6.05.2016

RETRATO DE BARRETOS EM 1920


Leopoldo Costa



1. INTRODUÇÃO

No dia 25 de maio de 1909 a primeira locomotiva da Companhia Paulista de Estradas de Ferro chegava à estação de Barretos. Os diretores da empresa foram recebidos com júbilo pelas autoridades municipais.

Junto com a chegada dos trilhos, os diretores da Companhia Paulista de Estradas de Ferro levaram às autoridades presentes, o interesse em aproveitar o potencial pecuário da região. O conselheiro Antonio Prado, o presidente, encaminhou imediatamente uma solicitação para o estabelecimento de um matadouro-frigorifico.

A lei municipal 42 aprovada pela Câmara Municipal e sancionada em 16 de outubro de 1909 concedia o seguinte:

“(...) o privilégio pelo prazo de 40 anos para o uso e gôzo, dentro do Municipio, de um grande matadouro em que se empregue o processo frigorífico para resfriamento de carne e  exploraçâo dos produtos derivados do gado abatido”.

Em 1910 a Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais (novo nome adotado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro) transferiu seus direitos desta concessão para a empresa do grupo a recém-formada Companhia Frigorífica e Pastoril, subsidiária da Companhia Mecânica e Importadora com sede em São Paulo. A Companhia Frigorífica e Pastoril foi fundada em 11 de abril de 1910 com um capital de 3.000:000$000, de que a Companhia Paulista subscreveu a décima parte, ou 300:000$000. Essa transferência foi feita pelo preço de 25.000$000 de réis, importância das despesas feitas pela Companhia. Por conta das ações da nova empresa, subscritas pela Companhia Paulista, foi realizada, no exercício de 1910, a primeira prestação no valor de 20% na importância de 60:000$000 de réis.

No contrato de concessão, a Municipalidade estabelecia uma taxa de 200 réis por cabeça abatida até o limite de 300 reses por dia e de 100 réis por cabeça caso o abate ultrapassasse este limite.

Para a construção do frigorifico foi contratada a empresa francesa Societé Dyle et Balacan, que encarregou o engenheiro italiano Ítalo Morelli para as obras. Ele adaptou uma planta de frigorífico de Chicago. Foi instalado o sistema de refrigeração por absorção de gás de funcionamento contínuo usando amônia gasosa, desenvolvido em 1860, por Ferdinand Carré (1824-1894).

O frigorifico foi inaugurado em 1913 com a capacidade nominal para abater 500 cabeças de bovinos por dia. Para propiciar a manutenção deste abate diário, o frigorífico contratou agenciadores de gado em Goiás e no Triângulo Mineiro que adquiriam bois pontos para abate e também bois magros que eram engordados nas fazendas que a empresa adquiriu na região para esta finalidade.

A mão de obra para os serviços que exigiam alguma especialização foi contratada na Argentina. Para os serviços menos especializados usou-se mão de obra da cidade, imigrantes europeus e de mineiros e baianos que vieram para a cidade com este objetivo.

As reses abatidas e processadas eram enviadas para São Paulo e Rio de Janeiro pelos vagões da Companhia Paulista  que  em Jundiaí usavam as linhas férreas da Estrada de Ferro Santos Jundiaí para atingir São Paulo e de São Paulo para o Rio de Janeiro as linhas férreas da Estrada de Ferro Central do Brasil.

Em 1914, saiu deste frigorífico a primeira remessa experimental de carne congelada para a Inglaterra. A carne com osso, meias-carcaças completas, foi congelada no frigorífico de Barretos, transportada em vagão revestido internamente por barras de gelo pela Companhia Paulista até Jundiaí e daí até Santos pela Estrada de Ferro Santos a Jundiaí.

O Grupo Vestey estava interessado em participar do mercado de carne no Brasil. Já estava na Argentina e no Uruguai. As suas maiores concorrentes no mercado global as multinacionais dos Estados Unidos Wilson, Swift e Armour já estavam operando no Brasil.

Em 1919 a 'Companhia Frigorífica e Pastoril' arrendou o frigorífico para a ‘Brazilian Meat Company’ (Grupo Vestey).  Em 1923  adquiriu o frigorífico, reformou-o e trocou o nome para ‘Frigorífico Anglo’, começando a funcionar com o novo nome no ano seguinte.

Durante o seu longo tempo de atividade em Barretos, pela sua credibilidade, dominou todo o comércio de gado do norte/noroeste de São Paulo, Triângulo Mineiro e sul de Goiás, estabelecendo parâmetros de preço para o gado e dos termos de aquisição (prazo, descontos e classificação). .

