiowa, como os maiores do segmento.

Aconteceu a entrada no mercado de carne bovina da Sadia, que já era a maior no mercado de carne suína e de aves, com a construção de um frigorifico em Cuiabá (Várzea Grande) . Foi inaugurado em 1982, o ‘Frigorífico Atlas’, um projeto arrojado em plena selva amazônica (Santana do Araguaia, Pará). Era de propriedade de um consórcio de empresas que não eram do ramo (Bradesco e Volkswagen entre elas) e que aproveitaram os incentivos fiscais sobre o imposto de renda concedido pelo governo para investimentos na região Norte.

Em 1977, Geraldo Moacir Bordon (1925-2003), o presidente do Grupo Bordon e do poderoso Sindicato da Indústria do Frio do Estado de São Paulo, o sindicato que congregava todos os grandes frigoríficos do Brasil, dizia numa entrevista publicada na ‘Revista Nacional da Carne’, que o Frigorífico Bordon era o maior grupo do segmento, seja considerado o número de funcionários, o volume de abate ou o volume de exportação. Informava ter abatido no ano de 1976 a quantidade de 650.000 cabeças de bois, o que representava quase 7% do abate nacional daquele ano.

Na década de 1970 foram inaugurados os seguintes estabelecimentos


Nome
Cidade
Estado
São José
Londrina
Paraná
Itapevi
Itapevi
São Paulo
Minerva
Barretos
São Paulo
Friva
Vacaria
Rio Grande do Sul
Guapeva
Jundiaí
São Paulo
Kaiowa
Presidente Venceslau
São Paulo
Cossisa
Sete Lagoas
Minas Gerais
Frimacal
Governador Valadares
Minas Gerais
Extremo Sul
Pelotas
Rio Grande do Sul
Irmãos Oranges
Sertãozinho
São Paulo
Vale do Rio Grande
Fernandópolis
São Paulo
Quatro Rios
Votuporanga
São Paulo
Bon Beef
Vinhedo
São Paulo
Dourados
Dourados
Mato Grosso
Bordon
Campo Grande
Mato Grosso
Conchense
Conchas
São Paulo
Guararapes
Guararapes
São Paulo
Mondelli
Bauru
São Paulo
Frinasa
Nanuque
Minas Gerais
Sadia Oeste
Várzea Grande
Mato Grosso
Sudanisa
Barra do Garça
Mato Grosso
Sastre
Tupã
São Paulo
Itaipu
Limeira
São Paulo
Macuco
Valinhos
São Paulo
Frivale
Jataí
Goiás
Angelelli
Piracicaba
São Paulo
Bertin
Lins
São Paulo
Frigoeste
São José do Rio Preto
São Paulo
Jales
Jales
São Paulo
Aráguaia
Imperatriz
Maranhão
Goiás Carnes
Goiania
Goiás
Frimapa
Belém
Pará
Irmãos Nogueira
Divinópolis
Minas Gerais

A ‘Companhia Paulista de Estradas de Ferro’ que de Jundiaí, atingia as divisas de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, a ‘Companhia Mogiana’, a ‘Sorocabana’ e a ‘Araraquarense’, que cortavam todo o estado, fizeram de São Paulo, o mais importante polo da indústria frigorífica, suplantando a primazia do Rio Grande do Sul. O transporte dos bois era o grande problema e grande parte do gado vinha de Minas Gerais e de Goiás.

Depois, da instalação na década de 1970 de tantos frigoríficos, o setor foi totalmente dominado pelas empresas nacionais com maior poder político de barganha com o Governo.

Uma a uma as empresas estrangeiras foram deixando o país, A Swift, depois, de pertencer a um grupo de investimentos, foi vendida ao Grupo Bordon em 1989, o Wilson a um grupo argentino radicado no Brasil (Comabra), que depois, foi também repassado ao grupo Bordon. 

A última a sair foi o Grupo Vestey- ‘Frigorífico Anglo’-, que encerrou suas atividades em 1993, vendendo as instalações e a marca para uma empresa brasileira formada por dois ex-diretores. Só ficou com as fazendas que em 1977, foram separadas do ‘Frigorífico Anglo’ e incorporadas a outra empresa a ‘Agropecuária CFM’, com sede em São José do Rio Preto.



33 comments:

  1. leopoldo - como acho mais informacao a respeito das fazendas do frigorifico anglo - meu avo trabalhou muitos anos para os vesteys

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    1. Olá, meu avô também trabalhou nas fazendas, na verdade veio da Argentina com os ingleses. Mas não temos o histórico dele deste tempo. Você conseguiu mais informações?

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  2. Amigo, como posso obter informações das fontes bibliográficas? especilamente sobre a construção do frigorífico Atlas em Santana do Araguaia?

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  3. Muito boa essa informação.

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  4. Leopoldo: obrigado pelas informacoes.Trabalhei para o "frigorifico anglo",durante o periodo de dezembro de 1961 ate agosto de
    1990.Iniciei a trabalhar com 14 anos de idade. jmvr.

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  5. Olá, você tem o referencial dessa informação......?
    Estou realizando um histórico também e esses dados são muito relevantes....

    Obrigado,

    Daniel

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  6. Por pecado ou esquecimento deixaram de falar no frigorífico Swift de Rosário do Sul no Rio Grande do Sul. Enquanto a Swift construia o estabelecimento de Rio Grande ao mesmo tempo comprava o Saladero Unión de Rosário que já produzia carnes frigorificadas e conservas de enlatados desde o aqno de 191, iniciativa que colocou Rosário do Sul como parteira e berço nacional da carne frigorificada e enlatada. Nessas bases a Swift operou até os ano de 1836 quando recebeu a visita de Mr. Alden Swift em viagem de vistoria quando autorizou a remodelação da fabrica que apartir daí começou a produzir as mundialmente famosas ervilhas Swift coração de manteiga.

