4.18.2011

HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DE GADO NO RIO DE JANEIRO

Leopoldo Costa

OS PRIMÓRDIOS

O primeiro contato dos portugueses com o atual território do Rio de Janeiro foi com a expedição exploradora de André Gonçalves, que em 1º de janeiro de 1502, descobriu a baía de Guanabara, que os índios chamavam de Iguaá-mbara, e pensando tratar-se da desembocadura de um rio denominou-a de Rio de Janeiro.  Jean de Lery (1534-1611), na sua obra ‘Viagem à Terra do Brasil’, publicada em 1578, foi o primeiro a registrar o nome de Guanabara.
Esta expedição enfrentou uma tempestade nas proximidades de Fernando de Noronha, perdendo alguns navios.
Américo Vespúcio (1454-1512), um dos comandantes da expedição, estabeleceu em 1503, a feitoria de Cabo Frio, junto ao porto da barra de Araruama, deixando lá 24 ‘cristãos’ e ‘alguns animais’. Esta feitoria fortificada tinha o objetivo de explorar o pau Brasil. Em 1526 esta feitoria foi destruída pelos índios Tupinambás.

Em 1505, Gonçalo Coelho, estabeleceu outra feitoria junto à baia de Guanabara que, entretanto foi abandonada.

A partir de 1511, a região passou a ser frequentada por expedições clandestinas, tanto portuguesas como francesas, atraídas pela abundância e facilidade de traficar o pau brasil.
Somente em 1531, com a expedição de Martim Afonso de Souza (1500-1571), e que os portugueses de fato fizeram o reconhecimento do território, a expedição permaneceu três meses na região.

O território hoje pertencente ao Rio de Janeiro fazia parte de duas capitanias: até Macaé, da capitania de São Tomé, que tinha como donatário Pero de Góis da Silveira, de Macaé até o limite com São Paulo, da capitania de São Vicente (1ª seção), que tinha como donatário Martim Afonso de Souza.

Em 1555, os franceses, para garantir o suprimento de pau brasil decidiram estabelecer uma possessão no Rio de Janeiro, a ‘França Antártica’. A esquadra invasora foi comandada por Nicolau Durand de Villegagnon (1510-1571), com o apoio do almirante Gaspard de Coligny (1519-1572).
Conquistando a simpatia dos índios Tamoios, conseguiram estabelecer-se em 1557 inicialmente na ilha que hoje leva o nome de Villegagnon.
Foi com o objetivo de assegurar a posse que em 1º de março de 1565 foi fundada a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro por Estácio de Sá (1520-1567), na várzea compreendida entre o Pão de Açúcar e o Morro de São João ou Cara de Cão. Estácio, sobrinho do governador geral Mem de Sá, comandava uma expedição fortemente armada e combateu os franceses, expulsando-os em 1567.

O porto do Rio de Janeiro continuava a ser o mais importante na exportação do pau brasil. Era responsável pela metade de toda a mercadoria que era exportada pela Colônia.
A partir desta data, acelerou-se a processo de ocupação territorial. Estácio de Sá, que já tinha distribuído 45 sesmarias  entre 1565 e 1566, até o final do século, distribuiu mais 200. Estas sesmarias eram destinadas á instalação de currais de criação, engenhos de açucar e agricultura de subsistência.

O governador Salvador Correia de Sá e Benevides (1602-1686)[1], o segundo visconde de Aseca, que possuía grande rebanho de gado, tentou impor o monopólio da venda de carne na cidade do Rio de Janeiro, exigindo que os açougueiros comprassem somente a carne proveniente de suas propriedades.[2]