Como as concorrentes o Grupo Vestey já estava funcionando na Argentina. Em 1915 adquiriu o ‘Frigorífico Las Palmas’ em Zarate, às margens do rio Paraná, reformando-o para ser um grande frigorífico exportador

Em 1916 o Grupo Vestey adquiriu as instalações da antiga fábrica de cerveja ‘Teutônia’ (fundada em 1895 e na época pertencente a Brahma) em Mendes (RJ) transformando-a em 1917, em um matadouro frigorífico também com o nome de ‘Frigorífico Anglo’.

A Wilson estava operando no Brasil desde 1918 com frigoríficos em Santana do Livramento (RS) e Osasco (SP), a Swift desde 1917 em Rio Grande (RS) e a Armour também desde 1917 em Santana do Livramento (RS).

Durante três décadas foi o único frigorífico na região onde existia o maior rebanho para abate da época. Num raio de 200 quilômetros em torno de Barretos existia um rebanho bovino de aprox. 600.000 cabeças

2. BARRETOS E O BRASIL EM 1920




Barretos em 1920 era uma município importante com 39.782 habitantes. No Brasil inteiro, que na época contava com 1.304 municípios, apenas 103 municípios tinham população na faixa entre 30.000 e 40.000 habitantes.

No estado de São Paulo (com o total de 204 municípios) apenas 13 municípios: Taquaritinga, Barretos, São Manoel, Iguape, Monte Alto, Botucatu, Igarapava, Limeira, Santa Cruz do Rio Pardo, São José dos Campos, Espirito Santo do Pinhal, Sertãozinho e Itu, tinham a população nesta faixa.

 As 10 maiores cidades do estado eram :
São Paulo (579.033 hab.),
Rio Preto (126.796 hab.),
Campinas (115.602 hab.),
Santos (102.599 hab.),
Ribeirão Preto (68.838 hab.),
Piracicaba (67.732 hab.),
Bragança (55.719 hab.),
São Carlos (54.225 hab.),
São João da Boa Vista (51.993 hab.)
Jaboticabal (51.941 hab.)

A população do município de Barretos na época era maior do que a população de cinco capitais de estados brasileiros:
Goiás GO (21.223 hab.)
Vitória ES (21.866 hab.),
Natal RN (30.696 hab.),
Cuiabá MT (33.678 hab.)
Aracaju SE (37.440 hab.)

3. AGRICULTURA

O município de Barretos não era uma área de intenso cultivo agrícola. Existiam 472 fazendas (de 402 proprietários e 13 arrendadas) com uma área de 244.385 hectares (média de 518 hectares por fazenda). Apenas 10.471 hectares (menos de 5% do total) eram usados para lavoura. O restante era de matas e pastagens. Existiam 36 tratores agrícolas (oitavo município com maior quantidade de tratores do Brasil).

ÁREA DAS FAZENDAS

Quantidade
Até 40 hectares
110
De 41 a 100 hectares
90
De 101 a 200 hectares
74
De 201 a 400 hectares
64
De 401 a 1.000  hectares
74
De 1.001 a 2.000 hectares
34
De 2.001 a 5.000 hectares
21
De 5.001 a 10.000 hectares
4
Mais de 10.001 hectares
1
Total
472

CULTIVO AGRÍCOLA

Hectares
Colheita em toneladas
Café (3.730.900 pés)
4.664
1.334
Feijão
2.375
2.351
Arroz
1.950
2.375
Cana de açúcar
167
6.695


4. PECUÁRIA     

Em 1920 o município de Barretos tinha o seguinte rebanho:

REBANHO  DO MUNICÍPIO DE BARRETOS

Cabeças
Bovinos
112.752
Equinos
5.961
Muares
2.186
Ovinos
819
Suínos
31.059

De bovinos o município tinha o segundo maior rebanho do estado, só superado pelo rebanho do município de Rio Preto (159.128 cabeças). O vizinho município de Olímpia (que até 1917 fez parte do município de Barretos) tinha o terceiro maior rebanho (92.257 cabeças)

O frigorífico  da Companhia Frigorífica e Pastoril  abateu no ano de 1920 cerca de 50.000 cabeças de bovinos.

Nasceram no ano nas fazendas  9.226 bovinos, 414 equinos, 1.122 muares,183 ovinos. 656 caprinos e 10.154 suínos. Foi produzido 130.520 litros de leite.


