6.03.2011

A ZEBRA E SUAS ESPÉCIES


Leopoldo Costa

As zebras são mamíferos nativos da África e têm a seguinte classificação taxonômica:
Reino
Animalia
Filo
Chordata
Classe
Mammalia
Ordem
Perissodactyla
Família
Equidae
Gênero
Equus

Espécies
E. zebra
E. quagga
E. grevyi

ZEBRA COMUM

A zebra comum, quagga ou zebra das planícies habitava as savanas das bacias dos rios Vaal/Orange na África do Sul, do sul de Botsuana e do sudoeste de Suazilândia. Foi descrita por Boddaert em 1785. No final do século XIX tinha sido considerada extinta e em 1918 morreu a último animal em cativeiro no zoológico de Berlim. Em 2004, os naturalistas C. P. Groves e C. H. Bell detectaram em Kwazulu-Natal (África do Sul) e Etosha (Namíbia)  duas sub-espécies a E.quagga burchellii e E.quagga antiquorum, sendo a primeira similar a original que pensavam extinta. Atualmente são reconhecidas seis sub-espécies:
Nome Comum
Classificação
taxonômica
Classificador
Ano
Quagga
E. q. quagga
Boddaert
1785
Zebra de Burchell
E. q. burchellii
Gray
1824
Zebra de Grant
E.q.boehmi
Matschie
1892
Zebra de Selou
E.q.borensis
Lonnberg
1921
Zebra de Chapman
E.q. chapmani
Layard
1865
Zebra de Crawshay
E.q. crawshayi
De Winton
1896

Os animais medem entre em média 1,4 metros, têm uma altura média de 1,4 metro e pesam entre 220 kg e 320 kg.

ZEBRA DE GRÉVY

A zebra de Grévy (E. grevyi), também conhecida como zebra imperial, foi descrita pelo naturalista francês Alphonse Milne-Edwards que lhe deu o nome em homenagem ao presidente da França, Jules Grévy, que tinha recebido um exemplar de presente do governador da Abissínia (atual Etiópia). Alphonse distinguiu várias diferenças entre esta zebra e a comum, classificada por Linneu como E.zebra.  É o maior dos equídeos selvagens e foi a primeira zebra que os europeus conheceram, chegando a ser usada nos circos de Roma. Depois, ficou por muito tempo esquecida. No século XVII ela foi redescoberta, quando um rei etíope deu uma de presente para o sultão da Turquia e outra para o governador holandês de Jacarta. Habita as áreas áridas e de pouca vegetação em partes do Quênia, Etiópia e Somália. Na espécie, as listras são mais estreitas e mais próximas e a barriga é branca. Têm mais semelhança com o burro, ao contrário das outras espécies que parecem mais com cavalos. Os animais têm um cumprimento entre 2,5 m e 2,8 m, uma altura entre 1,5 m a 1,6 m e pesam entre 350 kg e 450 kg.

ZEBRA DA MONTANHA

A zebra da montanha (E.zebra) vive nos altiplanos áridos do sul de Angola, Namíbia e do oeste da África do Sul. Em 2004 dois especialistas C. P. Groves e C. H. Bell investigaram a taxonomia da zebra e concluíram que a zebra da montanha tem duas sub-espécies, a zebra da montanha do Cabo (E.e.zebra) e a zebra de Hartmann ( E.z. hartmannea). As zebras da montanha são menores e têm na garupa listras parecendo uma grade. Têm um corpo medindo cerca de 2,2 metros e uma altura ente 1 metro a 1,4 metro, pesando entre 240 kg a 370 kg.

As zebras em geral vivem em manadas  de pequenos grupos com várias fêmeas e suas crias, liderados por um macho. Na espécie de Grevy as fêmeas costumam formar pequenos grupos separados dos machos. Podem ficar até três dias sem beber água. Alguns antílopes, principalmente o gnu[1], se juntam as manadas de zebras procurando proteção contra os seus predadores. As manadas de zebras podem migrar para regiões distantes se faltarem pastagens adequadas no seu habitat original e assim expor a ação predatória do homem. Sua carne é consumida pelas tribos africanas e sua pele e bem valorizada pelos contrabandistas europeus, que as adquirem dos nativos  a um bom preço, incentivando assim a çaça. As zebras nunca foram domesticadas, apesar de várias tentativas em diferentes épocas.


[1] Connochaetes gnou [Zimmermann, 1780

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