Leopoldo Costa
As zebras são mamíferos nativos da África e têm a seguinte classificação taxonômica:
Reino
|
Animalia
|
Filo
|
Chordata
|
Classe
|
Mammalia
|
Ordem
|
Perissodactyla
|
Família
|
Equidae
|
Gênero
|
Equus
|
Espécies
|
E. zebra
|
E. quagga
| |
E. grevyi
|
ZEBRA COMUM
A zebra comum, quagga ou zebra das planícies habitava as savanas das bacias dos rios Vaal/Orange na África do Sul, do sul de Botsuana e do sudoeste de Suazilândia. Foi descrita por Boddaert em 1785. No final do século XIX tinha sido considerada extinta e em 1918 morreu a último animal em cativeiro no zoológico de Berlim. Em 2004, os naturalistas C. P. Groves e C. H. Bell detectaram em Kwazulu-Natal (África do Sul) e Etosha (Namíbia) duas sub-espécies a E.quagga burchellii e E.quagga antiquorum, sendo a primeira similar a original que pensavam extinta. Atualmente são reconhecidas seis sub-espécies:
Nome Comum
|
Classificação
taxonômica
|
Classificador
|
Ano
|
Quagga
|
E. q. quagga
|
Boddaert
|
1785
|
Zebra de Burchell
|
E. q. burchellii
|
Gray
|
1824
|
Zebra de Grant
|
E.q.boehmi
|
Matschie
|
1892
|
Zebra de Selou
|
E.q.borensis
|
Lonnberg
|
1921
|
Zebra de Chapman
|
E.q. chapmani
|
Layard
|
1865
|
Zebra de Crawshay
|
E.q. crawshayi
|
De Winton
|
1896
|
Os animais medem entre em média 1,4 metros, têm uma altura média de 1,4 metro e pesam entre 220 kg e 320 kg.
ZEBRA DE GRÉVY
A zebra de Grévy (E. grevyi), também conhecida como zebra imperial, foi descrita pelo naturalista francês Alphonse Milne-Edwards que lhe deu o nome em homenagem ao presidente da França, Jules Grévy, que tinha recebido um exemplar de presente do governador da Abissínia (atual Etiópia). Alphonse distinguiu várias diferenças entre esta zebra e a comum, classificada por Linneu como E.zebra. É o maior dos equídeos selvagens e foi a primeira zebra que os europeus conheceram, chegando a ser usada nos circos de Roma. Depois, ficou por muito tempo esquecida. No século XVII ela foi redescoberta, quando um rei etíope deu uma de presente para o sultão da Turquia e outra para o governador holandês de Jacarta. Habita as áreas áridas e de pouca vegetação em partes do Quênia, Etiópia e Somália. Na espécie, as listras são mais estreitas e mais próximas e a barriga é branca. Têm mais semelhança com o burro, ao contrário das outras espécies que parecem mais com cavalos. Os animais têm um cumprimento entre 2,5 m e 2,8 m, uma altura entre 1,5 m a 1,6 m e pesam entre 350 kg e 450 kg.
ZEBRA DA MONTANHA
A zebra da montanha (E.zebra) vive nos altiplanos áridos do sul de Angola, Namíbia e do oeste da África do Sul. Em 2004 dois especialistas C. P. Groves e C. H. Bell investigaram a taxonomia da zebra e concluíram que a zebra da montanha tem duas sub-espécies, a zebra da montanha do Cabo (E.e.zebra) e a zebra de Hartmann ( E.z. hartmannea). As zebras da montanha são menores e têm na garupa listras parecendo uma grade. Têm um corpo medindo cerca de 2,2 metros e uma altura ente 1 metro a 1,4 metro, pesando entre 240 kg a 370 kg.
As zebras em geral vivem em manadas de pequenos grupos com várias fêmeas e suas crias, liderados por um macho. Na espécie de Grevy as fêmeas costumam formar pequenos grupos separados dos machos. Podem ficar até três dias sem beber água. Alguns antílopes, principalmente o gnu[1], se juntam as manadas de zebras procurando proteção contra os seus predadores. As manadas de zebras podem migrar para regiões distantes se faltarem pastagens adequadas no seu habitat original e assim expor a ação predatória do homem. Sua carne é consumida pelas tribos africanas e sua pele e bem valorizada pelos contrabandistas europeus, que as adquirem dos nativos a um bom preço, incentivando assim a çaça. As zebras nunca foram domesticadas, apesar de várias tentativas em diferentes épocas.
No comments:
Post a Comment
Thanks for your comments...