OS ENGENHOS DE AÇÚCAR

Na segunda metade do século XVI iniciou-se a produção de açúcar em três engenhos no Rio de Janeiro, o Engenho Real ou Real Engenho, instalado por Antonio Salema[3] (m.1586) nas vizinhanças da lagoa Rodrigues de Freitas; o de Magé, de roda d’água, nas proximidades do morro da Piedade, montado pelo governador Cristóvão de Barros em outubro de 1566; e o da ilha do Governador.
Frei Vicente do Salvador[4] afirmou que o Rio de Janeiro já possuía em 1627 quarenta engenhos. Charles Boxer[5] escreveu  que, de 1638 a 1642, partiram anualmente do Rio de Janeiro em direção a Portugal, uma média de 20 a 25 navios com açúcar.  Antonil[6] afirmou que a capitania já possuía em 1711, 136 engenhos de açúcar.
Com os preços do açúcar em alta, muitos engenhos foram fundados, quatro deles, o Engenho Velho, o Engenho Novo, o Realengo (derivado da abreviação Real Eng°) e o  Engenho de Dentro vieram mais tarde a dar nome a conhecidos bairros da cidade. Na época, mais de 40 embarcações entravam por ano na baía de Guanabara, trazendo mercadorias do Reino e voltavam carregados de açúcar. Em 1636, os dízimos arrecadados no porto foram de 18.000 cruzados, sendo que em 1639 alcançaram a cifra de 25.000 cruzados.

FAZENDA SANTA CRUZ

Em janeiro de 1567 a região da baixada de Santa Cruz e montanhas vizinhas, foi doada por Martim Afonso de Souza a Cristóvão Monteiro, como recompensa aos serviços prestados no combate aos franceses na baía de Guanabara. O mesmo mandou construir logo em seguida um engenho de açúcar e uma capela no local conhecido como Curral Falso, iniciando o povoamento das terras. Com o falecimento de Cristóvão Monteiro, a viúva doou aos jesuítas uma parte das terras. Estas terras foram agregadas a outras sesmarias que já possuíam formando um imenso latifúndio em cuja sede ostentava uma grande cruz de madeira: a Santa Cruz e, portanto fazenda da Santa Cruz. A região compreendida entre a barra de Guaratiba, o atual município de Mangaratiba, até Vassouras, no sul do atual estado do Rio de Janeiro, integrava a fazenda, a mais desenvolvida da capitania do Rio de Janeiro nesta época. A fazenda Santa Cruz chegou a possuir um efetivo de 13 mil cabeças de bovinos distribuídas em 22 pastagens, todas cercadas, o que era sem precedentes na época. Passava pelas terras da fazenda o caminho, que no período colonial ligava a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro ao sertão: o Caminho dos Jesuítas, posteriormente denominado Caminho das Minas, e mais tarde ainda, Estrada Real de Santa Cruz. O seu percurso estendia-se até ao porto de Sepetiba.
Em 1759, depois da expulsão dos jesuítas dos domínios de Portugal e suas colônias, por decisão do marquês de Pombal, o patrimônio da Companhia de Jesus da fazenda de Santa Cruz passou a ser propriedade da Coroa. Com a estatização passou por um período de dificuldades administrativas e só no governo (1778 a 1790) do Vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa (1742-1809), é que voltou a conhecer um período de prosperidade. Em 1808, com a chegada da família real ao Brasil e o seu estabelecimento no Rio de Janeiro, a fazenda foi escolhida como local de veraneio. Foi trazida da China uma centena de agricultores especializados no cultivo de chá. Durante quase um século essa atividade foi lucrativa. O chá colhido em Santa Cruz era de excelente qualidade e, por isso, a sua produção era integralmente comercializada. Em 1881 o matadouro público municipal foi construído em Santa Cruz, que em 1884 teve instalada a sua conexão com o sistema de estrada de ferro. Foi o último matadouro público da cidade.

A EXPANSÃO DA CRIAÇÃO DE GADO PELO INTERIOR

Em 19 de agosto de 1627, o governador do Rio de Janeiro, Martim Correia de Sá (1575-1631), concedeu sesmarias na região de Campos dos Goitacases, que estendia do rio Macaé, ou dos Bagres, até o rio Paraíba do Sul. Eram terras pertencentes à antiga capitania de São Tomé e retornadas à posse da Coroa do herdeiro do donatário Pêro Góes da Silveira, chamado Gil Góes da Silveira. Nestas sesmarias foram estabelecidos os primeiros currais de criação de gado na região norte da capitania.

Em 1700, o território do Rio de Janeiro tinha um rebanho de 60.000 cabeças, concentrado, principalmente na região que pertencera a capitania de São Tomé.
Antonil escreveu: ‘A parte do Brasil que tem menos gado é o Rio de Janeiro, porque tem currais somente nos campos de Santa Cruz, distante catorze léguas da cidade, nos Campos Novos do rio de São João, distante trinta e nos Goitacases, distante oitenta léguas; e em todos estes campos não passam de sessenta mil as cabeças de gado que nelas pastam’.
Em 1748, a freguesia de Campos dos Goitacases exportou para a cidade do Rio de Janeiro e para Salvador, 15.600 cabeças de gado bovino, 3.000 cavalos, 85.000 alqueires de farinha de mandioca e açúcar.