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  7. E O FRIMISA ?????????????????????............

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  8. Regina Nachtigall7/31/2014 11:12 pm

    Procuro fotos da fazenda Swift em Santana do Livramento. Morei nesta fazenda entre 1958 e 1960 e visitei o local por várias vezes depois. Meu pai era funcionário da Swift e foi transferido para São Paulo, trabalhou em Utinga e nos escritórios centrais na rua formosa. estou tentando resgatar um pouco da história e algumas fotos.
    Agradeço se me ajudar

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    2. Seu pai me trouxe más recordações da Swift. Ele não tolerava 5 min de atraso. No entanto, sequer sabia, que eu diariamente trabalhava (ainda menor de idade) das 08h00 até 22h00, sem receber horas extras. Há lembranças ainda piores. Que sua alma descanse em paz.

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    3. Meu pai nunca trabalhou na Swift.

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  9. Infelizmente não tenho Regina. Já procurou a prefeitura de Santana de Livramento?
    Abraço,

    Leopoldo

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  10. Acho que ao final do texto fizeram uma pequena confusão, confundindo Wilson com Armour. Foi a Wilson que teve capital argentino (Jorge Alberto Senossiain e filhos) e após ter sido concordadatária foi vendida a Sadia nos anos noventa.

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  11. Corrigido o engano. Obrigado pela observação.

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  12. a construção do atlas não sei mas era complicado la ficava mais parado do que abatia não tinha energia trabalhei no transporte de gado
    que 86/87 que era muito difícil /problema com índios pistoleiros garimpeiros ponte não foi fácil mas fizemos nossa parte

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  13. Meu avô era engenheiro no frigorífico Anglo de Barretos SP em 1929, como descubro os nomes dos engenheiros q trabalhavam lá nessa época.

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  14. Não encontrei o histórico sobre o Frigorífico Continental, de Osasco, que até onde sei era do Percival Farquhar...pelo que sei foi o segundo do Brasil.

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    1. O Continental era a razão social do WILSON antes de ser vendida ao Grupo FASA da Argentina quando mudaram de nome para COMABRA nos anos 70

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    2. http://www.osasco.sp.leg.br/especial-cidade-de-osasco/fotos/industrias/279.jpg/view
      No site da camara de vereadores de Osasco voce pode confirmar esta informação

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  15. Trabalhei na WILSON (COMABRA) antes de falir e ser vendida à SADIA, eles usavam como marketing o fato de ter o Serviço de Inspeção Federal nº 1 SIF 1, utilizavam amplamente nos materiais de publicidade.

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  16. O avô da minha esposa foi eletrecista no Anglo em Pelotas - RS. Ele conta boas histórias da época!

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  17. Boa noite,

    Este Frigorífico Anglo, mencionado no artigo, tinha escritório no município de São Paulo, na década de 1970? Meu falecido irmão trabalhou no escritório de um frigorífico com mesmo nome, entre 74 e 75, e preciso de informações desta empresa para repassar ao INSS. Soube que o Anglo foi vendido para a JBS na década de 90, porém, não sei se é a mesma empresa em que ele trabalhou. Obrigado!

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  18. Sim. Na década de 1970 o escritório do Frigorifico Anglo em São Paulo ficava na Rua Anchieta, próximo ao Páteo do Colégio.

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  19. O frigorifico Wilson do brasil tem alguma coisa a ver com a Wilson & co. americana?

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  20. boa noite,sou historiador e nas minhas pesquisas localizei em Mangaratiba - R,J ja na divisa com Itaguai,um antigo cais de pedras nas terras que pertenceram a Anglo, mais conhecidos como Gringos, era para o desembarque de carnes vindo do matadouro imperial de Santa Cruz, inaugurado pelo imperador D. Pedro II, atraves de balsas as carnes embarcavam em um cais próprio do matadouro e seguia ate as fazenda do gringo ( anglo) segui em lombo de burro e carroças ate Pirai(Mendes) RJ. para o frigorifico da Anglo

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    1. Publiquei um outro artigo sobre o assunto veja https://stravaganzastravaganza.blogspot.com/2012/01/fazenda-dos-ingleses-caraguatatuba.html

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    2. Meu bisavô maximiano Bernardino de souza levava boi de alfenas mg pára charqueada da anglo pára mendes no Rio de Janeiro nos anos 1900 pois nāo existia Câmaras frias.leva tocados com tropas de burros..

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  21. A Armour não comprou o matadouro frigorífico do distrito de Utinga, Santo André de nome "DI Giulio Martinelli". Foi a Cia Swift do Brasil, quem fez a aquisição, durante a Segunda Grande Guerra. A Armour não adquiriu jamais, a Swift. Muito pelo contrário: No início da Década de 1960, a Armour, tanto a do Bairro Anastácio (São Paulo, SP) quanto a de Santana do Livramento, foram adquiridas pela Swift, que em seguida vendeu para a Frigorífico Bordon. Na década de 1990, O Bordon adquiriu a Swift de Utinga e a renomeou para Swift-Armour S.A. Pouco depois vendeu para a Perdigão, que encerrou suas atividades em Utinga.
    Trabalhei na Swift (Utinga) e no Frigorífico Bordon (Anastácio). Hoje essas marcas pertencem a JBS-Friboi.

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  22. Exatamente e isso mesmo a swift comprou a armour a swift comprou o caiapó em Uberlândia.

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  23. Exatamente.

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  24. Exatamente.

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  25. Humberto tavares Bernardino.

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