No final da década de 1940, início da década de 1950, São Paulo era tida como a cidade que mais crescia no mundo e atraia imigrantes de outros estados do Brasil e do exterior.
A família Ferrari de Piemonte, no norte da Itália, que já tinha algum conhecimento de cantina e restaurante, resolveu vir para o Brasil: Felice Ferrari, casado com Maria e dois filhos, Venanzio e Massimo.
Em 1946, chegaram em São Paulo e Felice entrou de sócio numa churrascaria, mas disposto a estabelecer um restaurante próprio no ano de 1953 inaugurou a churrascaria e restaurante Cabana, na avenida Rio Branco, no centro de São Paulo, na época local chique e bem frequentado pela elite econômica e cultural paulistana. Venanzio e Massimo ajudavam os pais no restaurante. Felice morreu em 1975 e Maria passou a dirigir o restaurante, que teve que conviver bem ao seu lado, com a concorrência de outro no mesmo estilo a churrascaria Guacyara. O restaurante fechou em 1993.
Na cidade de São Paulo, na década de 1960 e 1970, vivia a maior população de origem italiana do mundo, fora da Itália. Massimo sabia do potencial deste mercado, que desde 1903 Fasano fazia grande sucesso. Era um assunto discutido inúmeras vezes com seu pai antes dele falecer.
Em 1976, Massimo com 33 anos e Venanzio com 35 anos decidiram abrir na alameda Santos, próximo da avenida Paulista, um restaurante chique especializado na culinária de Piemonte e do norte da Itália, pois, a maioria dos restaurantes italianos existentes eram da culinária da região central e do sul da Itália. A inauguração da suntuosa casa, foi um grande sucesso e mereceu destaque na imprensa especializada. Desde o início a proposta era oferecer o melhor da cozinha clássica com apuro e qualidade, manter ambiente aristocrático e cobrar preços mais altos. Era frequentado pela elite paulistana, prósperos executivos e turistas endinheirados. Foi Massimo que introduziu no Brasil, logo após a abertura do restaurante o 'carpaccio', criado em Veneza. O 'spaghetti al catoccio', lançado na inauguração do restaurante, ainda está no cardápio, como também o 'grelhado dos pescadores', criado um pouco depois e composto de peixe, camarão, lula, mexilhão e vieira assados na brasa.
O Restaurante Massimo nas décadas de 1980 e 1990 atingiu o seu auge de sucesso, atendendo por mês entre 12.000 e 15.000 pessoas, um recorde, superando a marca obtida pelo Fasano de 7.000 refeições mensais.
Outro diferencial do restaurante que tem 120 lugares é a figura carismática de Massimo, bonachão com mais de 100 quilos de peso e os indefectíveis suspensórios, recepcionando e conversando com a clientela com aquele sotaque cantado do norte da Itália.
O restaurante foi onsiderado, em 2002, pela 'Italian Culinary Institute for Foreigners' (ICIF), sediado no Piemonte, como a melhor comida italiana da América Latina.
Foi premiado diversas vezes como melhor restaurante italiano pela revista 'Veja-São Paulo' e pela revista gastronômica 'Gula'.
Em 2007, depois de algumas desavenças com Venanzio, Massimo abandonou o restaurante que continua funcionando com o mesmo nome e no mesmo local (ele ainda participa na sociedade) e foi trabalhar dirigindo a cozinha do restaurante particular dos diretores da Rede Globo na zona sul de São Paulo.
Em 2009, investiu pesado num arrojado empreendimento na Vila Olímpia, região sul de São Paulo, inaugurando uma rotisseria gourmet na qual colocou o nome de Felice e Maria, para homenagear os seus pais. Projeto do arquiteto Jayme Lado Mestieri executado pelo engenheiro Enrico Moracchiolo. No subsolo fica uma adega para 780 garrafas onde, pode acontecer degustações, encontros de confrarias de amantes de vinho e jantares reservados.
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