5. DEMOGRAFIA


A crise na Europa após a Primeira Guerra Mundial e a inauguração do frigorífico exigindo mão de obra mais especializada, incentivou a imigração para o município de Barretos. No biênio 1919/1920 entraram no Brasil 108.925 imigrantes.

POPULAÇÃO RESIDENTE EM 1º DE SETEMBRO DE 1920

Distritos
Barretos
Colina
Itambé
Laranjeiras
Total
Brasileiros
Homens
7.721
6.777
1.731
1.231
17.460
Mulheres
7.262
6.170
1.637
838
15.907
TOTAL
14.983
12.947
3.368
2.069
33.367






Estrangeiros
Homens
1.556
2.258
77
48
3.939
Mulheres
769
1.588
61
8
2.426
TOTAL
2.325
3.846
138
56
6.365






Total Geral
Homens
9.277
9.035
1.808
1.279
21.399
Mulheres
8.031
7.758
1.698
846
18.333
TOTAL
17.308
16.793
3,506
2.125
39.732

É interessante observar que a população de Colina estava bem próxima da população do distrito sede (Barretos). Diferença de apenas 515 habitantes a menos. Também tinha mais imigrantes do que o distrito sede. 23% da população de Colina era de estrangeiros. A maioria de italianos.

Como toda área em desenvolvimento e de exploração pecuária era bem alta o coeficiente de população masculina sobre a feminina. Para todo o Brasil o coeficiente na época era de 504 homens para 496 mulheres.  A maior concentração de mulheres ocorria nas capitais e nas grandes cidades. No estado de São Paulo o coeficiente era de 519 homens por 481 mulheres e em Barretos o coeficiente era de 539 homens por 461 mulheres. A proporção de estrangeiros na população também ajuda a alterar o coeficiente. Em Barretos o coeficiente entre a população brasileira era de 523 homens por 477 mulheres, enquanto na população estrangeira era de 619 homens por 381 mulheres.

Observa-se que 16% da população do municípios eram de estrangeiros. A média para todo o estado de São Paulo era de 18%. Existiam 6.365 imigrantes de 21 diferentes origens.

POPULAÇÃO ESTRANGEIRA

Origem
Habitantes
%
Italianos
2.202
34,6
Portugueses
2.091
32,9
Espanhóis
925
14,5
Sírio-libaneses
553
8,7
Japoneses
264
4,1
Austríacos
142
2,2
Argentinos
60
0,9
Alemães
18
0,3
Franceses
17
0,3
Outras
93
1,5
TOTAL
6.365
100,0

ADMINISTRAÇÃO E INFRAESTRUTURA URBANA DE BARRETOS EM 1920 No ano de 1920 o município de Barretos foi governado por dois prefeitos . Assumindo a prefeitura em 14 de março de 1918 e com o mandato findando em dia 15 de janeiro de 1920, o prefeito foi Felix Ribeiro da Silva Júnior. Era delegado de polícia e procedente de Pindorama (SP). Depois dele, com um mandato até 15 de janeiro de 1926, o prefeito foi Antonio Olympio Rodrigues Vieira, advogado, nascido no Ceará. Política Duas facções dominavam a política do município na época: os "araras" e os "pica-paus". Algumas vezes os "araras" também eram identificados como "olimpistas",( alusão a Antonio Olympio Rodrigues Vieira) e os "pica-paus" de "silvestristas" (alusão ao cel. Silvestre de Lima). Em 29 de outubro de 1919, antes das eleições que levaria à prefeitura o líder dos "araras" Antonio Olympio Rodrigues Vieira, houve um violento tiroteio na 'casa do boi" (local onde servido comilanças e bebidas para os eleitores) dos "araras", instalada do Teatro Santo Antonio, envolvendo os partidários de ambas as facções, sendo os "pica-paus" liderados pelo cel. José Eduardo de Oliveira, conhecido como Zeca Vigilato. Houve pelo menos uma morte: Hildebrando Gomes. Infraestrutura Urbana O serviço de água e esgotos, o fornecimento de energia elétrica e de telefonia eram terceirizados. Quem oferecia o serviço de água e esgoto era a empresa "Valêncio Xavier & Cia. Ltda" e o de energia elétrica e telefonia era a empresa "Orion de Barretos" de propriedade do político e engenheiro paulistano Armando Salles de Oliveira, que mais tarde foi interventor (1933 a 1935) e um dos idealizadores da Universidade de São Paulo (USP), . Existiam 270 estabelecimentos comerciais, dentre os quais 5 farmácias. Exerciam seus ofícios no município 16 advogados, 10 médicos, 7 dentistas, um engenheiro e um agrimensor Desde 1915, os logradouros públicos tiveram seus nomes alterados, conforme decisão da Câmara Municipal de 20 de dezembro. Os nomes de personagens, eventos históricos e lugares foram substituídos por números pares para as ruas e números ímpares para as avenidas. Apenas as praças ficaram fora desta regra.