Tornou-se abundante nas margens do rio Muriaé, subindo o seu curso e no curso médio do rio Itapaboana, a existência de vários currais de criação de gado, com o objetivo de exportar bois para o Rio de Janeiro.

Em 1725, Caetano de Barcelos Machado (1695-1746) alcaide-mor de Macaé ofereceu-se para construir uma fortaleza na barra do Macaé para defender a região contra os piratas que faziam da ilha de Santa Catarina a base de suas operações. Ele e outros moradores construíram em 1732 a capela do Capivari, que passou a ser a sede da freguesia. Em 1729 foi preso por ordem do governador Luís Vaia Monteiro do Rio de Janeiro por ser partidário do visconde de Asseca[7], inimigo do governador e interceptava no Furado[8], único caminho então existente por terra ligando o Rio de Janeiro a Campos, todas as caravanas que levassem ao governador notícias dos atos do donatário da capitania da Paraíba do Sul. No ano de 1730, Caetano pediu ao governador anistia dos seus crimes e foi atendido, pois em 1732 já era vereador na vila de São Salvador.

Em meados do século XVII, a cidade do Rio de Janeiro, não passava de um vilarejo com cerca de 2.000 habitantes, porém com um comércio bem florescente.
Um manuscrito francês ‘Relâche du Vaisseau L’Arc-en-ciel à Rio de Janeiro’ de 1748, existente na Biblioteca da Ajuda em Lisboa, na tradução de Jean M. Carvalho França, relata como era o comércio de carnes na cidade naquele tempo: ‘O gado grosso é bastante comum no Rio de Janeiro, pois os padres jesuítas se encarregam de cuidar da sua conservação e reprodução. Para formar os seus rebanhos, esses religiosos fazem capturar nos bosques os vitelos e as novilhas selvagens, depois mandam abater uma parcela dos primeiros e confinam o restante, juntamente com as novilhas, nos muitos currais que têm, espalhados ao longo da costa do Brasil. Este processo lhes permite fornecer carne para todo o país. A carne produzida, no entanto, por não ser vendida fresca, é bastante cara. Um boi inteiro custa cerca de 25 escudos portugueses, e o pedaço, 4 soldos a libra. Quanto à qualidade da carne - apesar de os animais serem criados em regiões onde abundam os pastos e as bananeiras, árvores cujas folhas e caule são muito apreciados pelos bovinos -, é bastante inferior àquela que se vende na Bretanha. A carne de carneiro é de péssima qualidade, pois os animais não são castrados. Este descuido torna a carne seca e com um sabor tão insípido que mal se consegue distingui-la da carne de ovelha. Daí elas serem vendidas juntas e pelo mesmo preço. Os porcos abundam no país e são vendidos a um preço igual ou inferior aos praticados na Bretanha. A carne destes animais, contudo, tem um inconveniente: como os habitantes têm o hábito de alimentar os seus porcos com peixe, ela apresenta um gosto demasiado forte de pescado. As galinhas são grandes, bonitas e de qualidade; seu preço, contudo, é bastante elevado. Em geral, são vendidas a três libras francesas. Os patos e canários também têm boa aparência, mas as suas carnes não são muito saborosas. Os primeiros são vendidos a 6 libras a unidade; os últimos, a 3.  O país produz uma grande quantidade de frutas: laranjas, limões de diferentes espécies, figos, bananas, abacaxis, batatas-doces, melões d'água, pistaches, etc. Há também muitas hortaliças e legumes variados (couves, jerimuns, ervilhas, abóboras, etc). O peixe é tão abundante que todo mundo tem por hábito secá-lo e estocá-lo, seja para consumo dos familiares, seja para a alimentação dos escravos. Apesar dessa prática, sobra ainda uma grande quantidade de pescado para ser usada como alimento para os porcos’.
A SEGUNDA INVASÃO FRANCESA

Em 1710, o Rio de Janeiro contava com 12.000 habitantes. Nesse ano foi invadido pelo pirata francês Jean François Duclerc (1670-1711), à frente de uma expedição de cinco navios e 1.000 homens desembarcou na praia de Guaratiba, pois foram impedidos pelos soldados protugueses de desembarcar no porto. Um mês mais tarde seus soldados penetraram na cidade pelo Engenho Velho e Catumbi. Foram enfrentados por 48 estudantes sob a liderança de Bento do Amaral da Silva (m.1711) e encurralados num trapiche da rua Direita. Duclerc foi feito prisioneiro e obrigado a ordenar a rendição. Em março de 1711, foi assassinado por dois desconhecidos.

