3.13.2011

PIZZA, UMA BREVE HISTÓRIA

A Pizza é, sem dúvida, um dos pratos mais populares da culinária italiana.

Um forno a lenha, um balcão de mármore onde se abre a massa, uma estante onde estão ingredientes que irão compor os mais variados tipos de pizza... Mas, qual seria a origem disso tudo?
Se levarmos ao "pé da letra", poderíamos dizer que a pizza tem mais de 3.000 anos de história - afinal, todas as civilizações conheceram diversas formas de massas achatadas, compostas por farinhas de diversos cereais, água e variados condimentos, servindo como fonte de nutrição fundamental para a nutrição humana.
O florescimento das civilizações próximas ao Mediterrâneo na Antiguidade Clássica nos oferecem diversos exemplos daquilo que pode ser considerado como "antepassado da pizza" que atualmente conhecemos.
Do Egito à Grécia Clássica, até Roma e Pompéia, estiveram presentes alimentos que nos fazem recordar o preparo e o cozimento de nossa atual pizza. No antigo Egito, era costume celebrar o aniversário do Faraó, comendo uma massa achatada e condimentada com ervas aromáticas. Também, têm-se registro de relatos de algumas receitas Babilonesas e, no século VII a.C, um poeta soldado, em seus versos, nos informa que possuía uma massa achatada junto à sua lança - base principal da alimentação de um soldado naqueles tempos.
Assim, temos na Grécia Antiga muitos exemplos que nos conduzem à pizza, ou ao que poderíamos chamar de uma versão arquetípica desta: massas achatadas de vários tipos e condimentos, apresentando-se como alimento difuso e popular em toda Antiguidade Clássica.
A pizza - ainda que fantasiemos sobre sua origem - se apresenta como alimento típico das culturas que historicamente se desenvolveram sobre a bacia do mar Mediterrâneo e é em um dos reinos vindouros desta região - Nápoles - que esta encontrará sua pátria e o ponto de partida para, no futuro, se difundir por todo o resto do mundo, sendo conhecida mundialmente na atualidade.
Numerosos são os indícios de que este alimento (que no curso dos séculos foi se atualizando) também no período Medieval e Renascentista caiu no gosto e consumo, tanto aristocrático quanto popular: entre os banquetes reias e a mesa humilde dos pobres, a palavra "pizza" já estava presente na Alta Idade Média e nos séculos seguintes, desenvolvendo assim diferentes variações culinárias, desde a doce até a salgada, e diversas formas de cozimento.
Muitos consideram a pizza atual como uma invenção da culinária italiana, que começou na sulina cidade de Nápoles. De fato, a pizza é vista com atenção especial pelos napolitanos como o seu tesouro culinário, uma reflexão da História popular: os Lombardos, chegados no sul da Itália depois da queda do Império Romano, trouxeram suas búfalas que, encontrando ambiente ideal na região do Lázio, abasteceram-se de leite para a criação da "mozzarella" e posteriormente, coma descoberta do Novo Mundo, chegaria à Europa o elemento fundamental para a pizza, sem o qual esta jamais poderia existir: o TOMATE. Depois de algumas desconfianças iniciais, o tomate acaba por ingressar triunfalmente na culinária napolitana e a pizza se beneficiará disto, aproximando-se ainda mais do formato com a qual é conhecida na atualidade.
Por volta de 1700 e 1800, a pizza se consolida como um dos pratos da culinária napolitana mais tradicionais e preferidos pelo público. A então Rainha da Itália e Savóia, Margherita (originária da Áustria), esposa de Umberto I, elevou a pizza de suas origens humildes, quando um pizzaiolo, fez três pizzas diferentes para a Rainha. Ela gostou de uma coberta com tomates, mussarela e manjericão. Foi quando a "Pizza Margherita" ganhou o seu nome.
Assim, foi-se definindo não apenas as características da pizza, mas também os locais para seu preparo e consumo: eis que vemos surgir as primeiras "Pizzerias".
Em 1700, as pizzas eram feitas em fornos à lenha para serem vendidas nas ruas e vielas da cidade: um aprendiz equilibrava sobre a cabeça uma espécie de fogareiro e perambulava pelas ruas gritando palavras características para chamar seus fregueses e anunciar sua presença. Por volta de 1830, próximo ao porto de Alba, trabalhadores, estudantes e artesãos se juntavam para saboreá-las e muitos deles até compunham versos em honra deste alimento. Assim, o êxito em consumir o "fermento da vida" ou "talismã da felicidade" (conforme era comum propagandear as pizzas) nestes fornos nas ruas era mais apreciado que dentro das casas: nasce a pizza que nós conhecemos e se definem também as características físicas e ambientais das pizzarias atuais.



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