6 INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS No ano de 1920 existiam na cidade cinco instituições bancárias em funcionamento: Banco do Brasil (inaugurado em 1918), a Casa Bancária Moreira & Barros, a Vassimon & Cia.,a Farquhar Brazil Land Cattle & Packing Co. e Osasco Continental Co. Observa-se que existiam duas instituições de capital norte-americano: A "Farquhar Brazil Land Cattle Packing Co". do milionário norte-americano Percival Farquhar (1864-1953) que na década de 1910 foi o maior investidor individual no Brasil. Construiu a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, possuia fazendas de gado no estado do Pará e Em 1919, adquiriu uma área de 800 mil hectares de terras na margem direita do rio Paraná, no município de Brasilândia, onde se dedicou inicialmente a criação de cavalos depois, passou a importar gado bovino do tipo Hereford e Shorthorn da Europa e mais tarde pelo gado Zebu, da Índia. Manteve em Cáceres uma unidade de produção de extrato de carne, caldo em conserva e o aproveitamento de ossos, couros e chifres. Paralelamente, começou a funcionar uma fábrica de sabão. A casa bancária em Barretos era para financiar as compras de gado. A Osasco Continental Co. era uma subsidiária do Frigorífico Wilson que havia comprado o Frigorifico Continental de Osasco. Também o objetivo era financiar compras de gado. A movimentação destas instituições (segundo o Almanaque de 1918) alcançavam o montante entre 50 a 60 mil contos de réis por ano.
Baile no Grêmio Literário e Recreativo na década de 1920


b.      Vida Social

Funcionavam na cidade vários clubes recreativos onde eram realizados bailes e festas.

i.                     O Grêmio Literário e Recreativo que foi fundado em 1910. Era o mais importante e frequentado pela elite.

ii.                   A União dos Empregados no Comércio que foi fundada em 1914 e em 1919 inaugurou a sua sede social na rua 20.

iii.                  A União Sírio Libanesa que foi fundada em 1915 e funcionava na em prédio próprio na rua 20.

iv.                 O hipódromo que foi autorizado a funcionar em 1919 e promovia corridas de cavalos.


v.                   Funcionava a Cine e Teatro Éden (fundado em 1901) que foi destruído por um incêndio em 1923.

c.       Outras instituições

Funcionava o Grupo de Escoteiros fundado em 1917.

Funcionava o primeiro Grupo Escolar fundado em 1912.

Existia o Tiro de Guerra 512 fundado em 1917 comandado na época pelo sargento Artur Leandro de Queirós.

A Santa Casa estava funcionando precariamente desde 1917  sendo  as novas instalações inauguradas apenas em 9 de janeiro de 1921.

 Desde 1906 funcionava a Sociedade Espírita 25 de Dezembro.

 Circulava na cidade desde 1917, o jornal "Diário de Barretos" de Jesuíno Ferraz.




7. PERSONALIDADES


João Batista Martins de Menezes era formado no Largo São Francisco, havia exercido as funções de promotor público em Paranaguá e Pindamonhangaba, bem como a de advogado, de curador geral de órfãos, de vereador e de inspetor literário em Santos.




2.     Antonio Olympio Rodrigues Vieira era natural de Barbalho, Ceará. Cursou Direito em Recife e em São Paulo. Foi promotor público em Passos (MG) e  prefeito  de Barretos de 1920 a 1926.

3.     João Carlos de Almeida Pinto era natural de Itapetininga (SP), formado no Largo São Francisco.Havia residido anteriormente em Campinas, bem como em Araraquara e em Jaboticabal, onde exerceu a função de promotor público e foi presidente da Câmara, respectivamente. Foi presidente do Conselho de Intendência  de Barretos em 1890/1891 e de 1896/1897.

4.      Francisco de Assis Bezerra Filho era cearense, formado em Direito no Rio de Janeiro e, antes de se estabelecer em Barretos, havia exercido o ofício no Acre.






 Silvestre de Lima foi um dos homens mais influentes da política barretense na época.. Era muito respeitado já que havia vivido no Rio de Janeiro e convivido com personalidades como Olavo Bilac, Guimarães Passos, Machado de Assis e Coelho Neto.  Em Barretos  tornou-se  braço direito do cel. Antônio Marcolino Osório de Souza. Assumiu  a tarefa de organizar o diretório municipal do PRP. Ocupou cargos importantes: prefeito (1908/1914), vereador e venerável da Loja Maçônica Fraternidade Paulista. Foi um dos fundadores do Grêmio Recreativo e Literário e coronel da Guarda Nacional e  proprietário de uma  farmácia.