Sem saber do assassinato, outro pirata francês, o almirante René Duguay-Trouin (1673-1736) preparou nova invasão ao porto do Rio de Janeiro. Armou na França uma poderosa expedição com 17 embarcações, 700 canhões e 5.800 homens e rumou para o Brasil. Em setembro de 1711, atacou a cidade e os brasileiros não puderam resistir. Efetivou a ocupação enquanto o governador Francisco de Castro Morais (que era apelidado de ‘Vaca’) e muitos moradores fugiam. Para complicar mais ainda, o comandante da frota portuguêsa enviada para combater os invasores, enlouqueceu e mandou atear fogo nos seus navios.  Duguay-Trouin temeroso com a contra-ofensiva que poderia advir dos portugueses, tratou de negociar um resgate e ir embora. Usando os jesuítas como intermediários, exigiu 610.000 cruzados em dinheiro ou ouro, 100 caixas de açúcar e 200 cabeças de bois para abandonar a cidade. O resgate foi pago e os franceses abandonaram a cidade. O governador foi responsabilizado pela situação e condenado pela Corte á prisão perpétua.

A CIDADE DO RIO DE JANEIRO

O Ciclo do Ouro transformou o Rio de Janeiro na principal cidade da América do Sul. Em 1763 foi elevada a capital da Colônia e já contava com a população de 50.000 habitantes.
Em 1808, quando chegou D. João VI e sua corte, a cidade já tinha 100.000 habitantes.

Ano
População
c. 1650
2.000
1710
10.000
1763
50.000
1808
100.000
1822
137.000
1872
274.000
1890
522.000
1900
811.000
1920
1.157.000
1940
1.764.000
1950
2.377.000
1960
3.307.000
2010
6.323.000
Fonte: IBGE e Almanaque Abril

Em 1960, o município do Rio de Janeiro tinha um rebanho de 20.000 cabeças de bovinos, na sua maioria vacas leiteiras das raças Holandesa e Girolanda, que produziam cerca de 6,9 milhões de litros de leite por ano. Possuìa 5.286 estabelecimentos agrícolas com área inferior a 10 hectares, 947 estabelecimentos entre 10 hectares e 100 hectares,  21 estabelecimentos entre 100 hectares e 1000 hectares e três estabelecimentos acima de 1.000 hectares.
O rebanho do município vem sofrendo constante redução, provocada pela crescente urbanização. Fora a década de 1980, quando houve um pequeno crescimento, a taxa de diminuição do rebanho ficou próxima de 5% ao ano. A mesma situação ocorreu no rebanho de suínos, que era de 19.600 cabeças em 1975 e reduziu-se para 2.200 cabeças em 2009.

Ano
Rebanho Bovino
1975
15.196
1980
14.824
1985
18.239
1990
14.982
1995
12.800
2000
8.120
2005
8.280
2009
4.650
Fonte: IBGE

Com referência a avicultura, o município no final da década de 1960, tinha uma população de quase 2,5 milhões de aves, produzindo uma média de 3,5 milhões de dúzias de ovos por ano. Nesta década foi inaugurado um abatedouro avícola, considerado pela imprensa da época, o maior da América do Sul. Em 1975 a população de aves já tinha decrescido para 1,8 milhão de cabeças, continuando o declínio ano após ano, até contar com apenas 5.000 cabeças em 31/12/2009.

EVOLUÇÃO DA CRIAÇÃO DE BOVINOS

A província do Rio de Janeiro foi pioneira no desenvolvimento da pecuária brasileira importando animais zebuínos e taurinos para a melhoria do rebanho.
Em 1870, o 1º barão de Duas Barras, João Antonio de Morais (m. 1883) importou um touro Kankrej para a sua fazenda de Cantagalo. Ele foi cruzado com vacas taurinas e originou mestiços fortes que foram usados com sucesso na tração das carroças que transportavam café no início da expansão da cafeicultura na então província do Rio de Janeiro.