6.     . Raimundo Mariano Dias era maranhense, cursou  Humanidades em São Luís, Farmácia em Salvador e obteve doutoramento em Medicina no Rio de Janeiro.  Em Barretos atuou na Santa Casa de Misericórdia e redigiu matérias para a imprensa local. Também foi juiz de paz e exerceu cargos  de confiança na administração municipal.

7.     . João Batista Soares, cursou mas não concluiu o curso de Medicina no Rio de Janeiro. Conquistou o título de doutor como prêmio pela sua  participação na Guerra do Paraguai.

8.       João Thomaz Monteiro da Silva cursou medicina e estabeleceu-se em Barretos em 1917, onde exerceu a função de inspetor sanitário e a de vereador.

9.      Jesuíno da Silva Melo era mineiro, agrimensor e foi diretor de um colégio em Rio Claro, onde prestou serviços a empresas ferroviárias. Foi diretor do renomado Instituto Benjamim Constant, do Rio de Janeiro, especializado em tratamento e educação de cegos, surdos e mudos.

1   José Dias Leme era contabilista nascido em Santo Amaro(SP), estudou no Seminário Episcopal de Pouso Alegre (MG) e na Escola Normal de Campinas (SP).



 J   Jerônimo Serafim Barcelos, nasceu em Barretos era engenheiro-geógrafo formado no Rio de Janeiro. Ocupou o cargo de prefeito por mais de uma vez. 

E  Emílio José Pinto era português da cidade do Porto, viveu em Recife. Em Barretos comandou o destacamento policial. Foi depois escrivão de polícia, contador e proprietário de um cartório.

     Emílio Heiland era filho de imigrantes alemães e nasceu em Rio Claro. Viveu em Santa Catarina na juventude e, posteriormente, participou da instalação de energia elétrica em Jaboticabal e Guariba (onde também instalou um cinema). Em Barretos atuou na instalação dos serviços de distribuição de energia elétrica e de telefonia,Teve casas comerciais do ramo de materiais elétricos, instrumentos musicais, artigos fotográficos. Foi um dos primeiros a vender automóveis e ter um posto de abastecimento de combustíveis..
  
     Antônio Witzel nasceu em Rio Claro. Em Barretos, foi responsável pela instalação dos serviços de trole, energia elétrica e de telefonia, além de ter se envolvido com a organização de peças e shows musicais no Teatro Santo Antônio.

       Raphael da Silva Brandão era mineiro, filho de um comerciante italiano. Em Barretos estabeleceu-se em sociedade com o pai uma casa comercial (“Ao Barateiro”) e ficou amigo do cel. João Almeida Pinto. Fez parte da primeira diretoria da "Loja Maçônica  Fraternidade Paulista", onde atuou ativamente.  Exerceu um dos primeiros mandatos de intendente de Barretos  (1891/1893) e, por vários anos, os cargos de vereador, juiz e de coletor federal.

Philogônio Teodoro de Carvalho
       Philogônio Teodoro de Carvalho (o Filó). Não era barretense e sim natural do Mato Grosso. Foi atuando como boiadeiro que recebeu a patente de capitão da Guarda Nacional e que passou, cada vez mais, a manter contato com Barretos. Adquiriu uma fazenda em Olímpia, ( na época município de Barretos), bem como outra fazenda no município de Barretos e passou a receber animais magros que engordava e negociava. Era proprietário também da "Casa Comercial Carvalho". Viveu em Barretos entre 1909 e até por volta de 1927, quando teve que se mudar para Goiás, devido às perseguições políticas, dedicando-se ali, então, a extração de diamantes e outras pedras preciosas até seu falecimento. Participou ativamente da vida social barretense. Fez parte dos quadros da "Loja Maçônica Fraternidade Paulista".  Também era frequentador dos cabarés e prostíbulos instalados na cidade, onde algumas vezes provocava arruaças.
      
      Riolando de Almeida Prado, nascido em Itu, foi bacharel pela Faculdade de Direito de São Paulo. Estabeleceu-se em Barretos em 1920 onde exercia a função de advogado. Fundou nesta cidade o Partido Popular e um jornal que serviu de porta-voz desse grupo, da mesma forma intitulado “O Popular”. Mais tarde foi prefeito.    


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