No ano de 1878, Manoel Ubelhart Lemgruber comprou um lote de zebuínos Nelore da ‘Casa Hagenbeck’ de Stellingen, Alemanha, que levou para a sua fazenda de Sapucaia, onde sobre controle cientifico iniciou o aperfeiçoamento da raça.
Mais tarde, nas décadas de 1910 e 1920, começaram a importar diretamente da Índia. Estas importações foram realizadas através das casas especializadas em animais do Rio de Janeiro e por famílias de origem alemã do interior do Rio de Janeiro, principalmente do município de Cantagalo. Os primeiros animais eram da raça Ongole, que ficou entre nós conhecida como Nelore.

A raça Guernsey foi introduzida no Brasil em 1889 pelo 2º barão de Nova Friburgo (Bernardo Clemente Pinto Sobrinho) (1835-1914) com animais importados diretamente da ilha e levados para sua fazenda do Gavião em Cantagalo. A fazenda com o seu palácio fica a 2 km da cidade. O palácio por sua importância arquitetônica é uma referência do apogeu cultural do ciclo do café na serra fluminense. Era a intenção do barão fazer do local o Paço Municipal de Cantagalo, plano que não se concretizou.

Com relação aos equinos, o nome  da raça Mangalarga veio da ‘Fazenda Manga Larga’ no município de Paty do Alferes. Os proprietários da fazenda compraram alguns animais de Baependi (MG) e fizeram uma boa figura desfilando pelas ruas da cidade do Rio de Janeiro. Todos que se interessavam, depois, de informados da origem, iam a Minas Gerais comprar os cavalos iguais aos da Mangalarga e o nome pegou.

O rebanho bovino no estado do Rio de Janeiro nos últimos 35 anos teve uma evolução de apenas 34%, bem diferente do crescimento do rebanho total do Brasil, que duplicou, saindo de 102,5 milhões de cabeças em 1975 para 205,2 milhões em 2009. O estado perdeu a importância que tinha nos tempos coloniais.
Evolução do Rebanho Bovino
Ano
Cabeças de Bovinos
1975
1.649.000
1980
1.774.000
1985
1.807.000
1990
1.923.000
1995
1.905.000
2000
1.959.000
2005
2.092.000
2009
2.214.000
Fonte: IBGE


Em 31/12/2009 na contagem municipal de bovinos, dentre os 92 municípios do estado, os cinco maiores rebanhos, representando 29% do rebanho total, estavam nos seguintes:
Campos dos Goitacases                241.000 cabeças        
Itaperuna                                    113.000 cabeças               
Macaé                                        101.000 cabeças        
São Fidelis                                    80.000 cabeças        
S. Francisco de Itabapoana             79.000 cabeças

Outros cinco municípios tinham rebanhos maiores do que 50.000 cabeças: Valença, Bom Jesus de Itabapoana, Cantagalo, Santo Antonio de Pádua e Cambuci. Pode-se observar que a maioria do rebanho estava concentrada ao norte do estado, acima da desembocadura do rio Paraíba do Sul.


[1] Foi por três vezes governador da capitania do Rio de Janeiro (1637-1642, 1648 e 1659-1660); governador da capitania do Sul do Brasil (1659-1662); governador de Angola (1648-1651) e Almirante da Costa do Sul e Rio da Prata com superintendência em todas as matérias de Guerra; administrador de todas as Minas do Brasil e Conselheiro dos Conselhos de Guerra e Ultramarino.
[2] Em ‘Salvador de Sá e a Luta pelo Brasil e Angola 1602-1686’,São Paulo, Nacional/Edusp, 1973
[3]  Foi governador do Rio de Janeiro de 1574 a 1577.
[4]  Em ‘História do Brasil’, Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp, 1982.
[5]  Em ‘Salvador de Sá e a Luta pelo Brasil e Angola 1602-1686’,São Paulo, Nacional/Edusp, 1973.
[6]  Em ‘Cultura e Opulência do Brasil’ de 1711.
[7] O visconde de Aseca era Salvador Correia de Sá e Benevides, já citado anteriormente
[8] Esse pedágio foi criado por ato da Câmara de São Salvador para evitar o roubo de gado da capitania.

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